Estado de exceção
Por Wadih Damous, deputado federal
‘Não é possível combater o terrorismo amparado nas leis normais, eficientes para os cidadãos comuns”. “Os terroristas não eram cidadãos comuns”. Assim pensava o coronel Carlos Brilhante Ustra, torturador, comandante do DOI-CODI de São Paulo, na época da ditadura militar.
“Ora, é sabido que os processos e investigações criminais decorrentes da chamada “Operação Lava-Jato”, sob direção do magistrado representado, constituem caso inédito (único, excepcional) no direito brasileiro. Em tais condições, neles haverá situações inéditas, que escaparão ao regramento genérico, destinado aos casos comuns” (TRF 4, P.A. Corte Especial nº 0003021-32.2016.4.04.8000/RS. Relator: desembargador federal Rômulo Pizzolatti).
O que há de comum nesses pensamentos é a noção de que diante de um “inimigo poderoso” faz-se necessário recorrer a quaisquer mecanismos de repressão, ainda que estranhos ao ordenamento jurídico em vigor. Ou seja, “vale tudo” na defesa de um “bem maior” ou para promover a “guerra justa”: o combate à corrupção. Dessa forma, Brilhante Ustra e a sua equipe de torturadores se sentiam plenamente legitimados para torturar, matar e fazer desaparecer os “terroristas”, em nome dos princípios e valores da “civilização cristã, ocidental e democrática”.
Já os agentes da Lava-Jato e seus defensores consideram válidas — ainda que não autorizadas por lei — a violação do princípio do juiz natural; prisões preventivas arbitrárias para obter confissões e delações; conduções coercitivas sem prévia intimação; divulgação ilegal de grampos ilegais; vazamentos seletivos de informações sigilosas; hostilidade ao direito à ampla defesa; inobservância da figura do juiz imparcial.
“Medidas excepcionais para tempos excepcionais”. Está tudo justificado e legitimado pelo Estado de Exceção. Que balanço a posteridade fará da Lava-Jato? Que desconstruiu a ordem jurídica constitucional; desrespeitou direitos e garantias fundamentais; destruiu setores estratégicos da economia nacional; causou desemprego em massa; aperfeiçoou o populismo penal midiático; produziu um estado de exceção e ajudou a perpetrar um golpe de estado não há dúvida. Isso estará registrado em qualquer retrospectiva honesta.
Mas tenho fundadas dúvidas, para não dizer certeza, de que pouco terá contribuído para derrotar o processo de corrupção no Brasil, que só se efetivará com o apoio de um ordenamento específico com vistas a prevenir a sua prática. Só o direito penal, como propugna a “força-tarefa”, terá se mostrado incapaz e insuficiente.
No final das contas, o que esses rapazes de Curitiba poderão contemplar como grandes feitos de sua lavra serão a consolidação da cultura do ódio e da intolerância e a descrença na democracia e na Constituição, já que incapazes, de acordo com o que ajudaram a disseminar, de promover um “combate eficaz” à corrupção.
Wadih Damous é deputado federal (PT-RJ) e ex-presidente da OAB-RJ
Miguel do Rosário filho da Maria do Rosário
13/07/2017 - 04h35
As provas estão todas lá, só não viu quem não leu!
Carlos Eduardo
11/07/2017 - 14h51
Uma hora a Lava Jato segue orientação da CIA, FBI, dos Klingon, do ET de Varginha. Agora do falecido Coronel Brilhante Ustra.
Melhor se decidirem
Nicola Cruciol
10/07/2017 - 23h54
Parabens ao coronel Ustra , ele é meu heroi assim como tem idiota que tem Cheguevara como heroi e ta tudo bem.
Ana Maria
11/07/2017 - 02h41
Quando alguém vem a público declarar que apoia um torturador, NADA está bem.
Nonato Luz
11/07/2017 - 00h42
Concordo com você, ter um torturador como herói é degradante como ser humano.
Ser a favor ou contra o Chê é um argumento tosco, continua sendo degradante.
Andre Massao Noce
11/07/2017 - 03h48
KKKKKKK… olha o escravo golpista defendendo os amigos golpistas corruptos…
Andre Massao Noce
11/07/2017 - 03h48
KKKKKKKKK…. e para vc aprender, Jesus era negro e comunista… cristão que não sabe interpretar a própria biblia…
Edilza Ferreira
11/07/2017 - 04h17
mentes pequenas pensam igual, daí sua admiração por aquele pouca coisa
Gustavo Rapisarda Arcolini
11/07/2017 - 11h17
Como tem coragem de falar isso,seu velho imbecil! Se falasse perto de mim, te quebrava a cara. Deve ser um estupido que nem estudo tem para falar isso. Vai ver o que este assassino fez. Queria ver ele colocar um rato na vagina da sua mãe. Dar choque nela com vc assistindo. Seu filho da puta!
Gustavo Rapisarda Arcolini
11/07/2017 - 11h17
Gustavo Rapisarda Arcolini
11/07/2017 - 11h18
Glaucia Bon
11/07/2017 - 12h19
Porco imundo fascista nojento
Winter Ana
11/07/2017 - 14h23
Nicola Cruciol. Sua IMBECILIDADE é CRUCIAL p. o capeta lhe aceitar no Inferno!! Bom proveito nos quintos junto a seus iguais torturadores.
Nicola Cruciol
11/07/2017 - 15h25
Igualmente Winter Ana; te vejo la sua jumenta.
Nicola Cruciol
11/07/2017 - 15h27
E glaucia porco imundo e nojento São vcs que roubam fos que tem pra dar pra vagabundo sua mula.
Sonia Vieira
11/07/2017 - 23h34
internar esse acéfolo Nicola e jogar a chave fora affff!!!!!
Nicola Cruciol
11/07/2017 - 23h41
O cafezinho ta amargo !
Amenes Curcino Braga
10/07/2017 - 22h12
Bolsonaro ainda teve coragem de homenagear em plenário no golpe parlamentar tal pessoa
Nabor Paiva
10/07/2017 - 14h36
Sergio Moro no gueto de Curitiba
http://www.esmaelmorais.com.br
Se somar de 9 gatos pingados,que atenderam ao chamado do MBL e do movimento O sul é o meu país…..
Hahahahahahaha,