(Com as eleições de ontem, a Venezuela já realizou 21 pleitos em 18 anos de chavismo. – Créditos: Leonardo Fernandes)
Processo constituinte teve 41,53% de comparecimento do eleitoral às urnas, totalizando mais de 8 milhões de votantes
Por Leonardo Fernandes e Jônatas Campos
De Caracas | Venezuela, 31 de Julho de 2017 às 16:47
Já passava das 23h (00h, no horário de Brasília), quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgou o primeiro boletim com os resultados sobre o comparecimento da população e os eleitos e eleitas pelo voto territorial, neste domingo (30).
A presidenta do CNE, Tibisay Lucena, afirmou que o processo constituinte teve 41,53% de comparecimento do eleitoral às urnas, totalizando 8.089.320 votantes. “Nosso agradecimento e reconhecimento a todos os venezuelanos, não só àqueles que foram votar, mas inclusive àqueles que não foram, mas também se negaram à violência”, afirmou Lucena.
Lucena disse que, embora tenham sido registrados alguns focos de violência, eles não representaram qualquer risco à integridade do processo eleitoral. “Estivemos resolvendo esses problemas apresentados e isso não impediu que as pessoas exercessem seu direito ao voto”, destacou.
A presidenta do CNE lembrou que foram eleitos 537 dos 545 deputados e deputadas constituintes. Os outros oito representantes indígenas serão eleitos na próxima terça-feira, 1 de agosto, de acordo com seus costumes e tradições.
Com as eleições de ontem, a Venezuela já realizou 21 pleitos em 18 anos de chavismo. “Ganhou a democracia na Venezuela. Um país onde as pessoas votam, segundo os cânones liberais, assim se vive em uma democracia”, disse ao Brasil de Fato o economista espanhol Alfredo Serrano Mancilla, coordenador do Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag). “A democracia representativa se aplica ao pé da letra na Venezuela. As eleições constituintes são uma mostra disso, [ela] terá que dar novas respostas para novas demandas do povo venezuelano”, concluiu.
Logo depois do anúncio oficial realizado, o presidente Nicolás Maduro compareceu à Praça Bolívar, no centro da capital Caracas, onde uma multidão de apoiadores o esperavam. “Temos uma nova Assembleia Constituinte!”, disse o mandatário.
O presidente venezuelano destacou que, embora o número de eleitores tenha representado pouco mais de 41% do eleitorado do país, ele representa a maior votação da história do chavismo, já que a oposição decidiu não participar do pleito, convocando seus apoiadores à abstenção. “Essa é a maior votação que já teve a Revolução Bolivariana em toda a história desses 18 anos”, comemorou.
O voto na Venezuela é facultativo. Nas eleições legislativas de 2015, quando a oposição ganhou quase dois terços das vagas na Assembleia Nacional, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reune todos os partidos de oposição ao governo Maduro, recebeu 7,7 milhões de votos. Essa foi a maior votação da oposição em toda sua história.
Do lado chavista, a maior votação ocorreu em 2012, quando o ex-presidente Hugo Chávez recebeu 7,8 milhões de votos, contra 6,3 milhões de Henrique Capriles. Naquele pleito, o nível de abstenção chegou a 19,15%.
Diálogo
Durante sua intervenção na Praça Bolívar, Maduro revelou que uma delegação do governo esteve reunida por várias semanas com representantes da oposição, entre eles, o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges. “Propus a ele há duas semanas: ‘porque não se inscrevem na Constituinte. Eu estou disposto a adiar por 15 dias [a votação] para que se inscrevam. Façam a campanha e que sejam feitas eleições livres.’ Então eles me pediram uma hora, e quando voltaram disseram ‘não aceitamos’”, relatou o presidente.
Mídia internacional
As manchetes dos meios internacionais de imprensa foram uníssonas ao destacar uma suposta ‘baixa participação’ em um contexto de ‘caos generalizado’ no país durante a jornada desse domingo.
O El País, da Espanha, titulou: “Violência e abstenção durante a votação da Constituinte de Maduro”. No momento em que foi publicada, o Conselho Nacional Eleitoral não havia divulgado o primeiro balanço sobre a participação eleitoral.
O argentino Clarín destacou a posição do governo de Maurício Macri, que decidiu não reconhecer os resultados da eleição que classificou de ‘ilegal’. Na capa, a imagem de um ataque a bomba realizado pelos grupos de oposição em um bairro da zona leste da capital, com o título: “Caracas, entre gases, repressão e parapolícias”, referindo-se à Guarda Nacional Bolivariana.
O New York Times disse: “Violência marca a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela”. O jornal estadunidense menciona a explosão ocorrida ‘em uma das principais ruas de Caracas’ sem citar possíveis causadores. O mesmo fez a agência de notícias EFE, que publicou em uma rede social a manchete“Um agente ferido pela explosão de três motos da polícia de Caracas durante as eleições da Constituinte venezuelana”.
Violência localizada
A oposição relaciona 16 mortes com o pleito eleitoral de ontem. Já o Ministério Público reconhece 10 mortes relacionadas aos conflitos. Dentre os muitos feridos, estão 8 policiais da Guarda Nacional Bolivariana que foram atingidos por uma bomba detonada em uma das barricadas da oposição da Avenida Francisco de Miranda.
Um dirigente chavista e candidato constituinte foi assassinado ainda na madrugada do dia 30, em Ciudad Bolívar, no centro-sul do país. José Félix Pineda Marcano era candidato pelo setor das Comunas (uma espécie de associação de vários bairros). Segundo a imprensa local, um suspeito se aproximou dele e efetuou vários disparos com uma arma.
Oposição
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), conglomerado de partidos que se opõe ao chavismo, convocou outra jornada de protestos, interrupção de ruas e uma marcha para o próximo dia 3 de agosto, data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte.
A oposição também apresentou números de seus levantamentos durante a votação, argumentando que houve pouco comparecimento. Apesar de não dispor de nenhum mecanismo de medição, visto que esta é uma prerrogativa do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), a MUD afirma que 12,4% dos venezuelanos compareceram às urnas.
O governador do estado de Miranda, e uma das lideranças da oposição, Henrique Capriles Radonski, afirmou que as “abstenções são uma mensagem clara, uma forma clara de falar”, disse. O governador convocou os manifestantes de todo o país para seguirem à Caracas para o próximo dia 3 e qualificou as mortes ocorridas em todo o país como um “massacre”.
Edição: Simone Freire
Luiz Carlos P. Oliveira
01/08/2017 - 11h18
A COMENTARISTA: seu comentário é de uma profundidade incomensurável. E ele revela o seu caráter e o seu conhecimento de causa. É tão profundo e largo como a sua genitália, se é que me entendes.
Tapa na cara
01/08/2017 - 13h53
Seu machistinha nojento….
Luiz Carlos P. Oliveira
01/08/2017 - 11h14
Lendo os comentários dos coxinhas sobre a Venezuela, salta-nos aos olhos a ignorância política dessa gente. Tudo que eles dizem reflete, nada mais, nada menos, do que a opinião da midia e dos governos americanos. A mentira foi absorvida por esses demagogos que parecem papagaios de piratas. Uma coisa chama a atenção, mas não vi nenhum comentários dos coxas à respeito: SE o povo venezuelano é contra o chavismo, por que a oposição não quis se candidatar à Constituinte? Esse fato já demonstra que as notícias sobre a maioria da população não querer o Maduro é mentirosa e canalha.
Augusto Carlos M. Moraes
01/08/2017 - 10h56
Olha, O cafezinho chegou ao fundo do poço agora… Apoiar a ditadura venezuelana.
Ainda bem que esse blog de m. não chega até o final do ano…
Fato!
João Carlos
01/08/2017 - 11h17
Caro Augusto Carlos M. Moraes,
veja meu comentário abaixo para o Brasileiro. Serve também para você.
Meu país está sendo destruído, e eu sinto muita indignação.
João Carlos
01/08/2017 - 10h42
Caro Brasileiro
Vendo seu comentário, só posso chegar a algumas conclusões:
A) Não costuma ler O Cafezinho (e outros sites similares da Internet) há muito tempo
B) Consequentemente, não tem informações que lhe permita raciocinar politicamente (nem política nacional nem política internacional)
C) Por este motivo sua cabeça foi envenenada, e v. foi feito de idiota pela Globo & CIA (todo o resto da Mídia, TVs, revistas tais como Veja, etc), e com toda a certeza, >>>>>>>> votou no Aécio >> (sem comentários)
D) Por causa da falta de informação realmente esclarecedora v.é feito de idiota pela Globo & CIA, ACREDITA NO QUE A MÍDIA DIZ, “DITADURA VENEZUELANA” e otras cositas mas
E CONTINUA A ACREDITAR NA MESMA MÍDIA QUE TE FEZ DE IDIOTA!!!
E) OOOUUUUU >>> É profissional da contra informação, trabalha para o sistema Globo & CIA iiiiiiiiLimitada
a comentarista
01/08/2017 - 10h54
Esse João Carlos é o estagiário do Rosário… posta sempre a mesma resposta nos comentários. Deve fumar sua maconha e dar o seu rabinho pra ele ainda depois do expediente… kkkkkkkkkkk
João Carlos
01/08/2017 - 11h05
Depois desta, está claro que v. não é item A, B, C ou D.
Aposto todas as fichas que você é E, trabalhas profissionalmente na contrainformação da Globo & CIA.
How much????
Brasileiro
01/08/2017 - 17h52
Que mimizinho patético, heim? Sua mãe deve sentir vergonha….
Atreio
01/08/2017 - 09h50
ótimo filme:
a revolução não será televisionada
muito cuidado antes de falar sobre oq não se viveu…
aproveita o embalo e, quem ainda não viu, assista:
– o dia q durou 21 anos
-utopia e barbarie
-a funny thing hapenned on the way to the moon
-q hrs ela volta
-marighella
ANULA STF!
ANUULA PGR!
quem anular primeiro ganha um doce, um especial de tv e uns 3 livros sobre si mesmo, enaltecendo sua visão estadista.
o outro, ao fundo do esgoto da história como golpista e recebedor de mala, assim com o MT e seu rodrigo. aécio e seu fred.
VOLTA DILMA!
Brasileiro
01/08/2017 - 08h56
Deve estar orgulhos, heim Miguel?
https://www.theguardian.com/world/2017/aug/01/venezuela-opposition-leaders-leopoldo-lopez-antonio-ledezma-taken-from-homes-say-relatives
Bate palminha, bate…
Atreio
01/08/2017 - 09h51
és tolo
és balta
és wilian botelho
és janaina rivotril
és o atraso
o ridículo e a vergonha de sua familia.
leia mais. converse com mais pessoas de origens diferentes À sua.
se informe melhor.
babou o golpe. ninguem mais topa estar na fotto ao lado de golpista.
Brasileiro
01/08/2017 - 11h17
Vcs estão apagando nossas respostas? Que baixaria, agora entendi pq apoiam o Maduro.
Melhor sair daqui e nunca mais pisar nesse lixo…
LUIZ TAVE
31/07/2017 - 21h44
QUE LEVE O MORO E A CORJA DELE PRA LA` ! DALLAGNOL O CANGACEIRO MIRIM DE CURITIBA !
José Rocha
31/07/2017 - 20h48
Tio $am vai intervir militarmente na Venezuela, é uma questão de tempo.
João Carlos
31/07/2017 - 23h17
Onde o Bem avança, eles (USA) vêem contra, representando o Mal….
Porque é o Mal que controla o Governo dos USA….
Não é 60% do povo americano.
É o Mal que controla o Governo dos USA…
Marcos Pinto Basto
01/08/2017 - 03h31
José Rocha, o Trump não é assim tão idiota de tomar uma decisão que vai contra 65 a 70% da opinião pública estadounidense. A imensa maioria do povo com instrução média e formação acadêmica, é contra a intervenção militar ianque nas outras nações e a Venezuela dispõe dos mais modernos meios de defesa, não é um Iraque desprovido de armamento moderno.
O clã ianque da guerra e destruição, senta em barris de pólvora fumando charutos cubanos, mas se um bitucão destes chega na pólvora, o clã vai ter que sentar em lugares mais seguros onde chega a civilização.
Gerson
01/08/2017 - 09h20
Eles, os ianques, vão usar o Brasil e a Colômbia para isso. Te dou até a data, logo após as manobras na Amazônia, envolvendo Brasil, EUA e Colômbia. Um conflito armado serve a vários interesses, entre os quais mudar o foco de uma economia combalida e a uma situação política arrasada, como no Brasil. Vide Malvinas.
João Carlos
01/08/2017 - 10h56
Caro José Rocha, gostaria que isto fosse verdade. Mas quem domina a Mídia americana e controla o Governo dos Estados Unidos pode tudo.
Você sabia que as Torres Gêmeas foram derrubadas por terroristas não árabes? (vá no Google com “09/11” e “truth”).
E que com isso quem domina o Governo americano conseguiu aval suficiente da opinião pública americana para as forças armadas americanas invadirem o Iraque e tomar-lhes o petróleo?
Sorry
João Carlos
01/08/2017 - 11h09
Desculpe, minha resposta é para o Marcos Pinto Basto