(Crédito imagem: mi-im-ru)
A geopolítica do petróleo se aproxima de uma data histórica. Assim como em 1974 que o acordo entre Richard Nixon e Rei Faisal passou a pautar o mercado com a convenção de vender o barril em dólar, se aproxima o dia de oficializar o yuan como nova moeda mundial desta atividade.
Segundo o economista estadunidense Carl Weinberg, diretor da ¨High Frequency Economics¨ em entrevista ao canal NBC ,¨o preço do petróleo em yuan está próximo e assim que os sauditas se movam aceita-lo(como os chineses obrigarão a fazer) então o resto do mercado de petróleo se moverá junto com eles¨.
Continuando nesta abordagem, Weinberg realça o que o mundo começa a perceber, ¨Pequim deve se tornar o jogador global mais dominante na demanda de petróleo, uma vez que a China está usurpando dos EUA a posição de maior importador do planeta(…) se deve prestar atenção nisto porque em um ou dois anos a demanda chinesa diminuirá a demanda estadunidense¨.
Em suma ao longo desta História, não restará outra posição ao líder da OPEP que não seja adotar o yuan como sua moeda de venda da ¨commodity¨, bem como para reserva de riqueza diante desta época de mudança.
Hoje os Estados Unidos consomem 20 milhões de barris por dia, todavia 12 milhões são produzidos internamente via petróleo tradicional ou gás de xisto acrescido do fornecimento do Canadá originado das areias betuminosas de Alberta. Resta buscar no mercado mundial, fora da Alca, 8 milhões.
Trabalhando com base do acumulado de 2017 até 23 de julho, a China importa por dia 8,44 milhões de barris sendo que a Rússia fornece 1,17 milhões seguida da Arábia Saudita com 940 mil barris.
Qualquer análise permite concluir que efetivamente o que a China adquire no resto do Mundo(fora Alca) é maior que os EUA absorve. Quando se examina estes dados, se percebe que aceitar o yuan é a forma mais viável de crescer na carteira de compra chinesa. Aliás este modelo já é adotado pela Venezuela e Rússia. Inclusive o país do Kremlin criou junto com Pequim em julho, um fundo de 10 bilhões de dólares(60 bilhões em yuan), com objetivo de facilitar pagamentos em rublo e yuan.
Este novo paradigma diminuirá a demanda por dólar entre 600 a 800 bilhões por ano, gerando uma valorização da moeda chinesa e uma inflexão na estadunidense. De maneira geral, uma explicação realista é que para Ryad a História não reservou escolha. Atrasar esta nova prática significa perda de mercado, bem como manter reserva de riqueza numa moeda que não será mais unanimidade na liderança do mundo. A História retorna a 1974, desta vez pra cobrar a saída do dólar.
Fontes:
www.preciopetroleo.net/petroleo-china.html
www.cnbc/2017/10/11/china-will-compel-saudi-arabia-to-trade-oil-in-yuan–thats-going-to-afect-the-us-dollar.html
Livros : A maldição do petróleo, Michaell Ross, Editora Citadel,2012
A tirania do petróleo , Antonia Juhasz, Ediouro 2009.
Autor:
Tulio Ribeiro é graduado em Economia,pós-graduado em História Contemporânea, mestre em História Social e doutorando em ¨Ciencias para Desarrollo Estrategico pela UBV- Caracas.
escreveu o livro: A política de estado sobre os recursos do petróleo ,o caso venezuelano.
paulo
16/10/2017 - 10h03
Triste e ver estess golpistas no poder do nosso país, Brasil antes parceiro do BRICS hoje mero país a ser sucateado e pilhado pelo PATROCINADOR DO GOLPE OS E.U.A com grande ajuda do aecio, Serra,FHC,psdbostas, pmdb, REDE GLOBO (como sempre) DR MORO E S.T.F .estes são os verdadeiros traidores da nossa SOBERANIA BRASILEIRA. QUAIS SÃO OS NOSSO DESEJOS ,para ESTAS PESSOAS!???
Francisco
16/10/2017 - 02h34
A China nunca promoveu golpe de estado no Brasil ou na América Latina. Pode se revelar uma porcaria no futuro, mas de momento, é um avanço. De mais a mais, é aliado comercial do Brasil de primeira hora. Espero que o golpe não tenha estragado isso…
Plan
15/10/2017 - 17h28
Enquanto lideres desastrados do ocidente batem cabeça
Xi faz negociações e parcerias. Win Win.
Não é a toa que a China ocupa posição invejável no cenário internacional.
NO Brasil “empresários” preferem corromper e comprar políticos e oficiais de outros poderes,
Miguel
15/10/2017 - 16h44
Não sei porque essa “vontade” em ver a China se tornar potência hegemônica mundial…
A China desistiu de ser comunista a muito tempo. Está completamente capitalista, e sem democracia nenhuma. O povo não elege seus representantes. O Partido Comunista Chinês é o único que pode participar do governo. Mas o próprio país não é mais comunista. Um pouco contraditório, eu acho.
Outra coisa, os valores que os chineses tem, são bem diferentes do que os americanos tem… Talvez esta nova “era” seja bem diferente e pior do que alguns querem… Pular da frigideira para cair no fogo, não é uma boa alternativa.
Radu
15/10/2017 - 17h10
https://www.youtube.com/watch?v=Ei9WH6pIhVg
Ron
15/10/2017 - 17h45
De que valores AMERICANOS você esta falando….
Valores de guerra perpétua, de golpe de estado e de desestabilização de regiões inteiras.
JOÃO CARLOS AGDM
17/10/2017 - 11h29
Completamente capitalista, não.
O Governo Chinês (que se auto proclama comunista) é dono de 50% de TODAS as empresas de médio porte que se instalaram no País.
JOÃO CARLOS AGDM
17/10/2017 - 11h31
Médio porte e qualquer outro porte para mais.
Ernert
15/10/2017 - 16h28
Rei Salman da arabia saudita esteve em visita à Moscou semana passada.
Reginaldo Gomes
15/10/2017 - 13h39
Trocando em miúdo a geopolítica:
1) A china é a maior detentora de títulos da dívida impagável dos eeuu;
2) O calote é certo , e já tá quente no colo da china;
3) A Arábia é uma colônia do eeuu;
4) A Arábia está sendo dada a china como pagamento;
5) O eeuu quer dar o Brasil como parte do pagamento da dívida. (entende o golpe?)
Roberto
15/10/2017 - 12h59
Rapá, isso é uma BOMBA!! Que punhalada pelas costas a Arábia Saudita está dando nos EUA!
Mas, como diz o artigo, não há escolha, o mundo se volta para a China.
Imagine-se o que vai acontecer com esses trilhões e trilhões de dólares que circulam pelo mundo! Vai ser uma quebradeira global!!
Rosa
15/10/2017 - 11h32
Entendemos que o golpe foi pago pelo pre-sal
Ótimo texto cafezinho
O petróleo justifica tudo
Rodrigo
15/10/2017 - 11h25
O petróleo move o interesse dos yankess e o Bolsonaro batendo continência pra bandeira dos EUA
Renato Prates
18/10/2017 - 22h28
Esse Bolsonaro é um perfeito idiota: preconceituoso,atrasado, político medíocre, entreguista, militar de baixa patente fraco, “convidado” a se retirar das FFAA e indisciplinado.
Luiz Carlos P. Oliveira
15/10/2017 - 09h29
A Arábia Saudita é o maior aliado americano no golfo. Se os EIA se sentirem ameaçados não terão o menor escrúpulo em desestabilizar o rei Faisal e toda a região, como já fazem com Irã e Iraque. Provavelmente, já sabendo que isso iria acontecer, cedo ou tarde, dirigiram seus tentáculos para o México, Venezuela e Brasil. Destes três, só o Maduro resiste ao imperialismo americano. Se fossem mais inteligentes, se reuniriam para obter vantagens nesse impasse dólar/yuan. Mas como só o Maduro é nacionalista, Brasil e México vão sucumbir. Maduro já aceitou vender petróleo em yuan e rublo, desvinculando-se da moeda americana. O México provavelmente seguirá a onda. E o Brasil? Bem, aqui nós temos os coxinhas, que acreditam piamente que “progressista” é sinônimo de comunismo, mesmo que eles não tenham a mínima ideia do que seja “comunismo”. Eta pais de merda, formados pela Rede Globo de Midiotização.