Os brasileiros não podem deixar que a saída de Temer signifique mais poder para a Globo, porque isso seria uma contradição: quem levou Temer à presidência foi a Globo.
A Globo é Temer e Temer é Globo.
O Brasil precisa de eleições gerais e Diretas Já, sim, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisará, mais do que nunca, monitorar a Globo, para que ela não use a concessão pública, como usou para blindar Temer, para beneficiar os corruptos.
É preciso ainda refazer todos os estragos de Temer. Os investidores que apostaram no golpe precisam sentir o prejuízo no bolso.
Tudo o que foi vendido no governo Temer deve ser revisto, porque foram ações realizadas por um governo usurpador, golpista e ladrão.
Todos os atos do governo Temer devem ser anulados.
As verbas publicitárias federais para a mídia conservadora e golpista, que explodiram assim que Temer assumiu, devem ser imediatamente suspensas. Globo, SBT, Record, não podem mais continuar recebendo dinheiro público de um governo que não tem legitimidade. E esse dinheiro, além disso, desequilibra a disputa política.
Não é democrático e não é prudente.
Um novo presidente deve rever a concessão da Globo e iniciar um debate sério sobre a regulamentação dos meios de comunicações.
O Brasil vive essa crise por causa, em grande parte, das conspirações lideradas pela Globo, que derrubou uma presidenta honesta e persegue um ex-presidente por motivos fúteis, enquanto blindava os verdadeiros corruptos e se articulava para levar ao poder um punhado de bandidos, a começar pelo próprio presidente Michel Temer.
O Judiciário também é culpado. Ao permitir a tramitação do impeachment, mesmo diante de flagrantes violações cometidas por Eduardo Cunha, PSDB e Temer, o judiciário contribuiu para o caos em que mergulhamos.
Além disso, Sergio Moro tentou blindar Michel Temer, ao negar perguntas de Cunha ao presidente.
O judiciário não é confiável.
A queda de Temer não pode servir para a implementação de uma ditadura do judiciário.
O Brasil precisa de eleições livres e diretas
O Brasil precisa superar essa crise de maneira democrática.