(Temer e Pedro Parente, presidente da Petrobrás. Foto: Marcos Corrêa/PR)
O tempo político ficou curto para Michel Temer. Nenhum líder partidário quis aparecer ao lado do presidente ladrão.
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Com baixa adesão, Temer cancela jantar de demonstração de apoio
O encontro pretendia reunir os líderes que mantêm o apoio ao governo, apesar das recentes acusações feitas contra Michel Temer
Sem confirmação de presença da maior parte dos líderes de sua base aliada, o presidente Michel Temer decidiu cancelar o jantar que ofereceria neste domingo (21), no Palácio da Alvorada, em uma tentativa de demonstrar que mantém apoio no Congresso.
Pela manhã, o governo havia convocado aliados e ministros para o encontro, marcado para 19h30. O convite havia sido disparado pelo ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), em nome de Temer.
Parte dos líderes e ministros, entretanto, avisou ao governo que não chegaria a tempo da reunião, uma vez que haviam optado por passar o fim de semana em seus Estados de origem e foram chamados de última hora.
Com a baixa adesão, Temer decidiu cancelar o jantar e transformou a conversa em um encontro informal, com um grupo mais reduzido, que já estava em Brasília. As conversas devem começar por volta de 19h.
Auxiliares do presidente minimizaram a mudança de planos. Admitiram que a ideia inicial era mesmo fazer um encontro amplo, para discutir a atual conjuntura, mas que as conversas serão mantidas nessa reunião informal.
O jantar era um movimento do Palácio do Planalto para tentar demonstrar que mantém apoio no Congresso apesar da crise aberta pelas acusações feitas contra o peemedebista por executivos da JBS em delação premiada.
A ideia de fazer o convite surgira na noite de sábado (20). Aliados de Temer já haviam alertado que haveria dificuldade para o deslocamento dos parlamentares a Brasília de última hora.
Ao menos três líderes da base avisaram ao governo que teriam dificuldade de chegar à capital a tempo do jantar. Lelo Coimbra (PMDB-ES), líder da maioria na Câmara, não conseguiu decolar do aeroporto de Vitória, que ficou fechado por parte da tarde. Arthur Lira (AL), líder do PP, disse que está no sertão de Alagoas e Efraim Filho (PB), do DEM, tinha compromissos inadiáveis em outro Estado.