Foto: Lula Marques/AGPT
A expressão foi usada pelo juiz Sergio Moro na última contenda dele com Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o depoimento de um ex-diretor da Polícia Federal que desmontava o powerpoint das bolotas de Deltan Dallagnol, Moro indeferiu perguntas e, questionado por Zanin, disse que era tudo “perda de tempo”. E não foi a primeira vez.
No último dia 24, durante depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco, Moro também indeferiu perguntas de Zanin alegando “perda de tempo”. E todas as perguntas indeferidas pelo juiz tratavam de acordos de réus da Lava Jato com o governo dos Estados Unidos, como mostra matéria do Globo no dia dos depoimentos.
“Doutor, todas essas perguntas relativas a essa questão do acordo, pelas questões que foram colocadas, elas estão indeferidas, então, se nós pudermos ganhar tempo e ir para outras, o Juízo agradeceria, disse Moro” na audiência, segundo a matéria do Globo.
E desse jeito, sem esconder o rancor nem a agressividade em relação a um advogado, que não deveriam ser próprias de um juiz, Moro atua pra deixar quieta qualquer história sobre os EUA. Por ele, que não se faça menção alguma ao acordo com os Estados Unidos que fere o interesse nacional.
É por meio desses acordos que surgem as ações no exterior para detonar a Petrobras e demais outrora gigantes brasileiras. Tudo para servir aos interesses econômicos do governo e das empresas americanas enquanto a concorrência brasileira definha e a população, por aqui, cai às dezenas de milhões no desemprego.
Mas disso, para Sergio Moro, é melhor não falar. Tudo indeferido. É “perda de tempo”.
Abaixo, um vídeo bastante esclarecedor no twitter do deputado federal Paulo Pimenta