Geddel Vieira Lima é um pilantra de marca maior.
Mas os argumentos do juiz que mandou prendê-lo são assustadoramente levianos, baseados exclusivamente em delações e num suposto risco – o que é bizarro – de que Geddel Vieira possa entrar em contato com outras pessoas relacionadas à investigação.
Ora, todas as pessoas relacionadas estão grampeadas, incluindo Geddel. Tanto que Geddel entra em contato com a mulher do doleiro Lucio Funaro e a PF registra tudo.
Prender Geddel, portanto, na verdade, atrapalha as investigações, porque seria muito mais inteligente continuar monitorando-o, esperando que ele tropeçasse nas próprias pernas, como fez Aécio.
É assim a justiça brasileira: quando toma uma decisão justa, como a de arquivar o processo no TSE contra a chapa Dilma e Temer, que tinha de ser arquivado mesmo, porque era uma palhaçada baseada puramente em delatores que a Lava Jato enfiou à força no processo, o faz por motivos políticos errados, que era preservar Michel Temer, um golpista safado, traidor e vendido.
E vice-versa: quando vemos uma decisão politicamente justa, como é a prisão de um pilantra como Geddel Vieira Lima, ela é equívoco monstruoso do ponto-de-vista jurídico e democrático.
O juiz responsável pela prisão de Geddel, Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, é um imitador de Sergio Moro. Ele sabe o efeito político e midiático de suas ações.
Vallisney comanda o julgamento em primeira instância da Lava Jato no Distrito Federal, além da operação Zelotes e Greenfield.
Vallisney integra o que poderíamos chamar de “maçonaria golpista” do judiciário: suas ações estão sempre em linha com poderosos e obscuros interesses políticos.
Foi ele quem conseguiu, por exemplo, transformar a operação Zelotes, que investigava grandes sonegadores, em mais um instrumento de lawfare contra… Lula.
Vallisney já aceitou três denúncias – apesar da ineptidude absoluta de todas elas – contra Lula.
Um site de extrema direita até lançou uma enquete: quem prende Lula primeiro? Vallisney ou Moro?
Leia a íntegra da decisão de Vallisney abaixo e veja se consegue encontrar alguma prova contra Geddel, além de delações e “convicções” de um juiz autoritário.
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