(Foto: Wilson Dias/ABr)
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Com o Brasil derretendo rapidamente, e os procuradores da Lava Jato sob feroz crítica, a operação precisava voltar a controlar a agenda política nacional.
Com isso, esquece-se Temer, a crise econômica, e os fracassos do governo. O timing é sempre perfeito. A mídia poderia se ocupar, hoje, com os mais de R$ 200 milhões recebidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nada disso. A Lava Jato prende Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, com base, como sempre, apenas em delações dos torturados da Guantanamo de Curitiba.
Segundo uma delação de Marcelo Odebrecht, Bendine teria pedido, mas a Odebrecht não deu. Numa outra delação, referente a outra coisa, teria entregue em dinheiro vivo. Bendine já entregou seus sigilos fiscais e bancários há muito tempo à Lava Jato. Tem colaborado. Mesmo assim, é preso, obviamente com objetivo de que, após um longo período de encarceramento, se disponha a fazer o jogo sujo da operação, dando alguma informação, sem prova (mas isso não é problema), contra o PT.