Foto: Pedro Teixeira/O Globo
O esquema de corrupção em Furnas, que remonta ao governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi o alvo, hoje, de mais um desdobramento da Lava Jato. Deflagrada pela Polícia Civil, a operação Barão Gatuno mirou oesquema que teve origem quando o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) nomeou Dimas Toledo como diretor de Furnas.
Dimas foi o destinatário de um dos dois mandados de condução coercitiva da operação. Ele é acusado de pagar propinas mensais a deputados da chamada “lista de Furnas”. A situação de Aécio, que atingiu 0% das intenções de voto de acordo com a última pesquisa CUT/Vox Populi, vai ficando cada vez mais difícil.
Policiais civis cumprem hoje (8) 33 mandados de busca e apreensão para investigar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de energia Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras. A operação, chamada de Barão Gatuno, tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, durante as investigações da Operação Lava Jato.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça estadual e estão sendo cumpridos pela Delegacia Fazendária, responsável pela investigação do esquema, com o apoio de 15 delegacias e da Coordenadoria de Combate à Corrupção do Laboratório de Tecnologia e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio.
Também apoia a operação a Polícia Civil de São Paulo, já que alguns mandados estão sendo cumpridos no estado.