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Casamento gay é aprovado na CCJ do Senado

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)   Na Agência Senado Aprovado na CCJ projeto que legaliza casamento homossexual Da Redação | 03/05/2017, 10h41 – ATUALIZADO EM 03/05/2017, 18h51 O substitutivo do senador Roberto Requião (PMDB-PR) ao projeto original da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) agora irá para exame do Plenário do Senado Para o senador Magno Malta (PR-ES) […]

24 comentários
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(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 

Na Agência Senado

Aprovado na CCJ projeto que legaliza casamento homossexual

Da Redação | 03/05/2017, 10h41 – ATUALIZADO EM 03/05/2017, 18h51

O substitutivo do senador Roberto Requião (PMDB-PR) ao projeto original da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) agora irá para exame do Plenário do Senado

Para o senador Magno Malta (PR-ES) o recurso ao Plenário permitirá rejeitar “uma aberração”

O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) também anunciou voto contrário ao projeto

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (3), em turno suplementar, substitutivo de Roberto Requião (PMDB-PR) ao projeto que permite o reconhecimento legal da união estável entre pessoas do mesmo sexo (PLS 612/2011). A matéria, terminativa na comissão, poderia seguir para a Câmara dos Deputados, se não houvesse recurso para análise em Plenário.

Entretanto, o senador Magno Malta (PR-ES) anunciou a apresentação desse recurso. Segundo ele, o Plenário do Senado acabará com “essa aberração”. Malta esclareceu que nada tem contra os homossexuais e que mantém respeito aos que fazem essa opção. Os senadores Eduardo Amorim (PSDB-SE), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Wilder Morais (PP-GO) também anunciaram votos contrários ao projeto.

O projeto que legaliza a união estável homoafetiva é da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que saudou a decisão da CCJ nesta manhã. O substitutivo havia sido aprovado em primeiro turno no último dia 8 de março. Atualmente, o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto de Marta, a lei será alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.

O texto determina ainda que a união estável “poderá converter-se em casamento, mediante requerimento formulado dos companheiros ao oficial do Registro Civil, no qual declarem que não têm impedimentos para casar e indiquem o regime de bens que passam a adotar, dispensada a celebração”.

A conversão em casamento da união estável entre pessoas do mesmo sexo já é autorizada por juízes. No entanto, há casos de recusa, fundamentada na inexistência de previsão legal expressa. O projeto de lei tem como objetivo eliminar as dificuldades nesses casos, mas não permite o chamado “casamento direto”, em que o casal passa por um processo de habilitação, mas não precisa comprovar união estável.

No relatório que acompanha o substitutivo, Requião lembrou decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece o direito à formalização da união entre casais homossexuais. Ele observou, no entanto, que é responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vigor ao entendimento consagrado pelo STF.

Contrário

O senador Magno Malta (PR-ES), contrário à proposição, apresentou emenda ao texto, rejeitada pelo relator por ser considerada equivalente a um substitutivo ou “voto em separado”, o que é vedado na análise em turno suplementar, ou seja, seria antirregimental. Com a emenda que apresentou, Malta pretendia manter o instituto do casamento, no Código Civil, apenas como ato entre um homem e uma mulher.

Para rejeitar a emenda, Requião reafirmou que a interpretação do STF relativa ao dispositivo constitucional sobre o casamento atribui aos pares homossexuais o direito ao casamento civil. Sustentou que esse é o princípio a ser admitido em lei, ainda que o colega senador resista à ideia, com base em “princípios morais que não admitem o casamento homoafetivo”.

A senadora Marta Suplicy comemorou a aprovação do substitutivo na CCJ.

— Finalmente nós temos no País uma vitória, e não diria uma vitória; um avanço extraordinário. Desde 2008, nós tentamos aprovar o casamento homoafetivo, primeiro na Câmara, passou pelas comissões e está até hoje no plenário. E hoje conseguimos aprovar o projeto com relatório do Senador Requião que dá um passo muito grande em relação à situação que hoje vivem as pessoas do mesmo sexo que desejam ter uma união sacramentada, um casamento, na verdade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Francisco Araújo

09/05/2017 - 08h31

A que estado chegamos…..O intuito de democracia é que se haja uma consulta por meio de eleição direta com a participação da sociedade. Estes políticos não colocam isso em pauta para a população porque temem o repúdio da mesma. Se não há consenso da maioria, me desculpem, isso não é democracia. …

Sebastiao Amorim

05/05/2017 - 22h37

Que desperdício de tempo de uma senadora , bastava a ela, autorizar os cartórios a passar o fiofó de um para o nome do outro e pronto . Casamento ja e sacanagem dela com o povo.tudo bem que alguem goste mas não precisa esfregar na nossa cara .

Uilson Guazzini Vetzcoski

05/05/2017 - 21h34

Parabens aos senhores senadores que souberam diferenciar direito do cidadão de opção sexual. so e dificil entender o Senador Magno Malta porque ele fica em cima do muro e não sai do armario.

Josias Jose

05/05/2017 - 20h40

bolsonaro vem aí para acabar com essa pouca vergonha.! !!

Eduardo Silverio Oliveira

05/05/2017 - 19h29

Chuuuuuuuupa bolsobosta!

Alex Douetts

05/05/2017 - 18h34

Casamento e uma instintuicao dada por Deus escrita na biblia e la fala Homem com mulher

    Alessandro Filipe

    05/05/2017 - 21h06

    Saia da Idade da Pedra Lascada e entre na Polida. Ainda dá tempo.

Orsay Magalhães

05/05/2017 - 18h30

Não existe casamento gay, pois dois machos NÃO formam um casal em nenhum lugar do planeta.
O correto seria união gay.
Pensem nisso.

Mario Lucio Silva

05/05/2017 - 18h00

Oque essa entidade ao lado senador olhando???

eu

05/05/2017 - 14h42

Até quando será preciso lutar pelo óbvio neste mundo?
Nós criamos tantos falsos conceitos, falsas ideologias que esquecemos da simplicidade maior da vida: eu sou como sou e você é como é, com expressões diferentes, mas igualmente humanos. Portanto, por que não há direitos iguais de liberdade de ser um humano? Se uma pessoa é extrovertida e outra pessoa é tímida então elas têm direitos diferentes? Elas deixaram de ser humanas por se expressarem de maneira diferente? É um exemplo tosco, mas tão tosco quanto a nossa ignorância.
Força pra que a gente aprenda com esses tempos a entender melhor a nós mesmos e àqueles que não enxergam muito bem.

Helio Siqueira

05/05/2017 - 15h58

Em 2015 estávamos no século XXI, voltamos à Idade Média, retornamos ao século XXl. A máquina do tempo endoidou!

Najara Borges de Carvalho

05/05/2017 - 15h45

Achei que já fosse legal faz tempo.

Geralda Edina Ladeia Colen

05/05/2017 - 15h29

Avanços acontecem apesar da barbárie que tomou conta da atuação de muitos políticos no Congresso e no Senado!

Leandro Lisboa

05/05/2017 - 14h52

Nåo fizeram mais q obrigação, é um direito de qqr cidadão que paga impostos e cumpre com os seus deveres na sociedade, independente do sexo escolhido para se relacionar. Não sei pq ainda tem gente imbecíl que insiste em atrapalhar a vida pessoal dos outros através de argumentos arcaicos e biblicos, é de dar vergonha alheia, coisa de gente mediocre e infeliz.

Carl Friedrich Gauss

05/05/2017 - 14h49

Graça Melo

05/05/2017 - 14h48

Para desespero de Magno Malta, o falso moralista, o protestante dos fascistas!

    Geralda Edina Ladeia Colen

    05/05/2017 - 15h30

    Magno Malta que vá explorar a ingenuidade e a boa fé dos religiosos de sua igreja!

Tom Marcos

05/05/2017 - 14h39

Tão se tornando sodoma e gomorra…

    Pablo Almeida

    05/05/2017 - 14h39

    A bíblia tem que ser cumprida.

      Luiz Pereira

      05/05/2017 - 18h20

      Porque? O Estado é laico. Daqui a pouco vão querer reinstituir a Inquisição.

    Toledo Di

    05/05/2017 - 14h41

    difícil, né, bee, ver que o mundo muda, que as pessoas aprendem a tolerar o diferente…. aí pessoas como vc, que tem uma cabeça beeeem limitada, sofrem pra caramba…..

    Alberto Conceição Prazeres

    05/05/2017 - 14h55

    Se eu sou você eu me mataria.

Suzana Vaz

05/05/2017 - 14h38

Bolsonaro pira!

Paulo Henrique

05/05/2017 - 14h38

O Congresso golpista bombardeia a opinião pública com polêmicas a cada dia e a tirar do foco do monstruoso esquema de licitação fraudulenta praticadas em todos os municípios do país!


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