A cultura do estrelismo judicial permanece mais forte do que nunca. Pré-estreia do filme da Lava Jato tem tapete vermelho para Moro e Bretas, juízes do regime de exceção instaurado no Brasil após a Lava Jato.
Temer tenta ludibriar a opinião pública cancelando decreto que extingue reserva, mas emitindo outro que… extingue reserva. Novo decreto do Temer “detalharia” exploração mineral O problema principal, porém, é justamente permitir que mineradoras invadam a amazônia, e tomem nossas riquezas para si. A destruição do meio ambiente irá prejudicar as tribos indígenas locais, que obviamente não foram consultadas. “Detalhar” a destruição não adianta nada.
No Globo, o principal editorial destaca pontos-chave de entrevista com Luiz Fux, ministro do STF, o qual, não por acaso, exprimiu opiniões de política totalmente alinhadas com o jornal.
Já dizia Carl Schmitt que o soberano é aquele com poder de decretar o estado de exceção. No caso do Brasil, isto se aplica ao judiciário enquanto poder associado à mídia. Fux diz que algumas leis em tramitação no legislativo, como a do abuso de autoridade, quer “enfraquecer o Judiciário”.
Ora, essa é a tarefa do legislativo: reajustar o equilíbrio entre os poderes, em nome da democracia. Fux e Globo lembram que isso ocorreu na Itália, após as Mãos Limpas, o legislativo italiano aprovou leis que impunham limites ao judiciário, mas o lembram como se fosse uma coisa negativa, e não uma evolução democrática e necessária da relação entre os poderes, após os excessos da Mãos Limpas.
Ignorar as denúncias e críticas contra a operação Mãos Limpas, na Itália, vinda de importantes e honestos juristas e políticos italianos é falsear a realidade, fazendo com que o Brasil queira importar apenas o que se faz de mal em outros países.
Esse é o texto do Cafezinho Spoiler de hoje, nossa análise política diária. Para recebê-lo gratuitamente, clique aqui.