Foto: Primeira Igreja Batista Campo Grande / Divulgação
A última frase do texto abaixo, postado na página do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, resume toda a história. “Dallagnol citou Dallagnol para provar que Dallagnol estava certo”.
Abaixo, a matéria
Deltan Dallagnol cita sete vezes a si próprio em alegações finais do processo do tríplex
O procurador Deltan Dallagnol, que acusou Lula na imprensa com um power point mas não apareceu em nenhuma das mais de 70 oitivas de testemunhas do processo do tríplex no Guarujá, inovou mais uma vez na mesma ação judicial, desta feita ao citar ele mesmo como fonte bibliográfica de suas argumentações.
Em suas alegações finais, apresentadas ao juiz Sérgio Moro na última sexta-feira, o procurador-chefe da Lava Jato citou sete vezes textos próprios, com o intuito de dar sustentação a seus argumentos e convicções, chegando ao requinte de autocitar-se duas vezes na mesma página.
Citar juristas e autores em peças processuais é prática comum no mundo jurídico. Serve para mostrar que não é apenas aquele que escreve quem concorda com as teses apresentadas. No caso em questão, Dallagnol citou Dallagnol para provar que Dallagnol estava certo.
Escracho no Twitter
Como se não bastasse, Deltan Dallagnol, recebeu esta semana uma resposta nas redes sociais da qual certamente não gostou, quando comemorou ter ultrapassado a marca de 100 mil seguidores no Twitter.
Dallagnol agradeceu a “confiança pela constante luta contra a corrupção” e logo em seguida veio a resposta da jornalista e escritora Nina Lemos, que viralizou: “Para de ser cafona. Você é um procurador, não uma blogueira teen”.