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“Buscar os que faltam”: o sentido da greve geral na luta política no Brasil

Por Theófilo Rodrigues, Colunista do Cafezinho Sob qualquer ângulo que se examine a greve geral convocada pelas Frentes Brasil Popular (PT, PCdoB, UNE, MST, CUT e CTB) e Povo Sem Medo (PSOL, Intersindical e MTST), além de outros partidos como PDT, REDE, PSTU, PCB e PCO, foi um sucesso. Não obstante a irracional violência policial […]

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Por Theófilo Rodrigues, Colunista do Cafezinho

Sob qualquer ângulo que se examine a greve geral convocada pelas Frentes Brasil Popular (PT, PCdoB, UNE, MST, CUT e CTB) e Povo Sem Medo (PSOL, Intersindical e MTST), além de outros partidos como PDT, REDE, PSTU, PCB e PCO, foi um sucesso.

Não obstante a irracional violência policial que dessa vez desferiu balas de borracha até mesmo contra deputados e que em Goiás levou um jovem gravemente ferido ao hospital, o saldo final pode ser considerado positivo pelos organizadores na medida em que em praticamente todas as capitais do país cartazes foram levantados contra o governo de Michel Temer.

Relatório publicado ontem pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV aponta que “o movimento de apoio à greve geral nas redes sociais foi a maior ação da oposição ao governo Temer em um ano”. Nas redes sociais a defesa do #28A, como ficou conhecida a greve geral na internet, superou “os maiores atos em favor do impeachment, ocorridos em março de 2015 e março de 2016”. (Veja a íntegra do relatório da FGV DAPP aqui).

Mas o movimento não ficou apenas nas redes sociais. Ocupou verdadeiramente as ruas e as praças das principais cidades do país. Esse sucesso é sintomático da baixa aprovação do governo de Michel Temer.

De acordo com a última pesquisa Barômetro Político, realizada pela consultoria Ipsos, a aprovação do governo Temer não passa hoje de 4%. Na semana passada, a pesquisa Vox Populi já havia indicado que esse índice não seria superior a 5%.

Ou seja, a maior parte da população não apenas desaprova o governo de Michel Temer como também está disposta a se mobilizar contra suas reformas trabalhistas e previdenciárias: em maior grau nas redes sociais, em menor escala, nas ruas.

Mas isso não quer dizer que essa enorme massa seja homogênea e que se organize a priori em um único campo político. Como fazer então para que essa enorme energia social seja canalizada em torno da luta política nas eleições de 2018?

A resposta é: “buscar os que faltam”. A expressão não é minha, mas de Íñigo Errejón, professor da Universidade Complutense de Madri e um dos mais destacados quadros da política espanhola.

“Buscar os que faltam” significa compreender que na espantosa heterogeneidade que conforma a oposição ao governo Temer estão presentes as mais variadas demandas e reivindicações sociais: operariado desempregado na indústria petrolífera e de construção, camadas medias moralistas indignadas com as denúncias de corrução, trabalhadores que observam seus direitos previdenciários escorrerem por entre os dedos, empresariado ávido por um projeto nacional de desenvolvimento, movimentos identitários incomodados com o gabinete ministerial de homens brancos etc…

“Buscar os que faltam” significa articular todas essas demandas e reivindicações em um denominador comum que seja transversal e que não seja exclusivo a nenhuma delas.

Em outras palavras, significa talvez abandonar velhos discursos e encontrar novas narrativas que agreguem essas demandas difusas em um projeto de “democracia radical”.

O ano de 2017 será o ano das lutas sociais. Tudo indica que o #28A foi apenas o começo de um longo ciclo de greves, manifestações e protestos contra as políticas implementadas pelo governo de Michel Temer.

Quem, ao longo do ano, tiver a virtude necessária para articular uma narrativa que traduza e conecte essa heterogeneidade, estará apto para o chamado de 2018.

Theófilo Rodrigues é professor de Teoria Política Contemporânea no Departamento de Ciência Política da UFRJ.

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Theo Rodrigues

Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.

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Comentários

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Edvan N. Menezes

01/05/2017 - 04h39

Foi um #fracasso essa greve.

Carmen de Sal

30/04/2017 - 16h50

HOMENAGEM A BELCHIOR AMANHÃ, NO 1º DE MAIO

Sidnei Moura

30/04/2017 - 11h31

Não caimos mais nessa conversa de vocês, nessa tal greve, somente os trabalhadores não participaram, eu cumpri minha parte e fui trabalhar por mim e pela minha família que necessita desta renda para sobrevivermos, vocês ao contrário, foram lutar pela mamata de vcs e pela esperança de manter o povo sobre o domínio do mal, chamdo PT (PSOL, PSDB, PMDB, todos partidos imundos e corruptos sem excessão), vai uma dica: tira a carteira de trabalho e vai trabalhar, seus playboys.

    Carol

    30/04/2017 - 21h48

    Fica tranquilo que se ficarmos calados trabalharemos eternamente!

Carlos M M Porto

30/04/2017 - 14h19

Afundou a esquerda! Hahahahaha

Grayce Jorge

30/04/2017 - 11h47

Intervenção militar já

    Matilde Fonseca

    30/04/2017 - 11h32

    E vc será um deles a amaciar sua pele no cassetete, é o que merece, calhorda, ignorante e analfabeto!

Claudio Junior

30/04/2017 - 05h30

Buscar? Tá mais pra “afastar”! Tá achando que o povo é tão otário assim? Acha que pode ameaçar, agredir, invadir, queimar a bandeira e depois dizer que luta pelo povo? Vai a merda parceiro!

João Maurício Rocha

30/04/2017 - 01h29

O sentido da greve pro povo é lutar por seus direitos e pra outros é lutar pela permanência do imposto sindical obrigatório!

Julio Cesar

29/04/2017 - 23h37

Eles acham que é à favor mas e digo que é contra, sei lá,entende?

Waldir José Franco

29/04/2017 - 23h32

Para vc contrário ao movimento grevista e sindicatos .Veja as condições do trabalho de antigamente .Hoje, você trabalhador pode usufruir das conquistas do passado. Você pode chegar em casa após um árduo dia de trabalho e aproveitar um pouco do tempo livre. Pode tomar sua cerveja, seu vinho,ver TV e outras coisas. Você ,filho de trabalhador, estudou graças às lutas dos trabalhadores pois antigamente crianças(filhos de trabalhadores) trabalhavam, não tinham condições de brincar e estudar . Ver o presente sem olhar para o passado é olhar o mundo de forma egoísta. Pensa que conquistou alguma coisa sozinho?

    Claudio Junior

    30/04/2017 - 05h33

    Não meu filho, não mesmo, esse papo não cola mais, o socialismo fodeu o país, o PT traiu o povo, ou melhor, nunca foi do povo! Essa merda vermelha tá no fim e a mamata sindicalista tá secando!

    Waldir José Franco

    30/04/2017 - 10h16

    Socialismo?Veja alguns filmes sobre as condições de trabalho no passado.

    Paulo Pires

    01/05/2017 - 02h02

    Claudio Junior Nazista!

Eloy Suzigan

29/04/2017 - 23h29

Eloy Suzigan

29/04/2017 - 23h29

As mortadela freta ônibus, convoca uma galera, invade, picha,bate nos outros,quebra tudo, bota fogo na porra toda:

não acontece nada.

Aí no domingão os coxinha bota a camisa da CBF, dá um rolê na Paulista, canta o hino nacional, dá umas xingadinha e BLÁU!

Cai presidente da república, cai presidente da Câmara, cai presidente do Senado, cai todo mundo.
#Esquerdalixo

#NóisSemoFoda

Regi Fernandes

29/04/2017 - 23h22

Temos de marcar outra greve o mais rápido e por tempo indeterminado até que os bandidos desistam das reformas. É que após sejam julgados e punidos pelos seus crimes, seja quem for.

Roger Nascente Silveira

29/04/2017 - 23h07

Jeová Soares

29/04/2017 - 23h05

CENTRAIS SINDICAIS E PARTIDOS DE ESQUERDA E PROGRESSISTA DEVEM SE UNIREM AINDA MAIS PARA DEPOSIÇÃO DESSE GOVERNO DE GOLPISTAS E FARSANTES.


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