Pesquisa realizada pelo blog Poder 360, entre os dia 7 e 8 de maio, com mais de 2 mil pessoas, confirma o que outros institutos vem apurando: Lula está crescendo.
A pesquisa foi feita, é importante ressaltar, em momento profundamente crítico para Lula, com a Globo e demais cúmplices midiáticos, promovendo um bombardeio desesperado contra o ex-presidente, por causa dos depoimentos que a Lava Jato organizou às pressas, tentando prejudicar Lula politicamente antes de sua entrevista com Sergio Moro, reagendada estrategicamente para o dia 10.
Os números confirmam que a Lava Jato perdeu, em boa parte, o seu poder de fogo. Delações sem provas, manchetes forçadas e longos minutos de exposição negativa no Jornal Nacional, não estão fazendo tanto efeito como antes, talvez porque o brasileiro já tenha começado a identificar os interesses políticos por trás da Lava Jato e da mídia.
O DataPoder 360 identificou que as intenções de voto em Lula, no cenário 2, com João Dória (o mais provável, a meu ver) oscilaram dois pontos para cima: para 27%.
Todos os institutos convergem para um consenso: Lula mantém uma base fiel de mais ou menos um terço do eleitorado brasileiro.
Todos os institutos também mostram que os tucanos estão desabando nas pesquisas. No cenário 1 do Poder 360, Alckmin perde 50% de suas intenções e vai para 4% dos votos, atrás de Ciro Gomes, que tem 5% no cenário 1 (com Alckmin) e 6% no cenário 2 (com João Dória).
João Dória empacou. Marcou 13% em abril e não saiu disso em maio. Sua vantagem em relação a Alckmin, contudo, deixa claro que o PSDB não terá outra alternativa a não ser lhe indicar.
A projeção dos votos em potencial, contudo, mostra uma situação alarmante para os brasileiros que, mesmo não gostando de Lula, também não querem ver o país governado por um fascista de carteirinha como Jair Bolsonaro.
Somando o percentual dos brasileiros que “poderiam votar” com os “votariam com certeza” em Bolsonaro, chega-se a um total de 39%. É um número superior aos 36% de Lula. É claro que Bolsonaro se beneficia do fato de não ser tão conhecido. Para Lula, a meu ver, seria até vantajoso disputar com Bolsonaro, porque o petista receberia os votos do centro.
Os números de rejeição do instituto não me parecem muito consistentes. A rejeição a Lula de 54% é confirmada por outras pesquisas, mas faltou mostrar que está caindo, e está, como prova a oscilação positiva nas intenções de voto. Mas o dado mais estranho é a rejeição exagerada a Ciro Gomes, de 56%. Não vejo fundamentos políticos para Ciro ter uma rejeição tão alta.
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