Não tem mais para pobre.
Não tem mais para classe média.
O banco público do governo federal, a Caixa, agora só vai financiar imóvel para os muito ricos.
De quebra, o governo dá mais um golpe na construção civil.
Aquela festinha que o Temer fez com o FGTS serviu para isso: para secar a principal fonte de financiamento de casa própria do país.
Mas o chefe da Lava Jato, Dallagnol, o Zé do Powerpoint, não precisa se preocupar. Ele já tem dois apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, que ele poderá vender pelo preço que quiser.
A propósito, vale reproduzir aqui twitter de Aécio Neves sobre o primeiro ano do governo Temer.
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No Tijolaço
Caixa suspende financiamento para imóvel de classe média
Por Fernando Brito · 08/05/2017
Depois de cortar o investimento na faixa do Minha Casa, Minha Vida destinada aos setores mais pobres da população – a chamada “Faixa 1”, para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil, onde só foram contratadas unidades equivalentes a 1,1% da meta de 170 mil contratações no ano – o Governo Temer cortou boa parte do financiamento imobiliário também para a classe média.
Na Folha, com informações da Reuters, vem a informação de que o governo cortou os financiamentos imobiliários com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, a linha pró-cotista, a linha de crédito com menores taxas depois do “Minha Casa”.
Por que? Falta de recursos no FGTS para conceder empréstimos:
“Os recursos disponíveis da modalidade atualmente são suficientes apenas para atender as propostas de financiamento já recebidas pelo banco”, afirmou o banco em nota.
A Caixa nega o que todo mundo sabe: com a liberação indiscriminada do FGTS, as reservas do Fundo para financiar imóveis despareceram.
É por isso que sumiram os lançamentos de imóveis que não sejam de alto padrão, como se mostrou aqui há dias.
Em consequência, piora ainda mais a situação do mercado de trabalho da construção civil.
Ficamos assim: o sujeito tira R$ 500 do FGTS, entrega para o agiota da financeira onde pegou um empréstimo para comprar algo e o FGTS não financia a obra onde ele iria trabalhar ganhando o triplo.
E a classe média, que bateu panelas contra esta história de casa para os pobres, que vá ao Itaú, pagar 12 ou 13% de juros, em lugar dos 8% ao ano que a Caixa cobrava nesta linha.
Genial!