(Escuridão e trevas no Senado brasileiro. Foto: Lula Marques/AGPT)
Por Pedro Breier
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse a seguinte frase, hoje à tarde: “Isso é uma avacalhação”.
Ele se referia à ocupação da mesa do Senado pelas bravas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI), que se insurgiram contra a proibição de que os trabalhadores que se deslocaram até Brasília acompanhassem a votação da reforma trabalhista no plenário. Os que votaram a favor dessa aberração são, além de canalhas, covardes.
Pois se o ato das senadoras é uma avacalhação, o que dizer do que a direita brasileira está fazendo com o país desde que resolveu derrubar a presidenta eleita democraticamente em 2014?
Bandidagem é o adjetivo mais leve que me vem à mente.
Esta reforma recém aprovada deforma completamente a CLT. É um ataque brutal aos direitos trabalhistas. Contempla apenas a sede de sangue dos grandes empresários, que querem manter sua margem de lucro na crise às custas do suor e do sangue do povo trabalhador.
Um projeto que retira direitos e diminui a renda da base da pirâmide social em um dos países mais desiguais do mundo é um acinte, um escárnio. É criminoso.
Estão esticando a corda ao máximo sem pensar nas consequências. PSDB, PMDB, DEM e demais partidos do status quo estão cavando sua própria cova.
Comemorem enquanto podem, porque a luta, a partir de agora, se intensificará.
E a derrota, mais cedo ou mais tarde, daqueles que não compreendem que somos irmãos e que só quando todos puderem viver dignamente seremos, de fato, um país, é inexorável.