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Haddad: século 21 ou República Velha, a escolha é agora

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Estão lá os protestos de 2013, insuflados pela pós-verdade da internet. Há também relatos dos mais reveladores sobre erros estratégicos dos líderes do PT, de Lula inclusive, que redundaram no impeachment de Dilma Rousseff. Da mídia, do Judiciário e de muito mais trata o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) na revista Piauí, […]

27 comentários
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Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Estão lá os protestos de 2013, insuflados pela pós-verdade da internet. Há também relatos dos mais reveladores sobre erros estratégicos dos líderes do PT, de Lula inclusive, que redundaram no impeachment de Dilma Rousseff. Da mídia, do Judiciário e de muito mais trata o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) na revista Piauí, num texto essencial para compreender como e a que ponto chegou o país.

“Um encontro com o patrimonialismo brasileiro” é o subtítulo do texto de Haddad, que recorre a Raymundo Faoro e seu livro “Os Donos do Poder” para descrever o sistema no qual, como afirma o jurista e sociólogo, “a camada dirigente atua em nome próprio, servida dos instrumentos políticos derivados de sua posse do aparelhamento estatal”.

Haddad relembra seus anos de universidade, “marcados pelo convívio com a nata da intelectualidade uspiana”, antes de dizer que ter sua “produção acadêmica avaliada por comentaristas como Marco Antonio Villa e Reinaldo Azevedo foi um dos ossos mais duros” de seu ofício de prefeito.

O prefeito inclui a Jovem Pan, então de Villa e Azevedo, no que chama de “segunda divisão dos meios de comunicação”, na qual, segundo ele, também está o Estadão. Mas não deixa de falar de Folha, Globo e Abril, com exemplos claros, reveladores, do mal que pode provocar um jornalismo enviesado, que atua como partido político.

A politização do Judiciário é outro de seus temas. “As instituições que deveriam apenas ‘garantir o jogo’ democrático têm apetite por ‘jogar o jogo’, o que o torna menos democrático”, diz o ex-prefeito.

Muito mais que uma escola sem partido, Haddad pede um “Judiciário sem partido” no texto em que mostra como cresceu a pauta da intolerância, sobretudo na classe média sem dinheiro para empregada, nem babá nem motorista com a ascensão das classes sociais mais baixas nos governos Lula e Dilma. E conclui com o que diz o título acima. Entre o atraso da República Velha e o futuro deste século 21, a hora de escolher é agora.

Clique aqui para ler o artigo de Haddad na íntegra.

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Luis Edmundo

Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.

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Comentários

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José Ricardo Romero

05/06/2017 - 18h19

Quem lê esta extensa biografia do Haddad ou sua prestação de contas de seu governo na capital fica convencido de que pelo menos para uma coisa ela serviu: não há outra saída par dar condições para que o Brasil saia da crise, resolva os seus problemas e restaure a democracia, senão retirar o poder do 4º poder, a imprensa. A imprensa manda nos outros três poderes e no Brasil. Para facilitar as coisas, talvez seja suficiente destruir as organizações globo, com tudo e todos os que estão lá dentro. Isto não é resolver os problemas do país, mas sim dar condições mínimas de articulação política livre e soberana para reconstruir o Brasil que foi destruído pelo golpe patrocinado pela imprensa e sua quadrilha, os outros três poderes. Ou será que alguém acredita que só fazer eleições diretas será suficiente?

Valdeci Elias

05/06/2017 - 17h44

Texto muito atual. Pode ser usado como analogia, para situação entre Doria e Alkmin. Antes era o Prefeito e a Presidenta, agora é o Prefeito e o Governador.

Moisés Moga

05/06/2017 - 19h48

Vera Furtado longo mas vale a leitura

Eduardo Nery

05/06/2017 - 15h31

República velha, por favor.

Neide Candido

05/06/2017 - 18h00

Prefeito Haddad, premiado internacionalmente, não teve o reconhecimento que merece.

Jesus Calixto

05/06/2017 - 16h42

Anderson Dias

José Otávio Parreira

05/06/2017 - 13h57

José Otávio Parreira

05/06/2017 - 13h57

Emerson de Morais

05/06/2017 - 10h33

Só é bom lembrar que os protestos de 2013, começaram com o aumento da passagem, que ele (Haddad) disse que não baixaria de jeito nenhum (agindo como ditador). Era preciso naquela oportunidade, ele ter a coragem de enfrentar os empresários do transporte público, que cobram absurdo na passagem, com apoio de prefeitos que levam dinheiro deles nas eleições (essa caixa preta, tá na hora de abrir). Não é possível aceitarmos os preços das passagens, como estão, tá quase compensando andar de Uber do que andar de ônibus (tem muita gente fazendo isso), o que porva que o preço das passagens é absurdo. Isso deu combustível para a direita fazer protestos que levou ao fim da democracia (golpe). hoje estamos pagando o preço da truculência de Haddad. Quanto as ciclovias e a redução de velocidade, também faltou diálogo por parte dele. Quer fazer, vamos fazer, mas, saiba convencer primeiro, não queira empurrar guela abaixo.

Carmen E C G Ribeiro

04/06/2017 - 22h26

Excelente análise!

Blanco Escobar

04/06/2017 - 23h32

Cafezinho parcial

Fábio Brito

04/06/2017 - 20h16

https://rebeldesilente.wordpress.com/2017/06/04/brasilumpaisporfazer/

Existe solução para o grave momento político em que nos encontramos???

Neste novo texto do Rebelde Silente, o debate se abre, sem pré conceitos e de forma corajosa, para que encontremos uma saída para problemas seculares que temos.

“Um caminho de mil quilômetros começa com o primeiro passo”, que comecemos, então o nosso, pois temos um país por fazer, e que, durante nossa caminhada, não nos transformemos naquilo que eles são.

Ismar Pires Martins

04/06/2017 - 22h34

A elite domina a grande mídia em ralações que nem a Geni suportaria; querem mesmo é manter os privilégios à custa do massacre dos direitos e oportunidades, ainda que minimizas, proporcionadas por eventuais políticas públicas de governantes comprometidos com os interesses da imensa maioria do povo trabalhador. O Haddad é um mais um sacrificado – mas não derrotado.

Vitor

04/06/2017 - 15h53

Cala a boca, Haddad!
Vc foi o Prefeito mais imbecil que já pintou aqui em Sampa. Aprende a entender minimamente o seu eleitorado, ô animal….

Robin

04/06/2017 - 15h30

Pelo padrão dos anúncios percebo a qualidade deste blog, kkkkkk

Joao

04/06/2017 - 15h28

Pelo padrão dos anúncios aqui , vejo a credibilidade ,rsrs ,

Orismar Damasceno

04/06/2017 - 16h05

Tem gente que fala que esse valor é papo dos petralha, mas tá disponível as informações e eles querem ser burro para o resto da vida, não só a vale foi roubada pela quadrilha do psdb, como outras empresas.

Esmeraldo Cabreira

04/06/2017 - 12h38

AINDA VAMOS AFUNDAR MUITO MAIS…………….. É PRECISO VOLTAR A SER COLÔNIA….

Marcos Silva

04/06/2017 - 15h01

Nunca se esqueçam que o PSDB “vendeu” uma empresa que valia 100 bi por 3 bi, e ainda financiou através do BNDS. E tem gente preocupada com o triplex que NÃO É do Lula.

    Maria Jose Lima Dos Santos

    04/06/2017 - 18h00

    Quem quiser saber onde foi parar o dinheiro da privataria tucana ler o livro de Amaury Ribeiro Jr como vale do rio doce bancos e muitas outras

Lulu Pereira

04/06/2017 - 13h58

é, parece que a república velha vai durar

Graça Melo

04/06/2017 - 13h29

O povo está indo na contra mão mas não abre mão do sufoco pelo qual passa. A classe que subiu um degrau, tem consciência do que está acontecendo, percebeu a jogada política / cultural para desestabilizar a sociedade, a economia e, assim dominar e manter todos sob o ódio e subordinação. Mas, por que SP se deixa contaminar, o pior cego é o pior mudo e aquele que não quer ver e nem ouvir!

Orismar Damasceno

04/06/2017 - 13h18

O povo vai igual um boi para o matadouro atrás do psdb, e eles com a sua política de terceirização entrega tudo aos iniciativa privada.

Laime Rodrigues

04/06/2017 - 13h07

Vi na Band que Haddad entregou a prefeitura de São ao seu antecessor com mais de 4,5 milhões em caixa e sem nehum envolvimento em corrupção mas nem isso não foi suficiente para desmanchar o império da ditadura do PSDB no estado.

    Andre Muniz

    04/06/2017 - 13h59

    Sério?? Mas e o Kassab que deixou a prefeitura com valor quase igual para o Haddad.. Ou seja ele não foi o primeiro a deixar a prefeitura no verde.. Mas você também tem que pesquisar quanto já está comprometido no ano seguinte.. Se ele deixa dinheiro e uma dívida superior para o ano não compensa

      Robin

      04/06/2017 - 13h33

      Sim, sério! Haddad teve que lutar contra todos, pois, enquanto a imprensa, diuturnamente, mentia e o boicotava, o MP, por qualquer coisinha, o infernizava. Sem contar o próprio judiciário, que assegurou, por um ano inteiro, que o IPTU na se ajustasse, forçando-o a trabalhar com poucos recursos, coisa que não há registro de algo parecido ter ocorrido. Adianta forçar a barra, não, foi o melhor e o mais honesto e competente prefeito que São Paulo já teve, o único que teve a coragem de lançar um projeto que procurava humanizar mais aquela cidade fria. Atualmente, está lá um embusteiro…

        Anderson

        05/06/2017 - 07h45

        É isso ai Robin!! Temos que combater a ignorancia desses idiotas q se acham espertões, são aplaudidos por muitos outros tontos, mas na verdade, saem por ai repetindo ideias burras que ouvem daqueles q admiram.


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