Lava Jato investiga delator por não delatar Lula
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a Procuradoria Geral da República (PGR), para o grupo responsável pela Lava Jato na instituição, que lhes enviem todos os documentos da delação premiada de Nestor Cerveró. O golpista MPF tomou a medida pelo fato de Cerveró não ter delatado devidamente, de acordo com os interesses dos procuradores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É absurdo, mas verdadeiro.
Há uma ação penal contra Lula na 10ª Vara da Justiça Federal, a ação diz respeito a uma suposta tentativa de Lula comprar o silêncio de Cerveró. Essa ação, totalmente infundada, é parte de uma iniciativa da burguesia para levar o ex-presidente à prisão. Querem incrimina-lo, condena-lo, aprofundar o golpe de Estado a todo custo.
Cervero, preso na Lava Jato fez acordo de delação premiada, para amenizar ou mesmo extinguir sua pena, dada pelos golpistas da Lava Jato, mas para isso deveria delatar Lula em algo. A delação, porém, não teve o efeito desejado pelos golpistas, não conseguiram nada que pudesse incriminar o ex-presidente. Agora, querem revogar o acordo de delação e incriminar Cerveró por ter supostamente favorecido Lula por não denuncia-lo, em algo que não se sabe o que seria. .
O ex-Diretor Internacional da Petrobrás, condenado a mais de 12 anos de prisão, terá sua proposta inicial de colaboração confrontado com o resultado final de sua delação. Essa análise, para saber se Cerveró “poupou” Lula, será incluída na ação penal contra Lula na justiça Federal.
Essa arbitrariedade mostra o caráter criminoso da própria delação, além de ser um atentado contra os direitos democráticos, ser uma medida de coação, uma tortura, já que o indivíduo é submetido a vexame público e ameaçado a ser condenado a anos de prisão. Para safar-se deve delatar, mas a delação só vale se for para atacar Lula, o PT e a esquerda, caso contrário não vale nada. Um método típico de ditaduras. O caso de Nestor Cerveró exemplifica bem, como não “delatou”, incriminou Lula, sua delação não vale nada, independente do que esteja na delação.