(Crédito Imagem: VTV)
A Catalunha alcançou uma vitória avassaladora diante da repressão policial do Estado, desproporcional e violenta. A jornada de votação que representou um acirramento urbano, trouxe um resultado massivo a favor do processo de soberania. Foram 2262424 votantes(42,3% do último censo), o ¨sim¨ recebeu 2020144(90%), frente a 176566 de ¨não¨, 45586 de brancos e 20129 de nulos.
Diante da vitória, O presidente da Catalunha Carles Puigdemont anunciou o início dos tramites para proclamar independência: ¨hoje a Catalunha ganhou muitos referendos, o direito a ser escutado, a ser respeitado e reconhecido (…)Temos direito de decidir nosso futuro(…)que a união européia atue com rapidez e deixe de olhar só um lado, ganhamos o direito de ser respeitados pela Europa.¨
O primeiro-Ministro conservador espanhol Mariano Rajoy , por sua vez declarou que o Estado de direito se impôs com firmeza e serenidade diante de um ataque grave a soberania. Agradeceu a polícia e a guarda civil sem se referir aos 844 feridos por eles.
Mesmo com o silêncio da mídia madrilenha, os líderes mundiais não se calaram. O presidente Nicolás Maduro condenou a força brutal contra o povo desarmado e colocando contraponto as guarimbas da direita venezuelanas armadas e apoiadas por Rajoy. O chefe do governo belga, Charles Michel condenou ¨toda forma de violência¨, o presidente da Assembleia francesa, Francois de Rugy disse que ¨era triste não encontrar uma via democrática¨, enquanto que o líder da oposição Jean-Luc Mélenchon afirmou que ¨o Estado não pode ser uma camisa de força¨.
Escolheram um silêncio destoante os presidentes Emmanuel Macron da França e Donald Trump dos Estados Unidos, que comumente usam a defesa da população de outros países para justificar suas políticas intervencionistas. Importante é entender este paradigma de democracia e identificar quem atua como ditador, os seus países aliados ou não aliados?
Fontes:
www.vtv.com.ve
www.hispantv.com