(Foto: José Cruz/ Agência Brasil)
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, deixou bem claro, em suas redes sociais, de que não respeitará o acordo estabelecido entre o governo Temer e alguns senadores.
O relator da proposta trabalhista no Senado, Romério Jucá, para convencer os colegas da sua própria base a votarem a reforma sem alterações (o que obrigaria a reforma a retornar à Câmara), disse que vários pontos seriam modificados por vetos e medidas provisórias do presidente.
Entre esses pontos constavam as partes mais crueis da reforma trabalhista, como a autorização surreal para que gestantes e lactantes possam trabalhar em locais insalubres e o trabalho intermitente.
Rodrigo Maia já avisou, porém, que não participou desse acordo, e que irá trabalhar para derrubar qualquer mudança vinda do governo.
É uma facada nas costas do governo e do senado. Ou então uma jogada desonesta combinada – o que não seria nada surpreendente vindo desse governo – para enganar os parlamentares que só aprovaram a reforma porque havia a promessa de atenuá-la em alguns pontos.
Maia quer aparecer como um campeão frio e malvado das reformas. Ou então deseja criar a primeira dissidência grave contra Temer, de maneira a obter um pretexto político para trabalhar mais abertamente em favor do afastamento do presidente.
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