Por Wellington Calasans, Colunista do Cafezinho
Foto: Arquivo/Wellington Calasans
O maior combustível para o despertar da consciência cívica é o desejo de mudança. Somos nós, a “banda boa”, os responsáveis pela construção dos nossos sonhos. Qual o Brasil você quer? Que tipo de cidadão você quer ser? A sua resposta dirá para qual das duas bandas (boa ou podre) você pertence. Não se trata de mais uma divisão entre os brasileiros. Estamos diante de uma encruzilhada que separa o futuro e o passado.
A explosão de denúncias, carregadas de provas, de que o Brasil é hoje um país ocupado por facções criminosas na política, justiça, polícia e imprensa soa como um grito de socorro do país aos cidadãos e agentes públicos que se opõem a este conglomerado que faz do crime um meio de vida.
Se é evidente a existência de uma “banda podre”, é chegada a hora da “banda boa” assumir o comando. Não basta mais o lamento ou a sensação de que o que está a acontecer no Brasil seja “a alma do brasileiro”. Temos condições de reagir e precisamos fazê-lo imediatamente.
Na política os sinais de reação de políticos da oposição, e até mesmo da base aliada, são um alento, ainda que seja exatamente a política a fatia, convenientemente, mais exposta pela imprensa como “corroída pela corrupção”. Os discursos, denúncias, uso das redes sociais e iniciativas como a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, presidida pelo Senador Roberto Requião, tendem a barrar os avanços das medidas antipopulares e antinacionalistas.
Na imprensa, a desconfiança da camada mais jovem da sociedade em relação aos trabalhos prestados pela Globo e demais tentáculos da “banda podre” do jornalismo é fruto do trabalho de resistência dos blogueiros e ativistas através da internet e redes sociais. Segundo insuspeita pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha (publicada no dia 24 deste mês), dos jovens entre 16 a 24 anos, apenas 10% confiam muito na imprensa, 48% um pouco e 41% não confiam. Temos futuro!
Reside na justiça a maior preocupação, pois a pergunta ainda sem resposta é: “quem vai julgar os juízes?”. Como aceitar passivamente como juiz um criminoso como Sérgio Moro, contumaz praticante de crimes contra a Nação e contra o direito de defesa dos cidadãos? Quem vai punir “Zé do PowerPoint” por ter recebido cachês ilegais para fazer palestras sobre o combate à ilegalidade?
O caso da justiça é o mais grave também porque quando olhamos para o STF nos deparamos com figuras bizarras como Gilmar Mendes, que age como militante do PSDB. Quem vai julgar Gilmar? Quem confia 1% na imparcialidade deste juiz que zomba dos brasileiros com ares de deus?
O PGR Rodrigo Janot que hoje se vende como defensor da justiça é o mesmo que deixou Cunha livre para fazer tudo o que fez. Bater em Temer, um morto, é mais um gesto espetaculoso para a imprensa. Janot não engana os mais atentos.
Por tudo isso, esta é a hora da “banda boa” assumir o comando. As vísceras da “banda podre” estão expostas. De cocaína, malas de dinheiro, lesa-pátria, relações promíscuas com empresários e outros absurdos estamos todos fartos. O Brasil é muito maior do que isso e os brasileiros, mesmo os enganados pela imprensa de propaganda, querem um país melhor e uma vida melhor.
Há caminhos! A resistência aos abusos aqui narrados, e outros já conhecidos, é o caminho mais curto. Greve Geral, insubordinação civil e o envolvimento permanente com a política são os exemplos exitosos de países como a Islândia, Suécia e Finlândia. Vamos traçar os nossos.