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É um jogo de cartas marcadas. Sergio Moro decretou a prisão preventiva, por tempo indeterminado, do ex-presidente do BB e da Petrobrás, Aldemir Bendine. As matérias sobre o assunto dominam o noticiário de hoje, de maneira que a Lava Jato conseguiu o que queria: voltou a controlar a agenda política. Até mesmo a votação da denúncia de Temer perde importância. A coisa é pior do que se imaginava. Não há prova alguma de que Bendine recebeu qualquer suborno, então a Lava Jato se agarra a coisas circunstanciais, como um “email impresso” que não traz qualquer menção à nada de ilícito, apenas com algum tipo de informação sobre a Odebrecht. Obviamente, o tal email impresso deve ter sido pego no arquivo de Bendine, junto com milhares de outros emails impressos, com os assuntos importantes do banco. Anotações insignificantes, anódinas, são tratadas pela Lava Jato como “provas”. O objetivo é evidente: torturar Bendine, para que ele faça uma delação. A condenação, inclusive na segunda instância, de Sergio Mendes, um dos donos da Mendes Jr, a quase 50 anos de prisão, pena muito maior do que se aplica a homicídios em primeiro grau, deixa bem claro que o judiciário em torno de Sergio Moro é cúmplice do modus operandi da Lava Jato. Resta saber até que ponto o STF está envolvido nesse jogo sujo.
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