Fotomontagem: Sensacionalista
Segundo , o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), não vem obedecendo à lei que obriga o município a incluir alimentos orgânicos na alimentação dos alunos da rede municipal de ensino.
Criada na gestão de Fernando Haddad (PT), a Lei Municipal nº 16.140, de 17 de março de 2015, é, de acordo com a matéria da Rede Brasil Atual, que vai abaixo considerada mais avançada do país. Ela prevê a ampliação do percentual de alimentos orgânicos na merenda escolar anualmente, com meta de chegar a 100% em 2026.
Da Rede Brasil Atual
Por Rodrigo Gomes
A gestão do prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), tem ignorado a Lei Municipal nº 16.140, de 17 de março de 2015, que dispõe sobre obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São Paulo. Desde janeiro, quando o prefeito tomou posse, nenhuma nova chamada pública foi realizada. Dois editais chegaram a ser publicados, mas foram cancelados. Servidores da Secretaria Municipal da Educação garantem que já houve cinco outras tentativas de abrir chamadas neste ano, mas todas foram barradas sob alegação de falta de verba.
Segundo a execução orçamentária da gestão Doria, dinheiro tem, mas não está sendo usado. Dos R$ 108,1 milhões do PNAE para este ano, o executivo municipal gastou R$ 28,4 milhões até o dia 7 de junho. O montante representa aproximadamente 26,2% do total, após cinco meses. Além disso, R$ 5,5 milhões desta verba, utilizada quase exclusivamente para alimentação escolar dos estudantes, estão congelados. O orçamento oriundo do Tesouro Municipal, de R$ 537,9 milhões também está com execução abaixo do esperado, considerado que já se passou quase a metade do ano, com liquidação de apenas R$ 117,5 (21,8%). Outros R$ 31,5 milhões estão congelados.
Fornecedores que mantêm contratos com a gestão municipal estão preocupados com o atraso no lançamento de novas chamadas, pois alguns contratos já foram encerrados e outros terminam em breve. Um dos contratos já encerrados é o do fornecimento de 600 mil quilos arroz polido orgânico pela Cooperativa dos Trabalhadores em Assentamento da Reforma Agrária de Porto Alegre (Cootap), o maior do país. O ajuste venceu em maio e não há perspectiva de novo edital.
“Desde 2012, nós fornecemos cerca de 3 mil toneladas de arroz para as escolas municipais de São Paulo. O chamamento devia ter sido realizado em março, para não interromper o fornecimento, mas até agora nada”, explicou Mauro Oteiro, diretor da cooperativa. A organização ainda fornece arroz parboilizado, cujo contrato vai até novembro.
A preocupação dele é que a situação impacte gravemente o trabalho realizado há sete anos pela entidade. O fornecimento da Cootap atendeu todas as escolas da cidade nos últimos dois anos. “Não há nenhuma justificativa para que não ocorra o chamamento. Já nos foi pedido orçamento, mas nenhuma resposta foi dada”, disse Oteiro.
A inexistência de novas chamadas foi confirmada por Rafael Grothe, diretor da Cooperativa dos Bananicultores de Miracatu. A entidade fornece parte das bananas orgânicas adquiridas pela Secretaria Municipal da Educação. “Ainda há muitas escolas que não recebem o produto de origem orgânica. Temos uma expectativa de que a chamada ocorra em 30 ou 40 dias. Mas poderia ter ocorrido há dois ou três meses”, afirmou.
Para o presidente da Federação da Agricultura Familiar (FAF) no Estado de São Paulo, Elvio Mota, o corte injustificado no programa afeta tanto a saúde dos estudantes quanto a vida dos agricultores familiares. “As famílias do campo produzem uma série de produtos que chegam nas escolas com altíssima qualidade. O que é fundamental na vida das crianças que estudam na rede pública. Por outro lado, os trabalhadores têm quase toda sua renda ligada a esse tipo de programa”, afirmou. A preocupação de Mota é que a gestão Doria ocupe este espaço com produtos industrializados. “Seria um crime contra a segurança alimentar”, completou.
A nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Mariana Sanches, destacou que há problemas na aquisição dos alimentos orgânicos e da agricultura familiar, porque o sistema de compras público foi todo modelado para pagamentos por menor preço, dentre outras regras que a legislação flexibiliza para esse caso. “Mas é um problema solucionável. Se houver vontade política. Falta priorização da alimentação escolar saudável, que é fundamental na vida das crianças”, afirmou ela, que lembrou ainda que o caso é regido por duas leis, cujo descumprimento pode levar a implicações para o poder público.
A lei da capital paulista, aprovada e regulamentada na gestão de Fernando Haddad (PT) (2013-2016), é considerada a mais avançada do país. Ela prevê a ampliação do percentual de alimentos orgânicos na merenda escolar anualmente, com meta de chegar a 100% em 2026.
Aliada à Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que determina que pelo menos 30% do valor repassado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural, preferencialmente orgânicos ou agroecológicos, se tornou um importante instrumento de apoio à alimentação saudável das crianças que estudam na rede pública.
As normas permitem que seja pago um valor até 30% maior pelos alimentos orgânicos ou agroecológicos, em relação aos produtos convencionais, considerando as especificidades da produção sem uso de agrotóxicos. A capital paulista tem hoje 3300 escolas, com aproximadamente um milhão de alunos, que consomem 2,2 milhões de refeições diárias. Em 2015, a cidade investiu R$ 25 milhões na aquisição de produtos da agricultura familiar orgânica ou agroecológica, entre verbas do Tesouro Municipal e do PNAE, que foram fornecidos por 1.747 famílias.
Em 2016, foram assinados 13 contratos de fornecimento de alimentos orgânicos ou agroecológicos. Destes, dez estão vigentes: Arroz parboilizado, fubá de milho e banana (seis contratos), vencem em dezembro; o ajuste para compra de carne suína vence em setembro. Os documentos de aquisição de suco de uva, farinha de mandioca e arroz polido, estão vencidos. Os dois editais cancelados foram para compra de óleo de soja refinado e fubá de milho.
Em nota, a Secretaria Municipal da Educação disse que “a atual gestão cumpre a Lei Municipal nº 16.140 e a Lei Federal nº 11.947”. “Nenhuma compra foi barrada, como alega a reportagem. Atualmente estão em vigência 13 contratos, que garantem o fornecimento de banana, fubá de milho, farinha de mandioca, iogurte com polpa de frutas, arroz parboilizado orgânico, entre outros, priorizando a compra local, como recomenda a legislação. A alimentação saudável é prioridade na merenda oferecida nas escolas do município – tanto da rede direta como da rede conveniada. A merenda escolar é balanceada, variada e nutritiva, e garante as necessidades nutricionais dos alunos durante seu tempo de permanência nas unidades educacionais, sempre respeitando as necessidades da faixa etária das crianças atendidas”.
Wesley Souza
14/06/2017 - 17h13
exatamente
Marco Antonio Ferreira
14/06/2017 - 16h29
Estao sentindo que ele pode ser presidente.Treme mortadela…
Ana Maria Silva
14/06/2017 - 12h58
Que sacrifícios estes senhores tem que fazer,para continuar assaltando o povo…
Wesley Souza
14/06/2017 - 12h28
Vao cacar o que fazer ,falando besteira o cara esta trabalhando bem em sao paulo
Rogério Bezerra
13/06/2017 - 20h20
Vocês acham que ficar escrevendo aqui e no feicebuque resolverá alguma coisa ? Rico é tudo FSM*!
Nem papinho nem letrinhas resolverão nada ! CHEGA!
É luta de classes, PÔ!
Vamos escrever o que está ocorrendo!
Caso contrário seremos lenta, dolorida e mansamente jogados no buraco onde os ricos querem.
DEU PRÁ TI, RICAIADA TRAIDORA E ESCRAVISTA!
*Filho sem mãe
Rafael
13/06/2017 - 14h30
hmmm
alguém já leu a descriminação das guias de compra, me pergunto se n estão a usar preços de produto orgânicos e repassando produtos subpar, como já vi em algumas prefe… dos evang… por aqui em G… . E adivinha como eles classificam a pres. Dilma.
Rejane Teixeira Batista
13/06/2017 - 16h13
Bem Feito, Elegeiram agora aguenta, cada povo tem o governo q merece..
Robson Segovia Chrysostomo
13/06/2017 - 15h52
Paulistas vcs tem que se fr… Kkkkkkkkkk
renato
13/06/2017 - 12h17
QUE TRISTE. É O FIM DO MUNDO ISTO… NOSSA QUE NOTICIA IMPORTANTE ESTA!
renato
13/06/2017 - 12h16
QUE TRISTE… VOU CHORAR TAMBÉM PELOS VEGANOS
José Silva
13/06/2017 - 15h15
tem que comprar do capez
Suely Ferreira
13/06/2017 - 14h52
Farsante.. tucanalha Golpista parasita raposa Lixoooo tóxico
Rhaphael Mattos
13/06/2017 - 16h37
Bota o Lula ladrão que não vão ter nem farinha de milho pra fazer polenta kkkkk
João Ferreira Bastos
13/06/2017 - 11h42
Doria é o novo !!!
Novo ladrão tucano
Lili Brown
13/06/2017 - 14h42
Que horror! Fora Doria!
Leonardo Bezerra Dos Santos
13/06/2017 - 14h12
Sei que ele está comentendo algo errado..
Mais gente melhor ter uma alimentação mesmo que não orgânica.
Do que assim como muitas escolas por aí..
Que nem tem o que oferecer as crianças…
Robson Segovia Chrysostomo
13/06/2017 - 15h53
Isso mesmo tira a comida boa e mete chips neles.
Paulistas merecem lixo kkkkkkkk
zazul
13/06/2017 - 17h06
em 5 meses usou apenas 26% do orçamento destinado a alimentação. Isso também é bom?
Gilda M. de Oliveira
13/06/2017 - 14h01
Tem certeza?
Paulo L Maia
13/06/2017 - 13h02