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A íntegra do discurso histórico de Lula, sobre a sua condenação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta quinta-feira (13), seu primeiro pronunciamento público após a condenação em primeira instância no “caso do tríplex do Guarujá”. Na sede nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo (SP), Lula criticou a atuação do juiz Sergio Moro e da imprensa comercial, e afirmou que […]

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta quinta-feira (13), seu primeiro pronunciamento público após a condenação em primeira instância no “caso do tríplex do Guarujá”. Na sede nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo (SP), Lula criticou a atuação do juiz Sergio Moro e da imprensa comercial, e afirmou que irá se candidatar a presidente da República novamente: “Se alguém pensa que com essa sentença me tirou do jogo [político], eu quero dizer que estou no jogo”.

Para ler um resumo jornalístico do discurso, clique aqui.

https://www.facebook.com/Lula/videos/1373459459389717/

Abaixo a íntegra do discurso, para registro histórico:

_ Não me avisaram antes e eu perdi a fala da minha presidenta aqui, eu cheguei quando ela tava falando que eleições sem Lula não é eleição, é fraude, mas eu queria que vocês pensassem um pouco na sentença do Mouro, porque ele tem para comigo o otimismo que nem eu tenho. Porque pela peça de condenação de 19 anos sem poder exercer nenhum cargo, significa que ele esta permitindo que eu possa ser candidato em 2036. Isso significa que eu vou viver e vocês vão ter que me suportar muito.

Ô, gente, eu queria fazer essa entrevista coletiva, ontem eu não quis falar com a Imprensa, porque ontem eu tinha um assunto muito importante pra resolver que era ver o Corinthians derrotar o Palmeiras, então eu não tive nem tempo de analisar a condenação, nem conversar com advogados porque olha, primeiro vamos ver o Corinthians resolver o problema com o Palmeiras, depois a gente discute.

Mas eu queria começar aqui agradecendo alguns companheiros que tiveram um papel importante nessa primeira etapa dessa batalha jurídica e política que é meu companheiro Cristiano Zanin, o meu querido companheiro advogado, o companheiro Roberto Teixeira, a companheira Valeska, que alem de advogada e filha do Roberto Teixeira, é mulher do Cristiano, a companheira Larissa, que é filha também do Roberto Teixeira e cunhada do Cristiano, queria conhecer o companheiro Geoffrey que é um advogado que esta nos ajudando a partir de Londres e fez uma representação contra o Mouro em Bruxelas na ONU.

Queria agradecer o companheiro Batochio que faz parte do grupo de advogados que me defendem nessa ação e em outras ações, que são muitas ações que eu tenho pela frente. Agradecer o companheiro Nilo Batista que foi impedido de continuar me ajudando, mas no começo participou me ajudando nesse processo, o companheiro Joarez Cirino que é um advogado do Paraná que também me ajudou numa fase do processo. Quero agradecer o companheiro Fernando Fernandes e toda sua equipe que trabalharam tão bem nesse processo, eles eram advogados do Paulo Okamotto, e o Paulo Okamotto foi absolvido na questão do acervo.

Quero agradecer a tantos companheiros jurídicos que participaram de tantas reuniões, que escrevera tantos artigos. Agora mesmo já tem um movimento com 60 juristas pra escrever o livro sobre a sentença do Mouro, ou seja, cada jurista vai escrever 5 páginas sobre a sentença do Mouro porque segundo os advogados, é uma peça que precisa ser motivo de estudo profundo de como não fazer uma peça condenatória.

Mas de qualquer forma eu não vou entrar em detalhes porque os cara estudaram tantos anos, fizeram mestrado, doutorado pra ser advogado, não vou eu aqui com meu quarto ano primário tentar substituir a experiência desses companheiros, mas eu quero agradecer a todos, quero agradecer obviamente aos meus companheiros do PT, que tanto tem sido solidários a nossa bancada no Senado, a nossa bancada na Câmara dos Deputados que tem feito um enfrentamento não apenas nessa caso, mas em outro caso de injustiça que acabou vitimando outro companheiro do PT e outros companheiros que nem são do PT mas que são vítimas do arbítrio de um estado quase que de exceção em que o Estado de Direito Democrático esta sendo jogado na lata do lixo.

Ou seja, eu quero agradecer a companheira Jandira, que está aqui na mesa em nome do PCdoB, o companheiro Manoel Dias que está aqui em nome do PDT, quero agradecer a generosidade da Imprensa comigo que é muito importante sobre tudo o pessoal do Jornal Nacional, que me tratam com tanta diferença. Quero cumprimentar, quero aqui agradecer meu querido companheiro Raduan, que eu conheço a pouco tempo pessoalmente, mas parece que faz muito tempo que eu conheço ele, e é um companheiro que é uma das reservas morais desse país, além de uma reserva importante intelectual.

Eu até não queria falar da minha família por que quando fala de família fico emocionado e não vou falar, mas esse processo é um processo que se vocês acompanharam ele, vocês vão perceber que o que aconteceu ontem, eu já previa no dia 16 de outubro do ano passado. Se vocês leram, eu escrevi um artigo, na tendência de debate da Folha, “Por que querem me condenar”, isso aqui é o dia 18 de outubro de 2016 e nesse artigo, Raduan, eu disse o seguinte:

“Meus acusadores sabem que não roubei, não fui corrompido nem tentei obstruir a justiça, mas n˜o podem admitir, não podem recuar depois de um massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes, a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a me condenar e devem avaliar que se n˜o me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública.

Tento compreender essa caçada como parte da disputa política, muito embora seja um método repugnante de luta. Não é o Lula que pretendem condenar, é o projeto político que represento junto com milhões de brasileiros. na tentativa de destruir uma corrente de pensamento, estão destruindo os fundamentos da democracia no nosso país.

É necessário frisar que nós do PT, sempre apoiamos a investigação, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro do povo. Não é uma afirmação retórica, nós combatemos  a corrupção na prática.

Isso foi escrito em outubro, por que desde que esse processo começou, e desde que o Moro proferiu várias entrevistas sentenciando que era preciso uma forte cobertura da Imprensa, porque senão ele não conseguiria prender as pessoas, e sobretudo prender as pessoas para fazer com que as pessoas delatassem. Porque tem gente que delatou e poderia contar um caso que é o caso do Leo Pinheiro, que é um cara que ele utiliza muito na sentença. O Leo Pinheiro tá há mais de dois anos preso, o Leo Pinheiro insistentemente disse “não, não”, mas o cara já tá condenado a 23 anos de cadeia com perspectiva de um pouco mais.

Ai o cara assiste na própria televisão Globo, no Fantástico, sabe que nesse país vale a pena delatar, que delatar é um prêmio, pra você conviver com a riqueza que você roubou, pra você conviver com metade ou mais do roubo e apareceria gente morando em Itapecerica aqui em condomínio de luxo, aparecia gente morando em condomínio perto da praia. O cara tá preso e o cara fala “Po, eu to condenado a 23 anos de cadeira, tem mais uns 3 processos contra mim e o que eu tenho que falar é apenas dizer que o Lula sabia?”

O Lula não faz parte da família dele, o Lula não é filho, não é genro, nã é nada dele. Por que que eu vou pegar tanto anos de cadeia por causa do Lula? Assim foi com o Leo, assim foi com outros. Durante todo esse processo a coisa que eu mais lia de informações, era as pessoas dizendo “tal pessoa foi presa e no interrogatório a primeira coisa que falaram foi que tinham que falar o nome do Lula “. E eu acreditava que esse processo ia terminar do jeito que terminou por que em nenhum momento , eu prestei vários depoimentos, e era visível que o que menos importa para as pessoas que faziam as perguntas era o que você falava. Eles já estavam com o processo pronto, eles ja estavam com a concepção da condenação pronta.

Então, a Polícia Federal pega esse processo. Esse processo começa com a mentira do jornal Globo, que o Ministério Público pega pra ela, abre um inquérito, a Policia Federal mente a respeito desse processo, o MP aceita o inquérito da PF enquanto isso a Imprensa divulgava isso fartamente. Depois vai pro MP, o MP prepara a acusação, anuncia a acusação, a imprensa divulga fartamente, ou seja, outra mentira do MP e vai pro Moro.

Eu acreditava que o Moro iria recusar, se ele tivesse recusado a aceitar a mentira contada pelo MP, baseada na teoria do PowerPoint, era o que eu esperava. Veja que eu tinha muito mais garantia de que ele iria recusar ou aceitar a denúncia, do que me absolver depois que o processo foi aceito.

Depois que o processo foi aceito eu falei “Olha, há um jogo a ser jogado nesse país. Não é possível, que aqueles que preparam a mentira do golpe contra a Dilma, aqueles que prepararam a mentira do golpe contra as forças democráticas que ganharam as eleições de 2014 iriam ficar com os braços cruzados, esperando essa gente voltar pro poder em 2018.

E eu sempre tive consciência que o golpe não fechava, se o Lula pudesse ser candidato, o golpe não fechava. Porque qual é a razão, sabe, de derrubar um governo, um partido político e dois anos depois esse governo e esse partido juntar as mesmas forças políticas e ganhar as eleições?
Não podia fechar. Então a sentença de ontem, ela tem um componente político muito forte e eu obviamente que não vou entrar nos componentes jurídicos, porque tudo que eu tenho lido até agora e tudo que eu tenho ouvido é que o juiz Moro passou praticamente escrevendo 60 páginas pra se justificar da condenação. Em que praticamente, de 900 e não sei quantos parágrafos, ele utilizou 5 da defesa e me parece que não havia nenhum interesse.

Vocês estão lembrados de que quando eu fui prestar o meu depoimento, isso tá gravado, eu tinha pedido pro Moro autorizar que a Imprensa divulgasse o meu pronunciamento ao vivo. Não foi possível, porque eu queria que o povo visse a cara dele, queria que vissem as caras dos promotores. Não apenas a minha.

Mas não foi possível, mas foi divulgado e vocês viram que eu disse o seguinte “Olha, você não pode me absolver, não tem como. Ou seja, o que vocês já falaram até agora, o que a Imprensa já me condenou até agora, só do Jornal Nacional foram 20 horas.” Você veja que os tucanos não aguentaram uma capa da Veja, caiu todos. Eu tenho não sei quantas capas de revista, 50 e não sei quantas, mais a do final de semana que devem ser todas da minha cara outra vez, e mais 20 hora de Jornal Nacional.

E eu sinto que há, companheira Gleisi, uma tentativa de me tirar do jogo político. Eu sou um homem que acredito nas Instituições. Eu quero uma Polícia Federal forte, eu quero um Ministério forte e eu quero um Ministério Público forte. Porque essas Instituições forte, elas são o garante da democracia do país e são o garante para não permitir o abuso daqueles que exercem o poder. Inclusive pra evitar sabe, o surgimento de pessoas que se sintam insubstituíveis e queiram utilizar do poder pra ficar governando de forma autoritária.

Agora eu sempre disse, se vocês pegarem os discursos que eu fazia na posse do Ministério Público, eu sempre dizia: a Instituição por ser forte, as pessoas que a compõe, tem que ter mais responsabilidade. Quando eu falo da Policia Federal e falo do Ministério Público, eu não falo da Instituição, porque tenho grandes amigos e respeito profundamente algumas centenas de amigos que tenho lá. Eu falo dos procuradores que estão fazendo parte da operação, da Força tarefa da Lava-Jato. Eu falo a Policia Federal que faz parte da força tarefa da Lava Jato. Eu não falo da Instituição, porque acredito tanto na Instituição, que fiz ela ser muito mais forte do que era quando cheguei.
Pois bem, então o que acontece de fato e de direito nesse negócio. Ou seja, na medida em que nenhuma verdade era levada em conta. Na medida em que o powerpoint permeou todo o comportamento deles, e eu já cansei de falar e vocês sabem. Eles diziam que o PT era uma organização criminosa, que o PT se preparou para ganhar do governo, para ganhar do governo e roubar e o Lula era o chefe.
A partir dai eles não precisavam mais nada, era a teoria do domínio do fato. Utilizada de forma moderna com a palavra “contexto”, que o juiz Moro utilizava muitas vezes a palavra contexto. Obviamente que o Moro, ele não tem que prestar contas pra mim, eu acho que ele tem que prestar contas para a História, como eu devo prestar conta pra História.

A História na verdade é quem vai dizer quem tá certo e quem tá errado. Eu continuo afirmando pra vocês que não é possível a gente ter um Estado Democrático de Direito, se a gente não acreditar na Justiça. E por essa crença que eu tenho no Estado de Direito e numa Justiça forte, é que a Justiça não pode mentir.

Ela não pode tomar decisões políticas, ela tem que tomar decisão baseada nos autos. E olha que nós trabalhamos. Porque a única prova que existe nesse processo, de não sei quantas mil páginas, é a prova da minha inocência.

Eu queria fazer um apelo a Imprensa, um apelo ao povo brasileiro, se alguém tiver uma prova contra mim por favor, diga. Mande pra Justiça, mande pra Suprema Corte, mande pra Imprensa, porque eu preciso. Eu ficaria mais feliz se eu fosse condenado com base numa prova. Que eles me desmascararem. “Tá aqui ó, você realmente cometeu um erro.” O que me deixa indignado, mas sem perder a ternura, é você perceber que você tá sendo vítima de um grupo de pessoas que contaram a primeira mentira e vão passar a vida inteira mentindo pra poder justificar a primeira mentira que contaram, de que o Lula era dono e um triplex.

Não sou dono de um triplex, não tenho triplex e ainda fui multado em 700 mil reais. Porque agora o triplex é da União. Eles tomaram o triplex e eu tenho que pagar 700 mil reais pra Petrobrás. Eles poderiam me dar o triplex, eu vendia o triplex e pagava a multa. Senão, o que vai acontecer, é que nós vamos fazer que nem arrecadação de dízimo. Pra vocês inclusive, pra imprensa democrática, passar um saquinho , você depositar um dinheiro e eu pagar uma multa de um triplex que não é meu.

Então eu sinceramente, a minha cabeça de um cidadão que tem o quarto ano primário e um curso de torneiro mecânico, não consegue compreender todo esse emaranhado. Eu não sei como que alguém consegue escrever quase 300 páginas pra não dizer absolutamente nada de prova contra a pessoa que ele quer acusar.

Esse processo é como o cidadão chegar aqui, um torcedor do Corinthians , chegasse aqui pra mim e dissesse “ô Lula, o Corinthians contratou o Messi”, eu ia ficar todo feliz. E não fosse verdade e eu começar a processar o Corinthians porque eu queria que o Messi jogasse. E o Barcelona falasse “mas Lula, o Messi é do Barcelona”, “é do Corinthians, a Globo falou”. E aí o Corinthians fosse obrigado a pagar multa. Não é possível!

E tem mais outros processos desse mesmo jeito. Vocês vão ouvir falar muito de processos iguaizinhos a esse, então eu queria dizer pra vocês que a minha indignação como cidadão brasileiro não me faz perder a crença de que nesse país ainda existe justiça.
Por isso nós vamos recorrer em todas as instâncias de todas as arbitrariedades. Eu acho que inclusive é preciso a gente processar essa sentença no Conselho Nacional de Justiça. É preciso a gente fazer processo contra quem mentir, contra quem não disser a verdade nesse país. Porque cada vez que eu vou prestar um depoimento eu digo: só eu tenho interesse na verdade aqui.
Agora mesmo eu fui prestar um depoimento e o procurador falou assim pra mim “Não, o senhor não precisa prestar como testemunha, porque como testemunha você é obrigado a falar a verdade. Você pode prestar como informante”. Eu falei “Não, eu quero prestar como testemunha porque eu vim aqui pra falar a verdade. Quem queria que eu falasse como informante é porque não queria que eu dissesse a verdade.”

Então, companheiros, eu queria, não to desafiando não, mas eu queria desafiar, sabe? Não desafiando, que os meus inimigos, sobretudo os donos dos meios de comunicação, fizesse um esforço incomensurável e apresentasse uma prova. Uma única prova, um único papel assinado. Porque o que eles apresentam como prova, é um papel que tava rasurado. Vocês tão lembrado que no processo me deram um papel. Eu vi que tava rasurado no número 174, que poderia até ter sido eles quem tivessem feito, e perguntaram “o senhor conhece isso aqui” e eu respondi “Não, não conheço, quem assinou?”, “Ninguém”, “E como é que vou reconhecer um documento que não tá assinado?”

Isso foi utilizado como prova. E depois a delação de um cidadão, sabe, que eu tenho um profundo respeito, que tive muita relação de amizade, que foi o Leo Pinheiro, que mudou de opinião de um dia pro outro. Eu lembro que no dia do depoimento dele o Cristiano perguntou “Doutor Leo, até ontem o senhor vinha falando outra coisa, por quê o senhor mudou de posição?” “Ah, porque tive nova orientação do advogado”, que ele contratou o Juca pra ser o seu advogado. Então com base nisso, você fazer a condenação, eu sinceramente acho que eu me sinto aliviado porque conheço o tamanho da mentira.

E queria terminar dizendo uma coisa pra vocês. Eu quero respeitar os companheiros do PDT, os companheiros do PCdoB, os companheiros do movimento social, eu quero dizer uma coisa pra vocês. Se alguém pensa que com essa sentença em tiraram do jogo, podem saber que eu to no jogo.
E agora quero dizer ao meu partido, que eu até agora não tinha reivindicado, mas a partir de agora eu vou reivindicar do PT o direito de me colocar como postulante a candidatura a presidência da República.

Eu, na verdade, gostaria de estar aqui hoje nessa mesa, Gleisi, no auditório principal do meu partido, com tantas pessoas importantes aqui, discutindo a situação do Brasil. Discutindo a situação política do Brasil. A situação econômica do Brasil. O descrédito das Instituições desse país, a começar pelo Poder Executivo. Discutindo o golpe dentro do golpe, que até agora… você que é professor, sabe me explicar porque que a Globo quer dar um golpe dentro do golpe e pra gente deixar claro que o mesmo golpe, a gente não quer dar golpe no Temer, a gente quer eleições diretas, a gente quer votar legalmente e a gente quer que ele saia com uma votação de uma emenda constitucional dentro do Congresso. A gente não quer que ele saia porque tem quer achar um melhor do que ele, não, o melhor só a eleição pode achar.

Porque quando o povo escolher um candidato, uma candidata, o povo passa a ser o responsável pelos acertos e pelos erros. Então eu queria dizer o seguinte. Eu não sei se isso é pro bem ou pro mal, mas você vai ter um pré-candidato com um problema jurídico nas costas e eu tenho que fazer duas brigas. Primeiro brigar juridicamente pra ganhar o direito de ser candidato, segundo brigar dentro do PT pra ganhar o apoio do PT, terceiro, brigar, sabe, a boa briga, a boa luta democrática nas ruas pra convencer a sociedade.

Porque se eles acabaram de destruir tudo o que foi construído de direito dos trabalhadores desde 1943, se eles estão tentando destruir a conquista dos trabalhadores mais a previdência social, se eles estão tentando destruir a indústria nacional, estão tentando destruir a coisa mais simples que nós criamos, que é o componente nacional, pra que a gente possa desenvolver uma industria nacional. Se eles estão tentando destruir a Petrobras, se eles estão tentando destruir as empresas de engenharia, porque não sabem o que fazer, eu queria dizer: Senhoras da Casa Grande, permitam que alguém da Senzala faça o que vocês não tem competência de fazer neste país.

Permita que alguém cuide desse povo, porque este povo n˜o está precisando ser governado pela elite. Esse povo tá precisando ser governado por alguém que conheça a alma dele, por alguém que saiba o que é fome, o desemprego, por alguém que saiba o que que é a vida dura que leva o povo pobre desse país. E eu quero terminar dizendo o seguinte, sabe, quando esse país não tiver mais jeito, sabe, quando os economistas de direita não tiver mais solução, por favor, permita que a gente coloque o pobre no orçamento outra vez. O pobre do orçamento, Damião, o pobre no mundo que trabalha, o pobre recebendo salário, o pobre recebendo crédito, que a gente faz esse país voltar a crescer, faz o povo voltar a sorrir e faz o povo voltar a ter o otimismo que tinha todo tempo que nós governamos esse país.

Lembrar vocês, e vou dizer pra vocês, lembrar e afirmar uma cosia, o ódio está disseminando neste país e toda vez que eu falo que a Rede Globo é a disseminadora do ódio deste país é porque é só assistir o Jornal Nacional e vocês vão perceber. Sabe, que eu espero, que aqueles que apresentam o jornal, que faz o jornal, na hora que apresentem as denúncias falsas, cheguem em casa e olhem para cara dos seus filhos, pra ver se os filhos deles, com o peso do que ele tá fazendo , por que eu não tenho dúvidas de que quando os filhos ficaram adultos, vão cobrar dos país a quantidade de mentiras que contaram a respeito de uma pessoa que não é honesto por mérito, sou honesto porque aprendi com a mulher analfabeta, a ser honesto.

E é importante saber, que eu sei o que fizeram com a dona Marisa com essas mentiras. Eu nem coloco isso na mesa pra não ficar emocionado, mas as pessoas sabem o que fizeram com a dona Marisa, portanto, companheira Gleisi, tá aqui o seu velho companheiro jovem Lula, com 71 anos e idade próximo de fazer 72, disposto a brigar do mesmo jeito que quando eu tinha 30 anos. Com mais experiência, to tomando vitamina de manhã, to fazendo ginástica todo dia, sabe, então me esperem.

Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara porque somente na política, que ter um direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro. Muito obrigado, companheiros!

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Jodeval Duarte

15/07/2017 - 15h29

Moro, aliás, resido, habito, tenho endereço – qualquer coisa, menos moro – a mais de mil quilômetros de Brasília. Fui para lá duas vezes e gritei emocionado e orgulhoso de ser brasileiro: Lula-lá! Vou morrer feliz se tiver a honra de ir mais uma vez a Brasília para ver Lula com a faixa presidencial. Porque assim terei certeza de que meus filhos, minhas filhas, meus netos e netas viverão em um Brasil mais justo, onde pobre pode chegar às universidades, onde excluídos podem ter três refeições por dia. Onde os direitos constitucionais serão respeitados. Onde para ser dono de qualquer propriedade será preciso ter a escritura em cartório. Onde não haverá o ódio que divide a nação. E o Brasil terá apenas três Poderes, cada qual no seu lugar, como se espera de um Estado Democrático de Direito.

Charles Ramos Telles

14/07/2017 - 18h51

Historico mesmo!!! Como o povo pode ser tao trouxa e nao reparar que ele nao faz coleitva para imprensa pois nao iria conseguir mentir como mente num palanque, povo trouxa que nao se toca que a familia dele nem se apresenta em apoio pq a imprensa iria cair encima de quem saiu de pobres para millionarios em 10 anos… LULA GUERREIRO!!! LADRAO DO POVO BRASILEIRO !!! e agora dos trouxas tb !!!!!

    Mauricio

    14/07/2017 - 18h19

    Realmente, ele não ia conseguir mentir Charles, isso é coisa pro FHC Brasif, Aécim, Bolsonaro… seus candidatos e idolos.

luiz francisco guil

14/07/2017 - 10h03

Não podemos esquecer de Lula chorando no dia de sua posse, em 1º de janeiro de 2003. Vejam nos olhos de Aécio, Alckmin, Temer, Bolsonaro. Algum desses tem a capacidade de chorar? Capacidade sincera de chorar pela oportunidade de fazer algo positivo pelo povo do Brasil? Talvez eles chorem, se necessário, num cenário eleitoral.

Mauricio

14/07/2017 - 09h01

Na verdade, essa condenação é motivo de orgulho, assim como as perseguições da ditadura militar. Ter Moro, PIG, Aécim, Temer, Alckmin, Dallagnol… como inimigos é motivo de orgulho, e o valor de um homem, também é medido pelos inimigos que ele tem e esses provam o grande carater do Lula.

assim falou Golbery

14/07/2017 - 00h49

Porém… quando esse deixou entender que iria repetir a incompetência na presidência tendo como vice um golpista porque a porcaria desse país não merecia que ele ganhasse mais um cabelo branco de preocupação, só poderia dá em merda

Carrie Coleman

14/07/2017 - 00h46

Agora é tudo ou nada! Meu partido é PT, meu candidato é Lula. É uma questão de ética e caráter. O brasileiro que apoia esse juizeco lésa-pátria é contra o Brasil. Pra mim a linha está demarcada, ou você está do lado do estado de direito, da democracia e do Lula, ou é um traidor da soberania brasileira. Atravessamos o Rubicão e o ponto do não retorno! Fora todos esses canalhas golpistas e que a fúria justa do povo seja implacável e impiedosa!

Celma Marques

13/07/2017 - 23h39

<3 <3 <3

Mailson Souza

13/07/2017 - 23h33

Eu sou a favor da justiça,nunca vou deixar de acreditar em um juiz,para acreditar em um político Seja ele qual for,é lamentável alguns tipos de manifestações,acho que os problemas do país não é só dos políticos,principalmente quando pessoas passam a defender o errado,e a mesma cena,defender o traficante por que ao lado dele e mais seguro!

    Mauricio

    14/07/2017 - 09h08

    Mesmo se o Juiz mentir ou for injusto Mailson? Seu comentário apenas prova que você não está interessado na verdade, só na perseguição a um partido.

Mailson Souza

13/07/2017 - 23h27

Custódio Das Graças Soares

13/07/2017 - 22h35

Se 25% dos brasileiros tivesse a inteligência desse Nordestino….seria fácil ajudar os outros ….e em Pouco tempo seríamos de Primeiro mundo.

Roberto Oliveira

13/07/2017 - 22h16

‘Eu tô no jogo’. Muito bom!


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