Era previsível. A Lava Jato destroi as empresas e subsidia um golpe para remover uma presidenta eleita.
As empresas destruídas param de pagar impostos, gerando enorme crise fiscal.
O país fica exposto a uma organização criminosa que não tem contas a prestar à população porque não chegou ao poder pelo voto popular.
Resultado?
Governo corta 44% das verbas destinadas a Polícia Federal, que assim terá de interromper as suas grandes operações e voltar a ser o que era nos tempos do PSDB: uma instituição sucateada, entregue a todo tipo de acordo com o governo americano, que não mais combate corrupção, e que só aparecia na mídia para fingir que apreendeu uma tonelada de maconha (velha) em algum lugar.
Esse é o governo Temer.
Um governo, é importante enfatizar, só está de pé por causa do apoio do PSDB de Aécio Neves, candidato defendido e amado pelos delegados da Lava Jato, Sergio Moro e Dallagnol.
O governo Temer só existe por causa do PSDB, que organizou todo o impeachment, tem vários ministros importantes e indicou um ministro para o STF.
É um governo do PSDB, portanto.
O corte de 44% das verbas para a PF é uma decisão do PSDB e uma consequência dos ataques irresponsáveis da Lava Jato à democracia e à economia nacional.
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Deu no Diário do Golpe
Corte de verbas deve forçar PF a suspender grandes operações
Com corte de 44% no orçamento, delegado da PF diz que instituição não terá dinheiro
POR JAILTON DE CARVALHO 28/06/2017 12:10 / atualizado 28/06/2017 14:34
BRASÍLIA – Os problemas orçamentários da Polícia Federal (PF) não se limitam à suspensão da emissão de novos passaportes, conforme anunciado nesta terça-feira pela instituição. A partir de agosto, a PF deve suspender grandes operações de combate à corrupção, inclusive parte das investigações relacionadas à Lava-Jato, segundo disse ao GLOBO um integrante da cúpula da instituição. Com o corte de 44% no orçamento determinado pelo governo, a Polícia Federal não terá dinheiro para bancar passagens aéreas e diárias de policiais em viagens pelo país, entre outras despesas essenciais nas grandes operações.
— Em agosto param operações, para tudo. Não tem dinheiro para fazer mais nada — disse o delegado.
Segundo ele, trata-se da mais grave crise financeira da Polícia Federal. O delegado lembra que nas gestões passadas o governo chegou a falar sobre cortes nas verbas da PF várias vezes, mas em nenhum dos casos a ameaça foi concretizada. Mesmo com algumas dificuldades circunstanciais, a polícia teve condições de manter os principais serviços e levar adiante as grandes operações, algumas delas com prejuízos para setores do próprio governo. Agora a situação seria diferente.
Com a escassez de recursos, a polícia não tem como comprar passagens aéreas, pagar diárias ou mesmo bancar voos das próprias aeronaves. Sem isso, delegados não podem planejar grandes operações. Em geral, prisões, conduções coercitivas e buscas de provas dependem da mobilização de policiais em vários estados e não apenas de agentes e delegados do unidade sede da apuração. As missões interestaduais são uma tradição da polícia e tem por objetivo garantir o sigilo e a surpresa da própria ação policial.
— Sem deslocamento de policiais, não tem operação — afirma o delegado.
O orçamento da Polícia Federal é sugerido pela própria instituição. Mas a reserva de recursos depende exclusivamente do governo. Recentemente, o Ministério da Justiça anunciou um corte de 44% , ou quase meio bilhão, na verba prevista inicialmente para a PF. Se a previsão já era considerada baixa, o corte deixou a polícia sem fôlego para manter a máquina em pleno funcionamento. No começo do ano passado, o líder do governo do Senado, Romero Jucá (PMSB-RR) foi flagrado num conversa gravada dizendo que era preciso “estancar a sangria da Lava-Jato”.
— A decisão sobre o orçamento da Polícia Federal é uma escolha do governo. No discurso, o governo diz que não quer interferir no trabalho da polícia. Diz até até que vai aumentar o número de adidos mundo afora. Mas na prática é bem diferente — diz o delegado.
A polícia explica ainda que a suspensão do passaporte é resultado de uma deliberação do governo e não de uma decisão interna da instituição. As verbas para a confecção de passaportes estão previstas em rubrica específica no orçamento. Ou seja, não há espaço para que o diretor-geral resolva, por conta própria, remanejar recursos de outros setores e mantenha a regularidade do atendimento ao público interessado em viagens ao exterior.
Para resolver o problema, o governo teria agora que mandar um pedido de verba suplementar ao Congresso Nacional e, a partir daí, recompor o orçamento para retomar o mais cedo possível a emissão dos passaportes. O presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Luiz Antônio Boundens disse que a paralisação deste tipo de serviço fere o direitos fundamentais das pessoas, sobretudo daquelas que querem viajar ao exterior.
— O Estado não pode limitar o direito de ir e vir das pessoas. Esse é um direito fundamental — disse Boundens.
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