Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O jornal Estado de São Paulo publica hoje matéria assinada por Ricardo Brandt, Julia Affonso e Luiz Vassallo, que revela a entrega, para a força-tarefa da Operação Lava Jato, de notas com o registro de valores pagos em benefício do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que desde o outrubro do ano passado está preso em Curitiba.
Delatores da JBS entregaram ao Ministério Público Federal (MPF), segundo o Estadão, “registros da contabilidade da empresa, notas fiscais e contratos frios, a maioria com escritórios de advocacia, e planilha das doações eleitorais feitas na disputa de 2014”.
Ainda de acordo com o Estadão, parte dos valores estava “vinculada ao vice-governador de Minas Gerais e ex-ministro de Agricultura, Antonio Andrade (PMDB). A sigla ‘EC’ das planilhas é de Eduardo Cunha”.
E como bem lembrou Fernando Brito, no Tijolaço, “nenhum dos recebedores da JBS, exceto o próprio PMDB, é doador de Cunha nos registros do TSE”. “Vai ter muita gente tendo de explicar recebimentos que somariam, entre recursos oficiais, pouco mais de R$ 28 milhões”, completa Brito.