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A crítica ongueira e cirandeira de Jean Wyllys à revolução bolivariana

O deputado federal Jean Wyllys, a quem eu respeito e admiro, escreveu, lamentavelmente, um texto horrível sobre a Venezuela, cheio de todos os vícios, exageros e erros propagados pelo poderoso esquema de comunicação do imperialismo. Espera-se que, depois de alguns milhões de mortos no oriente médio, em consequência do neoimperialismo americano, que abusou de estratégias […]

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O deputado federal Jean Wyllys, a quem eu respeito e admiro, escreveu, lamentavelmente, um texto horrível sobre a Venezuela, cheio de todos os vícios, exageros e erros propagados pelo poderoso esquema de comunicação do imperialismo.

Espera-se que, depois de alguns milhões de mortos no oriente médio, em consequência do neoimperialismo americano, que abusou de estratégias midiáticas sórdidas, com apoio de jornais como El Pais, New York Times, The Guardian, Le Monde, BBC, ou seja, com toda a mídia corporativa ocidental, mesmo aquela considerada de “centro esquerda”, além da cooptação de inúmeras “organizações internacionais”, a ingenuidade e desinformação de Jean Wyllys seja um caso isolado…

Se Jean Wyllys quer falar sobre a Venezuela, deve visitar o país, conversar com lideranças da oposição, populares, militantes bolivarianos, autoridades do governo.

Aí sim, poderemos levar a sério a sua opinião.

O tom autoritário e arrogante do artigo, além disso, dizendo, já no título, que a “esquerda não pode apoiar Maduro”, não convence ninguém. Apenas provoca irritação.

O governo da Venezuela pode e deve ser criticado como qualquer governo do mundo. Mas afirmar que há tortura de manifestantes e “mais de 3.500 presos políticos”? Isso é mentira. Ou, o que é a mesma coisa, uma torção muito criativa e emotiva da realidade.

Ora, no Brasil as delegacias de polícia torturam gente e há dezenas de milhares de presos que também, sob alguma ótica, podem ser considerados “presos políticos”. E nem falo de agora, e sim dos governos Lula e Dilma. Não quer dizer que o Brasil vivesse uma “ditadura violenta”, e sim que o Brasil era e é um país ainda com uma arraigada cultura política de violência, como são, infelizmente, todos os países latino-americanos.

Entretanto, deixe a direita venezuelana chegar ao poder para ver o que é tortura, o que é repressão e o que é ditadura…

Transcrevo o artigo de Jean Wyllys, publicado no Facebook do deputado. Em seguida, acrescento alguns comentários interessantes que foram feitos na própria página dele.

***

A ESQUERDA NÃO PODE APOIAR MADURO

Por Jean Wyllys, em seu Facebook

A situação da Venezuela é catastrófica, uma verdadeira tragédia humanitária. A ditadura de Nicolás Maduro, cada dia mais descontrolada e sem limites, reprime as manifestações com uma violência inusitada, cercea as liberdades públicas e avança sobre os outros poderes, eliminando os poucos resquícios de institucionalidade que ainda restam no país. Ontem, na eleição sem participação da oposição para uma Assembleia Constituinte considerada ilegal pelo parlamento e pela própria procuradora-geral da República (nomeada por Hugo Chavez), por volta de 90% da população decidiu não votar. E a resposta do governo foi “maquiar” os resultados depois de horas sem saber o que dizer, mentir ao mundo e ameaçar com um processo de cassação contra a procuradora e com enviar os deputados da oposição para a cadeia!!

Enquanto isso, nas ruas, a repressão estatal e paraestatal provocou mais de dez novas mortes. Desde o início dos protestos contra Maduro, já são mais de cem pessoas assassinadas, a maioria jovens.

A “constituinte” de Maduro é a última loucura de um regime que está podre há tempos. Foi convocada pelo presidente sem a aprovação do Congresso, sem a consulta à população e com um bizarro sistema eleitoral que garantia que, mesmo que a oposição participasse da eleição e tivesse muitos mais votos que o oficialismo, o partido do presidente teria uma ampla maioria na assembleia constituinte. Ou seja, era um jogo de cartas marcadas. O objetivo era substituir o atual parlamento, com maioria da oposição, que venceu por ampla maioria as últimas eleições que Maduro permitiu, porque as seguintes foram suspensas.

Foi por isso que a imensa maioria da população não foi votar ontem nessa farsa de eleição com partido único, apesar das ameaças do governo contra servidores públicos e beneficiários de programas sociais. Enquanto a maioria dos centros de votação estavam vazios, a polícia e as milícias do governo (os “coletivos” que patrulham as ruas em motos e fortemente armados) reprimiam brutalmente os protestos cidadãos.

HÁ MUITOS ANOS que eu digo que o governo venezuelano é indefensável. Comecei a falar isso quando a maioria da esquerda brasileira (inclusive a maioria do meu partido) defendia Nicolás Maduro. Fui muito criticado e insultado nas redes por isso, mas os fatos comprovaram que eu estava certo. Maduro é um ditador e nós da esquerda não podemos ser cúmplices de um ditador ou ficar calados diante da censura à imprensa, a perseguição contra os opositores, os presos políticos, os torturados, os assassinados.

Não há simpatia ideológica que justifique nada disso, e também não há motivos para ter simpatia ideológica com um regime que, além de ser antidemocrático (e isso deveria bastar para ser contra), também é corrupto, ineficaz e, apesar da enorme renda petroleira recebida pelo Estado venezuelano durante anos, levou o país ao caos econômico, o desabastecimento, a falta de comida e remédios e taxas de inflação e violência inéditas no continente.

Dizer tudo isso, como eu digo há anos (basta usar o Google para ler meus textos anteriores), não significa apoiar a oposição de direita da Venezuela. Como em todos os países, a oposição de lá é diversa e há setores de ultradireita (inclusive alguns que no passado se envolveram em tentativas golpistas), liberais progressistas, neoliberais, social-democratas, setores de esquerda, ex-chavistas e até marxistas. O que unifica os protestos na rua é a luta contra a ditadura, mas os programas para o dia depois são diversos e, quando a democracia for recuperada (quando o governo permitir eleições livres), os venezuelanos vão decidir. Cabe a eles decidir!

Denunciar as violações aos direitos humanos cometidas pela ditadura de Maduro, como eu faço, não me cega para, nem me faz negligenciar as violências insufladas e praticadas por setores da oposição a seu governo. Há manifestantes anti-Maduro vitimando fatalmente a sociedade civil que ainda apoia o governo ditatorial, embora também seja óbvio que este tem maior poder de fogo e, por isso, as vítimas fatais entre os manifestantes da oposição são em maior número. Além disso, o dever de fazer uso legal e responsável da força é do Estado, que é quem deve garantir a proteção dos direitos humanos. Tampouco ignoro que parte da oposição à ditadura em que se converteu o governo de Maduro é composta de uma elite egoísta e irresponsável que, com o objetivo de controlar a principal riqueza do país (o petróleo) e privatizar sua exploração comercial, sabotou economicamente a Venezuela, precipitando o país no abismo em que hoje se encontra. A resposta de Maduro a isso não poderia ser pior: instalar uma ditadura violenta!

Àqueles que, sempre que eu falo das violações aos direitos humanos na Venezuela, me respondem que eu estou “reproduzindo o discurso da mídia hegemônica”, eu recomendo que leiam o que diz Anistia Internacional (“Na Venezuela se viola toda a gama dos direitos humanos: econômicos, sociais, culturais, las liberdades fundamentais, o direto à associação, a liberdade de expressão”), a ACNUR (segundo a entidade, de nenhum país chegam tantos pedidos de asilo como da Venezuela), a CIDH (estima que na Venezuela há mais de 3500 presos políticos), o Comitê contra a Tortura da ONU (desde 2014 denuncia casos de tortura contra manifestantes, inclusive mediante descargas elétricas) e até a própria procuradora-geral, Luisa Ortega, uma ex-chavista que hoje denucia os assassinatos de opositores e disse que no país “se violam os direitos humanos como nunca antes na história”.

Não há justificativa para que a esquerda se cale diante dessa desumanidade. E estou falando, inclusive, do meu próprio partido, o PSOL, que muitas vezes (com a minha oposição pública, porque eu não me calei) apoiou Maduro. Qualquer nota oficial do PSOL defendendo Maduro não me representa (NUNCA me representou e eu já esclareci isso muitas vezes ao longo dos últimos anos) e a repudio absolutamente. O partido deve fazer uma autocrítica clara, profunda e sincera.

***

Alguns comentários na página do deputado:

Diogo Costa O deputado Jean Wyllys está lamentavelmente muito mal informado. A convocação da Assembleia Nacional Constituinte não precisa da aprovação do parlamento, nem do Tribunal Supremo nem do Conselho Nacional Eleitoral para ter validade. Segundo a própria Constituição venezuelana, é uma atribuição do presidente da república (ou de outros poderes, mediante condicionantes) a convocação da Assembleia Constituinte. Não há a menor dúvida em relação a isso. Vejamos o que está escrito e expresso na Constituição da Venezuela a esse respeito:

“[…] Capítulo III
De la Asamblea Nacional Constituyente

Artículo 348. La iniciativa de convocatoria a la Asamblea Nacional Constituyente podrá hacerla el Presidente o Presidenta de la República en Consejo de Ministros; la Asamblea Nacional, mediante acuerdo de las dos terceras partes de sus integrantes; los Consejos Municipales en cabildos, mediante el voto de las dos terceras partes de los mismos; y el quince por ciento de los electores inscritos y electoras en el registro electoral. […]”

***

Vinícius Carvalho Esse texto do Jean Wyllys representa tudo o que não presta e o que tem de pior nos dois mundos: direita e esquerda. É ONGueiro e Cirandeiro à esquerda e Neoliberal à direita.

George Soros, Luciano Huck e João Dória agradecem.

***

Daniel Kenzo Que incoerência! Denuncia o golpe no Brasil e apoia os golpistas na Venezuela. Queria uma ditadura como a da Venezuela, em que a população é convocada para eleger uma assembleia Constituinte.

***

Adriano França Fernandes Respeitosamente, considero que você está absolutamente errado. Primeiro que 8 milhões de eleitores não podem ser desconsiderados e esse número é chancelado por entidades observadoras internacionais. Mesmo perante o boicote e terrorismo praticado por extremistas.

Tá faltando observar o fator estruturante da geopolítica, que permite traçar paralelos na AL e no Mundo. O caso venezuelano, em que pese más decisões de maduro, e erros de intensidade variada, é o interesse pelo Petróleo que faz os EUA se aliarem a setores da oposições venezuelana que são ultra semelhantes aos nossos patos verde-amarelos. Mas mais violentos. eles matam pessoas, explodem bombas letais contra os policiais não é de hoje.

Até a linguagem dos cartazes e certas clivagens que atacavam Dilma, atacam Maduro. O Imperialismo e sua máquina de propaganda atuam pesadamente, com impactos nas demais mídias e ONGs suspeitas e parciais, como Human Rights Watch OEA servem para alimentar essa máquina. Os EUA, a Globo, a Fox, a CNN e outros não se caracterizam por desejar o bem de nenhum povo e nem deixam de exaltar ditaduras quando lhes convém.

É como foi aqui com Dilma, não tem nada a ver com corrupção as elites lá querem retomar o que não conseguem no voto. Os vassalos do império, todo imundos e com indicadores de miséria e conflito social bem piores que a Venezuela, como o governo Temer, o governo Santos (Colômbia), o governo Peña Nieto (México) atuam para aumentar a desestabilização. É a mesma estrutura das revoluções coloridas, da Primavera Árabe, é tudo fake. Parece que essa sua análise é baseada só no que a mídia hegemônica diz, e isso é preocupante. Abaixo, um link interessante sobre a multiautoria e multicausalidade da violência letal nesta quase guerra civil.

A diferença da Venezuela para o Brasil é que lá o STF funcionou e impediu mais um golpe da direita, lá eles têm um exército que tem consciência de seu papel, diferentes das nossas FFAA aqui. E por aí vai.

https://venezuelanalysis.com/analysis/13081

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Pedro Accioli

04/04/2018 - 10h34

Detesto concordar com um cirandeiro como Jean Wyllys! O governo de Imaturo é incompetente e indefensável e não é porque eu sou de esquerda que vou defendê-lo e isso eu deixo bem claro!!! Ao passo que também repudio o apoio ele a Israel pois é um país que foi fabricado pela ONU e também ntão tem como ser defendido pois se mantém através de massacre de palestinos e essa guerra entre os dois nunca vai acabar exceto se um dos lados acabar com o outro!!!

roberto quintas

02/08/2017 - 11h52

permita discordar do articulista. afinal, aqui mesmo no Brasil, nós temos um governo usurpador que nós identificamos como sendo ditatorial, a despeito de estar usando os princípios constitucionais.

Hugo Tales Ferrer

02/08/2017 - 10h37

O ex-BBB Jean Wyllys, por quem não tenho nenhum respeito ou admiração desde sua defesa ao apartheid israelense, se mostra um democrata no sentido Hillary Clinton da palavra. Por ignorância ou mau-caratismo, o nobre ONGueiro e cirandeiro PSOLista repete a narrativa mentirosa dos imperialistas e entreguistas.
É triste assistir nomes importantes do partido do solzinho jogando no lixo toda a luta nacionalista e anti-imperialista da esquerda latino-americana. Que todos lembrem como Jean Wyllys, Chico Alencar, Marcelo Freixo e Luciana Genro agiram no momento decisivo. Para aqueles que, na hora mais escura, abandonam os que lutam , desejo que a infâmia seja seu fardo em vida e seu legado em morte.

¡Hasta la victoria, siempre!

José H. da Silva

02/08/2017 - 09h58

O deputado Jean Wyllys é um deputado combativo e acredito que esteja do lado dos combatentes contra o golpe, contra a exclusão social e contra todas as injustiças praticadas pelas classes dominantes no Brasil e no mundo … e contra as ações piratas do império Estados Unidos em todo o mundo. Para o império, quem não se submete ao seu projeto de mundo unipolar deve ser destituído do poder ou destruído. Na Síria, país em escombros causados por uma guerra civil que já dura mais de 6 anos, provocada pelo império-Estados Unidos e por seus aliados locais, a resistência se impõe sobre os “terrooristas moderados” (linguagem de Washington). Essa resistência vitoriosa (ainda não totalmente) só foi possível graças a ajuda da Rússia, do Irã e da firme resistência do povo sírio. A Rússia está sendo acusada de imperialista, quando apenas se defende do cerco pelo império via OTAN. É só pesquisar e perceber como a Rússia está cercada de bases militares do império. Quanto à América Latina, golpe militar só em último caso: os parlamentos e os judiciários fazem o serviço sujo com o apoio da chamada “mídia de esgoto” e da parcela fascitóide da população. Na América do Sul o império, os fascistas e os traidores nacionais ganharam temporariamente: depuseram Dilma Rousseff e estão depenando o país e retirando direitos trabalhista e sociais conquistados graças a décadas de luta; na Argentina ganhou Macri pelo voto (com o apoio decisivo do império); no Peru o império apoiou um banqueiro que também ganhou no voto. Falta a Venezuela. Mas lá não vai ser fácil. Povo, poder judiciário e Forças Armadas defendem as conquistas e a soberanaia. Para a grande mídia do Brasil o inferno é na Venezuela. Isso não é verdade, mesmo com o boicote do império e de seus fâmulos de outros páises o povo venezuelano resiste. Por isso, caro Jean Wyllys, leia a midia alternativa. Estamos juntos e vamos resistir. O nazismo e o fascismo caíram, Franco caiu, Somoza caiu … os ditadores caem e o povo fica, segue adiante para construir sociedades dignas e estabelecer um mundo de paz.

ABA

02/08/2017 - 02h13

Morei na Venezuela por mais de 7 anos e não sou de esquerda, mas vou avisando que a Venezuela é mais complicada do que a imprensa mostra. A maioria das pessoas que estão morrendo NÃO são da oposição, como o J. Wyllys afirma. Uma parcela enorme (talvez um terço) é de policiais que são atacados com balas, coqueteis molotov, e um foi até espancado até a morte. Uma parcela ainda maior é morta por causa de barricadas, algumas delas com armadilhas embutidas, enquanto que um contingente enorme é “desconhecida”. As pessoas afirmam haver franco atiradores, mas tanto governo quanto oposição apontam o dedo para o outro. Tbm tem muitos casos de manifestantes de oposição que lincham chavistas, inclusive tentando atear fogo neles. Algumas semanas atrás um rapaz foi filmado sendo queimado vivo.

O que aconteceu em 2002 ainda é nebuloso. Não é claro quem matou quem, ou se houveram franco atiradores presentes. O golpe acabou fracassando porque a própria oposição começou a brigar entre si. Mas é inegável que os EUA apoiaram o resultado, se reuniram com os líderes da oposição, e deram milhões de dólares (abertamente) à partidos políticos oposicionistas e a ONGs oposicionistas, através do Departamento de Estado e organizações como a National Endowment for Democracy. O fato é que o Chávez usou essas ligações e interferências como uma desculpa para denunciar que ele havia sido vítima de uma grande armadilha e transformar o exército numa organização fortemente chavista, socialista e pró-Cuba. Enquanto a oposição não for enquadrada pela imprensa e a comunidade internacional pelos seus atos de violência –pois eles são potencialmente responsáveis pela maioria dos mortos e feridos — o chavismo só irá se fortalecer, inclusive com sanções. O que Maduro mais quer é exagerar a narrativa e se fazer de vítimas do imperialismo americano, etc. Os 20% que apoiam o Maduro fortemente o fazem, em parte, porque são repelidos pelos atos de violência da oposição.

Fora disso, quando J.W. fala que a economia está mal por causa de sabotagem da oposição, acho que ele está comprando a propaganda governista, rsrsrs. Ele não gosta do chavismo pq são muito conservadores pro gosto dele — Chávez e Muduro sempre foram contra o homosexualismo. E o PSOL tbm nunca foi contra Black Blocs, muito pelo contrário. Nesse sentido, o Leopoldo López é o Marcelo Freixo de Caracas. Enfim, o que a Venezuela precisa agora é diálogo — não entorno de uma nova constituição mas das questões que assolam o país (economia, segurança pública, saúde, edu, corrupção, violência política, PDVSA, estatais, etc). Ficar estimulando os dois lados a continuar na mesma estratégia de promover o caos + governo colhe o caos = não vai funcionar.

Roberta

01/08/2017 - 22h32

Acho absolutamente coerente a posição de J Wyllys em relação à Venezuela, tendo em vista o seu histórico de defender as atrocidades de Israel em relação à Palestina.

Incoerente é ele se declarar de esquerda e ao mesmo tempo defender o imperialismo e outras cositas más, tão periclitantes quanto (racismo, misoginia…)

Jandui Tupinambás

01/08/2017 - 22h07

Quem diria…

Jean Wyllys fechado com Bolsonaro.

Vai lê um pouquinho sobre a história dos EUA nos estados latinos.

Pega um buzão e dá uma passeada na Venezuela ao invés de falar um monte de neolibelês bolsonárico.

Fanon

01/08/2017 - 21h18

descolonizar é preciso

Miguel

01/08/2017 - 21h16

Miguel, cuidado… Vc tá colocando muito a mão no fogo pelo Maduro…
Seja mais prudente, pq vc corre o risco de se queimar feio.

Marley

01/08/2017 - 21h11

psol desesperado por atenção.
Não alimente os trolls.

Loretta

01/08/2017 - 20h42

O PSol poderia elaborar melhor. Aproveitando a discussão
poderiam também elaborar e expor o que acham do, Peru, Colômbia, Turquia, França,
Iran, Iraque, Somália, Arábia saudita, Síria, Líbia, Paquistão, Afeganistão, China , Coreia do Norte, Panamá, Nicarágua, Porto Rico.

Marcelo

01/08/2017 - 19h58

Essa missão que o PT te deu de defender a ditadura venezuelana não se da nem pro pior inimigo. Pula fora dessa, que voce esta fazendo um papelão.

    Camila

    01/08/2017 - 21h21

    Puxa, então eu tenho de receber também?
    Pois sou a favor da política social na Venezuela e
    Portanto contra os amigos Jean e Bolsonaro

    João Carlos AGDM

    02/08/2017 - 00h04

    Caro Marcelo, sei que idiota você não é. Você tem a linguagem (modelo) de um INSTITUTO.
    Então, quanto (HOW MUCH) from do sistema GL do Mal & CIA ganha um profissional da contrainformação do sistema GL do Mal & CIA para fazer um comentário igual a este seu???

Vixe

01/08/2017 - 19h54

Calma pessoal!
Jean Jeep só está sendo coerente com o PSOL: “Contra quem está a favor e a favor de quem está contra”.
Vai ver baixou a pomba gira da Luciana Genro nele…

P .Gramsci

01/08/2017 - 19h38

Os garotos do PSOL , depois dessa, já podem se filiar ao partido republicano da américa do norte.
Já estão, inclusive, aptos a dar entrevistas na FOX e na CNN;

Nazario Bento

01/08/2017 - 19h31

Pra começo de conversa, por costume já não perco meu tempo lendo as asneiras escrita por qualquer político do psol. Mas por curiosidade fiz uma leitura dinâmica nas merdas que o jean escreveu e não me decepcionei, pois a partir do momento que ele foi se fazer de escada para os sionistas genocidas que governam o povo de israel, entendi que ele também é a cara da luciana genro, isto é, um pilantrinha que saiu do armário quanto ao gênero, mas continua no armário quanto ao seu fascismo enrustido.

Max

01/08/2017 - 19h30

Chaves e Maduros foram eleitos. A Venezuela e alvo de todo tipo de desestabilizações no cenário nacional :Midiáticas, econômicas, políticas e tudo mais. Majoritariamente provocado pela direita , setores do complexo midiático , e a oligarquia local.A direita venezuelana é tão vil quanto a direita brasileira, nunca aceita o resultado das eleições. No cenário internacional querem meter a mão no petróleo venezuelano e roubar as riquezas do povo venezuelano. A queda do preço do petróleo provoca consequenciais catastróficas na economia Venezuela. Cui bono?
Havia um tempo que os estados unidos adoravam a Venezuela, era quando a direita venezuelana ficava milionária vendendo petróleo baratinho para o irmão do norte, Levando o povo venezuelano à extrema pobreza.

Hocus Pocus

01/08/2017 - 19h26

Este deputado (psol, coincidência né?) só reflete o caos ideológico que é o psol.
Mas ,não é somente lá que as coisas não estão claras ,o fato de AINDA não ter havido uma resposta coesa,importante,massiva de todo o espectro da esquerda brasileira contra o GOLPE acontecido , é uma prova desta bagunça ideológica.
Wyllys surpreende pela SUA IGNORÂNCIA,o imaginava mais esclarecido a respeito dos jogos políticos,mas,nada é como parece.
Precisa ler mais sobre a história política dos países latino americanos e a intervenção nos mesmos dos BANDIDOS norteamericanos,está todo aí bem claro,concreto e cristalino.

ari

01/08/2017 - 17h43

Estou impressionado. Mal impressionado, bem entendido. Li “n” matérias sobre a Venezuela nos últimos 15 dias em órgãos da mídia de várias tendências e não me lembro de ter visto nada parecido

Antonio Passos

01/08/2017 - 17h40

Não acho que seja desinformação do deputado, o problema é mais lamentável ainda. Existe uma determinada faixa da esquerda brasileira, que eu só posso intitular de esquerda coxinha. Ela não está disposta a entrar na luta de verdade, mas sim desfilar posições óbvias, que agradem ao público coxinha de vanguarda. Poderia se chamar também de esquerda PUC, aquela que faz um enorme sucesso no baixo Leblon, mas jamais sonhou em conhecer os verdadeiros problemas da miséria.

Roberto

01/08/2017 - 17h37

Bem se vê que Jean Wyllys está no PSOL não por engano, mas por identificar-se com o partido.
A posição dele é a da AMPLA maioria do PSOL.

Alberto Loayza

01/08/2017 - 16h42

Quém deve tomar cuidado é o PSOL. Parece mais uma tentativa de implodir o partido. Se manifestar dessa maneira com total concordância da direita servil às órdens da geopolítica de eeuu a través de uma propaganda de guerra mediática internacional só muita ceguera política ou um agente de desestabilização.

a.ali

01/08/2017 - 16h22

prá quem foi a israel “se achando”… agora faz dobradinha com o bolsobosta que fecha todas, jean!!!

    Marco

    01/08/2017 - 17h03

    Ele respeita o governo genocida de Israel e tenta derrubar um governo com política inclusiva.

    Tira meu tubo ,quero sair do PSOL já

Alberto

01/08/2017 - 16h19

A postura é idêntica à direita venezolana servil aliada de eeuu. Demonstra ignorância total do processo venezolano atacada impediosamente pela conjugação de forças antinacionais e orquestradas por uma mídia oligárquica latinoamericana em concordância com o departamento de estado a fim de recuperar para si o petróleo.
Quém deve tomar cuidado é o PSOL porqué estas declaraciones são bem claras, implodir o partido e desclasificá-lo como partido de esquerda por não saber apreciar o momento, que há um arrefecimento de luta de classes qué vá tomando contextos universais.

Brasileiro

01/08/2017 - 16h00

Jean, quem é contra sequestrar políticos da oposição está com vc….

    João Carlos AGDM

    01/08/2017 - 16h20

    Olá Brasileiro, profissional do sistema GL do Mal & Cia ganha quanto para fazer comentários como este seu?

    Você não me respondeu ainda.

    How much??????

      Brasileiro

      01/08/2017 - 17h50

      Faço pelo prazer de iluminar o caminho do ceguetas….
      Não vai colocar a ladainha xiliquenta de Globo, CIA, Império do Mal, Bicho Papão e outras imbecilidades?

        João Carlos AGDM

        01/08/2017 - 18h33

        Caro Brasileiro, parece que v. é duro de entender.
        Aqui vai de novo:
        Pelo seu comentário e argumentações chego às seguintes conclusões:
        A) Você não costuma ler (pelo menos com constância e a bastante tempo) O Cafezinho (e outros sites similares da Internet)
        B) Consequentemente, você não tem informações que lhe permita raciocinar politicamente (nem política nacional nem política internacional)
        C) Por este motivo você é presa fácil, sua cabeça é envenenada. Pessoas como você , foram feitos de idiotas pela GL do Mal&CIA (todo o resto da Mídia, TVs, revistas tais como Veja, etc) e com toda certeza você votou no >>>>>>>> Aécio >> (acho que v. há de concordar que este seu ato dispensa outros comentários sobre sua cabeça política)
        D)Você NÃO CONSEGUE PERCEBER A REALIDADE DA VENEZUELA, já que ela está SOB O TACO NEFASTO DA MÍDIA NACIONAL E INTERNACIONAL
        D) Por causa da falta de informação realmente esclarecedora você repete feito um idiota as baboseiras que a GL do Ml & CIA botam no ar, tipo “ditadura venezuelana” e outras imbecilidades
        Mas, acho mesmo que
        E) Profissionais da contra informação que trabalham para o sistema GL do Mal & CIA, treinados naquele instituto (acho que v. sabe qual é, não??) usam a mesma linguagem que você
        F) Once more: HOW MUCH?????

          Brasileiro

          01/08/2017 - 21h59

          Eu já falei que faço por prazer. Dinheiro eu já tenho de sobra….
          No mais, vai lá pra Boa Vista ou Manaus ajudar as venezuelanas que estão se prostituindo pra ter o que comer. Maduro não tá nem aí, fica fazendo dancinha na tv…

          João Carlos AGDM

          01/08/2017 - 23h55

          Quanto mais um bandido que fala a língua do Instituto onde treinou para vir para um site de esquerda sabotar, neutralizar as evidências da matéria publicada (no caso aqui a Constituinte venezuelana), fazer seu trabalho profissional, seus comentários canalhas, e jogar os leitores contra o central da matéria (no caso aqui o Maduro), eu perguntarei SEMPRE.
          Quanto ganha um profissional do sistema GL do Mal &CIA????

          HOW MUCH??? HOW MUCH????

    Vixe

    01/08/2017 - 19h58

    Contra sequestrar políticos da “oposição venezuelana”, não é?
    Por que se for daqui e principalmente do PT, você apoiará qualquer forma de encarceramento, MESMO SEM PROVAS, para que tenham suas vidas políticas interrompidas e não possam concorrer em eleições democráticas.
    Cria vergonha na cara SAFADO!

      Brasileiro

      01/08/2017 - 21h57

      Na verdade eu não sou um HIPÓCRITA CANALHA igual vc. Pra mim abusam aqui e na Venezuela… Babaca…

        João Carlos AGDM

        01/08/2017 - 23h41

        Continuo a insistir : quanto ganha um brasileiro traidor que se vende para o sistema GL do Mal & CIA, que faz parte do (poderosíssimo) sistema financeiro internacional, para jogar o povo (leitores) contra os herois (no caso aqui os venezuelanos chavistas) que lutam por um país mais justo??
        E no caso do Brasil, que não vê que nosso país está sendo demolido pelo sistema GL do Mal & CIA??? “Brasileiro” que se diz cinicamente que é leitor do O CAFEZINHO e não muda de opiniões/comentários canalhas?

        Quem faz este jogo é sim UM HIPÓCRITA CANALHA. UM BRASILEIRO TRAIDOR E CANALHA!!!!!!

        Há mileniuns eu pergunto: HOW MUCH, Brasileiro, HOW MUCH???? From the GL do Mal & CIA???????

Musa

01/08/2017 - 15h50

Criticando o oprimido e defendendo o opressor.
Onde vamos parar?

Yo

01/08/2017 - 15h48

Quanta idiotização , o cara vem defender o discurso mais imperialista do caralho
e se diz de esquerda.
Chega! Basta!

Wellington C Lima

01/08/2017 - 13h43

Sempre vi o “nobre” dep. Jean Willys como o outro lado da moeda de Bolsonaro. Se retro alimentam!

TIAGO MAXIMILIANO BEVILAQUA

01/08/2017 - 13h36

Só um detalhe sobre as mentiras do Jean Willys. Ele sustenta q apenas 10% da população votou na Constituinte. Não parece ser por acaso, esse é o número q a oposição venezuelana sustenta. Vai se informar melhor cara.

Gilson Ribeiro

01/08/2017 - 13h14

VENEZUELA PROPÕE 545 Constituintes, sendo 364 escolhidos pelo critério territorial. Os outros 181 postos serão preenchidos por representantes setoriais de nove categorias: trabalhadores e trabalhadoras, camponeses e pescadores, comunas e conselhos comunais, estudantes, aposentados, empresários, povos indígenas e deficientes físicos. Todos serão eleitos por voto universal, direto e secreto, à exceção dos oito representantes dos povos indígenas, que serão eleitos reconhecendo suas tradições ancestrais de eleição e participação.

O governo brasileiro rasga a própria constituição para congelar gastos com educação e saúde por vinte anos, desfigurar a CLT e o escambau, tudo sem a mínima consulta popular e me vem esse deputado ex-BigBrother fazer coro com o Trump, que nem sequer foi eleito pela maioria da população, dizendo que Maduro é um ditador!

PUTA QUE PARIU, BRASIL!!!

Batista

01/08/2017 - 13h03

Será a porção Overland do Wyllys que está despirocando-o?

Joao Carlos

01/08/2017 - 13h02

O grande problema é que a constituinte não tem objetivo democrático e sim a consolidação da esquerda no poder. Voto na esquerda democrática, que faz política social, tributa os ricos. Defender a esquerda como de Maduro é tão ridículo como os que defendem na direita a intervenção militar, ambos os lados, ditadoriais, gostam de impor seu modelo como o correto sem respeitar aqueles que pensam contrário.

    João Carlos

    01/08/2017 - 14h36

    ATENÇÃO ESTE TEXTO NÃO É MEU.

    Isto é coisa da contrainforma ção do Mal, Gl&CIA
    daqui por diante assinarei com sobrenome.

João Carlos

01/08/2017 - 12h38

Sinceramente, eu sempre achei que este PSOL, como as “Brigatti Rossi” dos anos 70 na Itália, é filhote da CIA disfarçada em “esquerda”.
Nunca me desceu pela garganta aquela Sininho, que pagava R$ 150,00 por cada (mau) elemento que fosse às manifestações fazerem quebra-quebra. Isto é esquerda???????

De onde vinha o dinheiro? E o Freixo a defendeu…

José Rocha

01/08/2017 - 12h30

Decepcionante. Escreveu um artigo baseado exclusivamente no que a mídia internacional propaga.

Luiz Carlos P. Oliveira

01/08/2017 - 12h29

Depois dessa só falta o Jean Willys concorrer à vice na chapa do Bozonazo. E até agora eu acreditava que ele fosse lúcido nas suas considerações políticas. O Psol está se perdendo…

Camila

01/08/2017 - 12h17

Jean combina com o Bolsonaro nisto.

Valdeci Elias

01/08/2017 - 12h13

Democracia é isso. Pessoas de opiniões diferentes convivendo ,sem violência. Se no PSOL todo mundo pensa-se igual, alguma coisa estaria errado.
Em relação a Venezuela, não da pra entende-la , sem analisar as influências estrangeiras. Por isso o texto dele, está muito simples e incompleto. Abordando com superficialidade a situação venezuelana.

    Camila

    01/08/2017 - 12h24

    Acho que não é questão de democracia,e sim de miopia.
    Ele gosta é do governo de Israel.

Carlos Lima

01/08/2017 - 12h05

Cafezinho, me desculpe mas as ultimas do Jean não foram boas, foi falar sobre cafonice dos ternos do pessoal do MP, agora o de sempre, se entregar ao imperialismo fazendo o que eles mais gostam dividir -se em pensamentos escravizadores, aliás a fragilidade do Jean é notória, não tem visão periférica sobre estratégia, está se transformando em um boquirroto contumaz ao juízo da verdade.

    Pedro Lima

    01/08/2017 - 12h14

    Concordo

Vânia

01/08/2017 - 11h34

Jean é um liberal.
No PSOL

Hilton

01/08/2017 - 11h29

isto não é esquerda,é um BBB brincando de progressista.
Vergonhoso,pra Israel ele visita , aquele governo genocida


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