Foto: Divulgação
Do Jornal GGN.
Por Sergio Saraiva
Doria para inglês ver
Doria parece não ter impressionado muito à “The Economist”.
Pelo menos é o que se denota da reportagem de 15 de junho de 2017: ”Who will survive Brazil´s political cull?”– algo como “quem irá sobreviver no refugo político do Brasil”. Cull também pode significar lixo.
Escândalos abrem oportunidades para recém-chegados, complementa a revista.
Doria é visto como um político neófito que tem como principais características um charme discreto de comunicador profissional e um ar de metrossexual.
Nenhuma menção à sua LIDE e aos eventos que promove, nem à forma como suas revistas sobrevivem sendo praticamente desconhecidas do público. A única menção sobre a experiência anterior de Doria é como apresentador de “O Aprendiz” e, se serve como elogio, uma citação à Trump que também apresentou o programa nos EEUU.
No mais, em um ligeiro balanço da gestão Doria até aqui, a “The Economist” crava: na melhor das hipóteses, não passaria de um começo possivelmente promissor.
Por isso se espanta de que Doria esteja cotado como um sério candidato a presidente em 2018. Para, logo em seguida, explicar a seus leitores que isso se dá porque “as investigações de corrupção e uma crise econômica derrubaram a classe política como uma colheitadeira em uma plantação de soja”. Imagem interessante.
Assim sendo, Doria que conseguiria ser, ao mesmo tempo, um iniciado e um novato em política, teria chance de se eleger presidente. Embora suas credenciais sejam frágeis, destaca a “The Economist”.
E conclui citando um professor da FGV: “no Brasil de hoje, o imprevisível é provável”.
Realmente, parece que Doria não impressionou muito à “The Economist”.