Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Da Fórum.
Flávio Dino: “Quando um julgamento independe de provas, você rompe com o Estado de Direito”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), recebeu nesta quarta-feira (31) o editor da Fórum, Renato Rovai, para uma entrevista exclusiva em que fez uma interessante análise do que chamou de “escalada fascista” no Brasil, da crise política, econômica e jurídica, de seu governo no estado e das possíveis eleições de 2018.
Dino começou a conversa falando sobre os avanços que sua gestão conseguiu calcar no Maranhão, estado historicamente governado por uma elite oligárquica. De acordo com o governador, as principais obrigações fiscais do Maranhão estão em dia e as dívidas foram reduzidas. Há, segundo ele, mais de 790 obras em andamento, houve a ampliação de direitos e o salário dos professores da rede pública é o maior do país. Ao explicar seu modo de governar, com amplos investimentos e intervenções do poder público, teceu críticas aos políticos ditos liberais no país.
“Nós temos uma distinção ideológica muito clara (com os ditos liberais) por que assumimos que, até para que o mercado funcione, o estado tem que ter uma posição de força. Capacidade de investir, impulsionar. E temos outra distinção. Quem provê direitos é o poder público. A sociedade que a gente busca é uma sociedade em que as pessoas tenham direitos universais tanto quanto possível. E o mercado não faz isso”, afirmou.
Para Dino, há uma “escalada de viés fascista” no país que é de onde vem esse sentimento de “antipolítica”. Ele ponderou, no entanto, que esse sentimento não se reproduz no Maranhão justamente por conta da mudança no modo de governar depois de anos de governos patrimonialistas da família Sarney.
Sobre o atual cenário político, o governador do PCdoB analisou anda que “o que veio depois do impeachment é pior do que eu imaginava”. De acordo com Dino, o processo que tirou a ex-presidenta Dilma do poder trouxe inúmeros retrocessos, não só do ponto de vista político, como do social, econômico e jurídico. Como saída para essa “derrota política”, o governador aponta, como prioridade, a retomada da soberania popular, e isso só seria possível através da convocação de eleições diretas. Esse seria o primeiro dos três pilares que sugere como caminho a ser seguido pela esquerda: nação, produção e educação.
Nesse sentido, Dino aponta o ex-presidente Lula como a figura que pode colocar em prática esses pilares e reorganizar o estado brasileiro.
“O melhor eixo para reorganizar esse ideário é em torno de um estadista, que é o Lula. Independentemente do debate se ele é candidato ou não. Ele deve ser o eixo”, disse.
Com relação à Lava Jato, o governador do Maranhão disse que a operação é importante e trouxe muitos frutos positivos ao país, mas criticou a seletividade e a forma como as investigações vêm sendo conduzidas, de modo que, para ele, acabou se tornando um partido político e atua em prol de projetos de poder.
“Não se trata de dizer que a Lava Jato tem que parar. Uma série de coisas gravíssimas foram reveladas. Agora, na hora em que você transforma isso num partido político e instrumento de realização de projetos de poder, isso tá errado, e tem que ser barrado (…) Quando você diz que um julgamento penal independe de provas, ou as provas frágeis podem ser admitidas, você, na verdade, rompe com a lógica do Estado de Direito”.
Renato Prates
04/06/2017 - 17h45
É isso ai, Flávio Dino. A saída é pela esquerda.
Lúcia Rangel
03/06/2017 - 18h28
As colocações do gov. Flávio Dino são sempre marcadas pelo sensatez e bom senso, além de inteligentes e pertinentes. Concordo plenamente com ele sobre o Lula ser o eixo no futuro próximo independente de ser o candidato ou não. Aliás, acho q ele não deveria ser candidato em 2018, mas participar ativamente do processo eleitoral. Se é que o processo vai acontecer segundo as regras constitucionais. Vale a pena ouvir a fala do sen. Requião na UNB na semana passada. O Brasil precisa de um processo educacional que permita conscientizar a população do ponto de vista político. Sem isto fica muito difícil enfrentar e superar todos os desafios que estão colocados.
Jadiel Batista Vitor
02/06/2017 - 22h04
Comunista não tem moral pra falar. São assassinos.
Gerson Pompeu
03/06/2017 - 14h31
Vê se cresce, mané!
Jadiel Batista Vitor
03/06/2017 - 14h35
Jáder Barroso Neto
02/06/2017 - 18h23
Condenar sem provas, mas por interpretação Tabajara da Teoria do Domínio do fato e pela “literatura jurídica” valeu contra José Dirceu, Dilma e Lula. Mas gera saia justa nos coxinhas condenar Aécio e Temer com grampos, depósitos e mala. Dizem não ter “bandidos de estimação”, sobram os que não foram flagrados.
Sabem se já prescreveu a chuva de dinheiro do Cássio Cunha Lima no Caso Concorde?
Ielda Anneliese
02/06/2017 - 15h41
Concordo. Esses tribunais de excessão parecem os tempos de ditadura. Prender e depois encontrar algo que justifique tal conduta. As provas devem ser claríssimas e em obediência as leis.
Deusa Sobreiro
02/06/2017 - 14h25
Antonio Sabino Mendes Neto
Maria Erani Santos
Atreio
02/06/2017 - 10h32
O bom senso…..vem d quem chegou no espaço primeiro – e não de quem mentiu por 60 anos.
O bom senso vem de quem se referencia em fiilósofos reconhecidos mundialmente e não em oráculos azeredos e antas mainairds….
O bom senso vem com a lei e não com o golpe de 300 canalhas.
sem crime, sem imepachment.
O golpe já babou. ninguem mais topa estar na foto com golpista.
Eduardo De Melo Machado
02/06/2017 - 12h58
Olha a cara da boneca
nilo filho
02/06/2017 - 09h56
Não confundir combate à corrupção com a “lava jato”. Há vária operações que são genericamente denominadas de “lava jata” e nada tem a haver com a operação de Curitiba, que, aliás, a bem da verdade, obstava o esclarecimento dos fatos opondo uma verdadeira barreira para proteção a determinados agentes políticos como, por exemplo, Eduardo Cunha (só processado por provocação do governo Suíço), Aécio Neves, Temer entre outros aliados…
Rogério Lima
02/06/2017 - 12h24
As provas existem sim, grampos, delações, declarações, vocês querem o que? Um documento do Lula assinando a posse do sítio e do triplex? Alô alô , ele está sendo investigado por ocultação de patrimônio! Entenderam?
Ranieri
02/06/2017 - 11h12
O único grampo comprometedor é o que D. Mariza manda vocês enfiarem as panelas no. .. mim aponte outro.
Juni Or
02/06/2017 - 15h34
Vou te denunciar por ocultação de patrimônio também de um sítio em Campos do Jordão.
Vicente
02/06/2017 - 12h35
Rogério Lima, te pergunto: e qual é a lógica de alguém que ganha 30.000 por mês e que ganhou 30 milhões dando palestras em ocultar o patrimônio de um sítio vagabundo e um apartamento triplex que, somados, não dão 10% do patrimônio declarado da pessoa?
Te respondo: a lógica é de uma mídia bandida e um juiz e alguns procuradores cegos pela ideologia que querem criminalizar um político para tirarem ele do jogo.
Rogério Lima
02/06/2017 - 15h45
Fique a vontade, entre com um processo no qual fui candidato a cargo eletivo e não declarei esse suposto sítio em Campos do Jordão, depois entre com uma alegação que este mesmo sítio é meu por ter recebido benfeitorias de uma determinada construtora por eu ter intermediado supostas vantagens políticas pelo cargo eletivo que fui eleito, não esqueça de solicitar os anexos dos grampos que você conseguiu com prévia autorização da justiça e de apontar as supostas testemunhas que garantem que o que você diz é verdade. No mais, só lamento que você seja o típico brasileiro que contribui por manter nosso sistema político a bosta que é. Bom dia e venha me visitar no meu suposto sítio em Campos do Jordão.
Gerson Pompeu
03/06/2017 - 14h30
Se acham provas contra vários delatados, por que não acham contra ele?
Rogério Lima
03/06/2017 - 14h49
Gerson Pompeu , simples o crime é ter sido beneficiado nas aquisições de imóveis e benfeitorias oriundas de dinheiro desviado dos cofres públicos. Não existirá um cheque em nome de Lula , um bem ou imóvel, essa camuflagem é o crime em si. Entendeu?
Renato Prates
04/06/2017 - 17h52
Entendi, Rogério.Se eu ou você não tivermos patrimônio, podemos, por isso mesmo, sermos processados por “camuflar” o patrimônio. Não são necessárias provas, só convicções, não é isso?… E delatores que dizem o que os procuradores e o juiz-promotor querem que digam… ou ficam presos sem sentença por prazo indeterminado.
Marcelo Guedes
02/06/2017 - 12h03
Esse aí é mais um que esta com o CD na reta…. por isto TENTA desqualificar as investigações criminais…. calma, seu corrupto, tua hora vai chegar…
Marisa Giraldelli
02/06/2017 - 12h28
SE apoia o PT…é corrupto…
Marcos Silva
02/06/2017 - 23h13
É só mais um coxinha revoltado. Eles não se conformam com o fato de só na esquerda ainda tem político honesto.