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Venezuela: uma oposição nada republicana

Imagem:Lilian Tintori(esposa de López), Antonieta Mendoza(mãe de López) recebem senadores do Brasil, em Caracas. Era 1997, o conglomerado econômico da família Capriles tinha um problema: o representante dos seus interesses na política, deputado Armando Capriles do COPEI(1), decidira não renovar seu mandato. O grupo resolveu lançar o primo do parlamentar, Henrique Capriles Radonski. Afinal, era […]

34 comentários
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Imagem:Lilian Tintori(esposa de López), Antonieta Mendoza(mãe de López) recebem senadores do Brasil, em Caracas.

Era 1997, o conglomerado econômico da família Capriles tinha um problema: o representante dos seus interesses na política, deputado Armando Capriles do COPEI(1), decidira não renovar seu mandato. O grupo resolveu lançar o primo do parlamentar, Henrique Capriles Radonski. Afinal, era de suma importância se manter no governo da aliança COPEI – AD, que governou a Venezuela por quarenta anos.O objetivo era defender o projeto do conglomerado na área de lazer, comunicações e na distribuição da maior empresa de alimentos industrializados dos Estados Unidos: Kraft Foods Inc.

Capriles se graduou em direito com especialização na questão tributária, passou pela Universidade Andrés Bello, UCV (Universidade Central da Venezuela) e pela Universidade Columbia, em Nova York. Sua descendência russa-polonesa não o impediu de deixar o judaísmo para juntar-se ao catolicismo, religião amplamente majoritária na Venezuela. Eleito em 1998 pelo Estado de Zulia e, pelo mesmo partido do seu primo, foi escolhido vice-presidente do congresso, alcançando a administração do parlamento por poucos meses, antes do presidente Hugo Rafael Chávez Frias aprovar a Lei Habilitante, convocando a Assembleia Nacional Constituinte.

Depois da ascensão do chavismo ao governo, no ano 2000, constituiu um novo partido, o “Primero Justicia”, com o objetivo de demonstrar “modernidade” em contra ponto ao seu antigo. Assume a prefeitura de Baruta (região metropolitana de Caracas), com 62,69% dos votos, conseguindo a reeleição em 2004. Quatro anos mais tarde vence o pleito para governador de Miranda, também na área da grande capital. Volta a ser governador, posteriormente ao perder eleição para Chávez, e depois para Maduro (com a morte do presidente eleito) em 2013.

Dentro da tentativa de golpe a Chávez, que contou com a participação de Capriles, contribui com um fato nada republicano. Diante da escalada de vandalismo, o então prefeito de Baruta em 12 de abril simplesmente negou fornecer destacamento policial para garantir a segurança da embaixada de Cuba que se encontrava numa área de sua jurisdição, a representação diplomática foi invadida e vasculhada a pretexto de estarem com exilados políticos, uma ação ordenada dentro do movimento golpista.

O quadro político aproximou as duas lideranças da oposição ao chavismo. O processo de formação do partido contou com recursos vindos da petroleira PDVSA, através de um cheque emitido por Antonieta Mendoza(2) , então gerente de serviço de petróleo e gás da PDVSA e mãe de Leopoldo Lopez, outro líder da oposição venezuelana. Os recursos provindos da companhia foram depositados numa ONG que se transformou no “Primero Justicia”. Assim como o governador, López teve participação no golpe de 2002, seu grupo reteve o então ministro da justiça, Ramón Rodrigues Chacin, o que provocou uma condenação no judiciário, anistiada posteriormente. Em 30 de maio de 2013 a Promotoria Pública lhe imputou a responsabilidade em mais dois crimes(3) : tráfico de influência na doação da PDVSA, e o segundo se refere a crime de responsabilidade, por não ter repassado um fundo participativo da PDVSA para programa social, quando era prefeito de Chacao.

Leopoldo Eduardo López Mendoza é economista, formado pela Universidade de Harvard, foi prefeito de Chacao entre 2000 a 2004 e reeleito até 2008. Em seu retorno a Venezuela, passa a exercer a função de analista financeiro, assessorando a diretoria de planejamento da PDVSA, a mesma empresa que sua mãe trabalhava. A sua família tem uma história dentro do Estado, seu avô, Eduardo Mendoza foi secretário de agricultura (1945-1948) do governo Rômulo Betancourt, e seu tio, Rafael López Ortega, ministro da educação do presidente López Contreras (1935-1941).

No campo de luta política, Capriles e López militaram no mesmo partido, apesar do segundo defender claramente o rompimento com a democracia como possibilidade de chegar à presidência, o primeiro somente chega a esta prática em 2017. Insatisfeito com sua reduzida participação após uma eleição interna, López abandona o partido em 2006, fundando o “Voluntad Popular” e o movimento “La Salida”, com objetivo de depor o chavismo do poder, mesmo este sendo eleito democraticamente.

A tônica do seu discurso era o incentivo a mobilizações violentas contra o governo e marchas no sentido de chegar ao Palácio Miraflores,o que vai gerar um dos maiores registros de violência da história venezuelana. O “La Salida” produziu em fevereiro de 2014, 43 mortos , em torno de 800 feridos e 1853 detidos. Em setembro de 2015 veio a condenação de López a 13 anos e 5 meses de prisão, convertidos em domiciliar em julho de 2017.

Do mesmo modo que López provoca uma nova condenação, Capriles aumenta sua ficha corrida, mas num polo distinto, o tributário. Através de sonegação fiscal na sua gestão no governo estadual nos anos de 2011, 2012 e primeiro trimestre de 2013 a “província” de Miranda recebeu recursos do governo inglês e polonês sem declarar para Receita Federal. Apesar de não gerar a perda do cargo, inabilitou(5) o governador (06/04/2017) para a gestão pública por 15 anos.

Em meio às batalhas construídas pela oposição, desde 12 de abril de 2014 a família de Doris Elena Lobo(4/6) não tem mais sua presença, ela é uma das 43 mortes provocadas pela “La Salida” de Leopoldo López. É difícil apontar isenção diante de parte de uma comunidade internacional que atribui prisão política a um líder partidário que na cobiça de chegar ao poder, provocou mortes previsíveis. Mesmo que a oposição reivindique um papel democrático na história que não possui, a verdade que se apresenta é sua prática de repetir o modelo violento e terrorista. Seja 2002, 2014 ou 2017, a cartilha é a mesma, tanto para López como Capriles, servir ao norte mesmo que sacrificando vidas.

FONTES
1) Diaz, Luiz Carlos (coordenador). Golpe al Vacio. Caracas: Lugar Común, Cooperativa Editorial, 2012.
2) Haslam, Elisabeth (coordenadora). De Punto Fijo a la revolución bolivariana (1958 – 2003). Parroquia Altagracia, Caracas: Centro Nacional de História, 2012.
3) Silva, Flavio T. R. A política de Estado sobre os recursos do petróleo – o caso venezuelano. São Paulo: Editora Pillares, 2016.

Link-notas

1)COPEI(partido socialdemocrata)-Comitê da política Eleitoral Independente,fundado em 1940 ,dividiu com outro partido,Acción Democratica o poder entre 1958-1998.atualmente são partidos importantes no campo da oposição,como Primera Justicia e Voluntad Popular.
2)www.vulcano.wordpress.com/2013/02/07/primera-justicia-deso-el-cheque-de-pdvsa-hasta-los-de-caldez-vmaro
3)www.eluniversal.com.co/cartagena/internacional/fiscalia/-imputa-cargo-opositor-venezuela-leopoldo-lopez
4)www.infobae.com/2015/02/12/1626403-uno-uno-son-los-43-muertos-las-protestas-contra-el-regime
5)www.cnnenespanol.cnn.com/2017/04/07inhabilitan-por-15-anos-al-opositor-venezoelano-henrique-capriles-radonski/
6)www.albaciudad.org/2014/04/conozca-los-26-fallecidos-a-un-mes-del-inicio-de-las-protestas-opositoras-la-mayoria
-son-victmas-de-las-barricadas/

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Tulio Ribeiro

Túlio Ribeiro é graduado em Ciências econômicas pela UFBA,pós graduado em História Contemporânea pela IUPERJ,Mestre em História Social pela USS-RJ e doutorando em ¨Ciências para Desarrollo Estrategico¨ pela UBV de Caracas -Venezuela

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Comentários

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Leonardo Rayper

16/08/2017 - 20h14

A verdade é que na Venezuela não existe democracia. Nem pela situação e nem pela oposição. Em 2002 foi o golpe contra Chavez e as acusações estão nesse artigo. Já hoje temos o golpe executado por Maduro (adiou as eleições de 2016 e hoje quando as condições estão favoráveis resolveu antecipá-las). A constituinte que foi imposta sem consulta a população e que é de unanimidade governista decidirá quem poderá disputar eleições. Fora que independente de qualquer coisa, ela decidiu ficar dois anos vigente como suprapoder. Complicado defender…

    Miguel do Rosário

    16/08/2017 - 22h14

    Democracia pura não existiu e nunca existiu em nenhum lugar do mundo.

      Leonardo Rayper

      19/08/2017 - 11h21

      Sim concordo. Em qualquer democracia terá alguma dose autoritária e em qualquer totalitarismo terá alguma coisa democrática. Na pureza nenhum dos dois se aguenta.

      Em todo caso existem situações que me provocam dúvidas sobre a democracia na Venezuela.

      O STJ declarou a assembléia em desacato por ter empossado três deputados opositores que supostamente teriam fraudes em suas eleições.

      Se isso é verdade porque então não se investigou essas fraudes ? E se resolveu a questão ? Por que o STJ nunca emitiu nenhum comunicado sobre o que seria necessário para a Assembléia sair do desacato ? Não acredito que seria interesse ter uma assembléia em desacato porque muitas leis deixam de ser discutidas e aprovadas e deveria ter havido no mínimo um apelo do governo para que a situação fosse regularizada. O que se viu foi uma tentativa do judiciário de tomar pra si os poderes da Assembléia (e o que quase aconteceu). Por que não se trabalhou para regularizar ? Sem fazer qualquer menção ao caráter dos deputados da assembléia, eles foram eleitos com muitos mais votos que o próprio Maduro ou a Constituinte. Não teria sido democrático que todos tivessem se esforçado para fazer valer isso ?

        Miguel do Rosário

        19/08/2017 - 15h51

        Leonardo, esse tipo de pergunta requer mais do que especulações de internet. A democracia enfrenta ameaças muitíssimo mais sérias no Brasil.

    Flávio

    16/08/2017 - 22h24

    Talvez vc não saiba,mas eleições na Venezuela não tem data fica pra governador,ela segue um intervalo depois de uma data.
    A eleição pra governador será em outubro.
    No começo do ano só o psuv tinha cumprido os requisitos.
    Venezuela teve 21 eleições em 18 anos.
    O carter atestou a democracia venezuelana.
    Siga no Cafezinho ,a melhor forma de se informar.

      Leonardo Rayper

      19/08/2017 - 11h03

      Estou começando a seguir o site até pra formar uma opinião mais imparcial e escutar todos os pontos de vista para formar opinião. Sei que as eleições são flexíveis, mas já vão quase um ano de quando elas poderiam ser realizadas. Soa estranho o CNE adiar as eleições por 10 meses (dez/2016 até out/2017) quando a oposição tinha maioria para deixá-las para agora quando a constituinte tem o poder pra dizer quem poderá se candidatar.

      Poderíamos sugerir dificuldades logísticas para fazê-lo em meio ao caos econômico, mas a constituinte que interessava ao governo foi feita rapidamente sem problemas pelo mesmo CNE. Não soa no mínimo esquisito ? Sobre a PSUV ser o único partido a cumprir os requisitos também soa estranho. Se tivemos tantas eleições, porque apenas o PSUV teria atendido os critérios no início do ano ? Teríamos tido alguma mudança nos mesmos e apenas o PSUV conseguiu ?

    Flávio

    16/08/2017 - 22h25

    Fixa*

Luciana

16/08/2017 - 12h05

Mas que oportuno a matéria,desconstruir as mentiras das tvs brasileiras….

Vania

16/08/2017 - 11h52

Texto que ajuda a gente entender que eles são marginais antes de golpistas

Augusto

16/08/2017 - 11h48

texto muito esclarecedor do amigo tulio

Viviane

16/08/2017 - 10h47

A verdade é crua esta oposição venezuelana parece uma série de gângster

Viviane

16/08/2017 - 10h45

A verdade é crua,está oposição venezuelana parece uma série de gângster

Mauricio Trajano

16/08/2017 - 13h41

Quando o fascismo se junta.

Leonardo Leão

16/08/2017 - 07h36

O que impressiona é que as pessoas que controlam os grandes meios de comunicação aqui e no mundo, todas, sabem disso.
E danam-se a falar que é uma ditadura, preso político, adotando o discurso de sanguinários inconsequentes, apenas para tomar o controle do petróleo da Venezuela.
O povo que se lixe!
E eles sabem que se não agirem rápido, diante da barbárie eminente, a informação circula e eles não se sustentam mais nesta narrativa.

Rodrigo

16/08/2017 - 01h03

Ainda tem gente de confunde estes golpistas como democratas

Rosalete Baldessarini

16/08/2017 - 03h39

#forçamaduro

Nil

15/08/2017 - 23h26

Vendem vidas, desenvolvimento humano por dinheiro

Fernanda

15/08/2017 - 22h21

Não é à toa que os nossos golpistas estão apoiando esse grupo!
Tipo de informação histórica que nos ajuda a entender como a Venezuela chegou à situação atual. Sempre muito esclarecedor. Parabéns.

    Eloiza Augusta

    15/08/2017 - 23h55

    Muito boa suas colocações!

Francisco Aquino

16/08/2017 - 01h15

RAZÕES PORQUE VOU VOTAR NO BOLSONARO!
1- O LULA ODEIA ELE
2-A DILMA ODEIA ELE
3-O FHC ODEIA ELE
4-O AECIO ODEIA ELE
5-O CIRO GOMES ODEIA ELE
6-O JEAN WILLIS ODEIA ELE
7-O PT ODEIA ELE
8-O PSDB ODEIA ELE
9-O PSOL ODEIA ELE
10-O SUPREMO ODEIA ELE
11-A GLOBO ODEIA ELE
12-A RECORD ODEIA ELE
13-A MARIA DO ROSÁRIO ODEIA ELE

Motivos pelo qual escolhi meu candidato a Presidência para 2018:

1° ele é cristão ;
2° militar;
3° 100% honesto;
4° fala a verdade doa a quem doer;
5° armamentista;
6° defende a família e os bons costumes;
7° é contra a legalização das drogas;
8° é de direita;
9° tem os melhores projetos para segurança pública;
10° é a favor da diminuição da maioridade penal;
11° é totalmente contra o fim da PM;
12° é contra a legalização do aborto;
13° defende um País com mais setores privados e menos estado;
14° menos interferência do estado na vida das familias;
15° é favor do aumento de pena e castração química para estupradores;
15° apoia o fim do MST e sindicatos pelegos e subservientes;
16º Nao ha discriminação homossexual como qualquer tipo de discriminação, é contra a ideologia de género e kit gay nas escolas;
17º é contra a lei de migração;
18º tem as melhores ideias pra economia;
19° o único que tem ideias para geração de empregos, usando os minérios que existem em abundância no Brasil ;
20° projetos pra criar excludentes de ilicitude, com objetivo de proteger o cidadão de bem;
21º nunca teve seu nome envolvido em corrupção;
22° é a favor de trabalho forçado pra criminosos;
23° é contra doutrinações nas escolas;
24° contra a implantação de religiões anti-cristãs nas escolas;
25° esta preocupado com as escolas e hospitais, não com presídios.
26° não vai sustentar ONGs que defendem a vagabundagem.

#BolsonaroPresidente2018

Francisco Aquino

16/08/2017 - 01h14

Nil

15/08/2017 - 21h52

Estes traidores da pátria que vendem vidas por dinheiro.
Golpistas

Tessalia

15/08/2017 - 21h27

Só tranqueiras defendendo outra tranqueira. Não que Maduro seja grande coisa atualmente, mas só pelo fato das figuras que aparecem apoiando o Capriles, tais como Aécio, Caiado, Aluísio 300 mil e outros cretinos de marca maior, já dá para entender que esse Capriles deve ser outro similar aos que o defendem.

Eufrazio Silva de Oliveira

15/08/2017 - 22h58

O NAVIO DE PETRÓLEO SAI DA ÁFRICA E LEVA 45 DIAS PARA CHEGAR NOS ESTADOS UNIDOS E O NAVIO DE PETRÓLEO SAI DA VENEZUELA E LEVA 3 DIAS PARA CHEGAR NOS ESTADOS UNIDOS . O QUE ISSO TEM QUE HAVER COM O CONFLITO INTERNO NA VENEZUELA ?

GBL

15/08/2017 - 19h52

Parabéns pelo esclarecimento do papel beligerante e lesa-pátria dessa dupla de vendidos. abs

Erialdo Do Gás Nobre

15/08/2017 - 22h43

Ditadura Venezuela apoiada por vcs cada dia que passa a esquerda vai se auto destruindo..

Ana Maria

15/08/2017 - 21h30

Que eles fiquem para sempre na oposição, porque do contrário, o povão só vai se ferrar.

Julio Spina Napoleao II

15/08/2017 - 21h19

A GLOBO É INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA.

Maria Barth

15/08/2017 - 20h15

E foram à venezuela uns cretinos como o Aécio, Caiado e Agripino prestar solidariedade ao incitador à violência, Leopoldo Lòpez, com um avião do estado brasileiro, para darem pitaco na política do quintal alheio. Capriles perdeu as eleições presidenciais em 2014; ele e sua camarilha não aceitaram os resultados das urnas ( tipo o Mineirinho) e apelaram para várias ações violentas que resultaram em dezenas de mortes. Agora, se fosse o Aécio que tivesse levado as eleições e o Lula tivesse convocado atos violentos, como a turma do Leopoldo Lòpez fez, ah! aí seria outra conversa, né? Os golpistas da Venezuela e do Brasil andam juntinhos. Só não acredito em amizade verdadeira.

    Sandra Cerqueira

    15/08/2017 - 20h33

    Excelente

rita

15/08/2017 - 16h44

turma complicada, eles se merecem. …bom pra aprender

Marcos

15/08/2017 - 16h11

Quantos anos de condenação tem esta turma?

Brito

15/08/2017 - 16h10

Isto não passa no PlimPlim
Só no Cafezinho

Karlos Zas

15/08/2017 - 18h36

https://www.youtube.com/watch?v=UJo29Je4Wy0


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