Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
“Governo vende falsa promessa de estabilidade, posta sobre pilares corroídos pela corrupção, prontos a desabar no próximo escândalo.” A declaração publica acima, numa rede social, poderia ser de um político ou de um cidadão comum indignado com a situação do país. Mas não poderia, em respeito à ética da profissão, jamais poderia sair do twitter de um procurador da República, como é o caso.
Com essa postagem em seu twitter, o procurador Deltan Dallagonl, chefe da operação Lava Jato, para de fingir de uma vez por todas que é apenas um procurador e começa a fazer política nas redes sociais, atacando diretamente o governo.
Não importa se Dallagnol, em tese, está certo. Esse governo atual é corrupto mesmo, governo, aliás, que Dallagnol ajudou a botar no poder com as ações da Lava Jato. A questão é que um procurador, de acordo com o código de ética da profissão, não pode fazer política do jeito que Dallagnol está fazendo.
Só queríamos, então, deixar registrado aqui, para a história, este comportamento de um procurador da República nas redes sociais.
Palestras motivacionais
E como se não bastasse, Dallagnol foi assunto esta semana ao ver revelada, no Diário do Centro do Mundo, a maneira como se vende para palestras em geral num site especializado. Depois da divulgação involuntária, o “release inacreditável” sobre Dallagnol foi tirado do ar pelo site das palestras. Mas não importa, seus “atributos” podem ser conferidos ainda no texto de Kiko Nogueira, no DCM, que também deixa esse registro para a história.