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EUA x Rússia — A nova Guerra Fria feita para passar na mídia

Por Bajonas Teixeira Americanos e russos acabam de cruzar duas ameaças sobre a face da Terra. Os americanos chamam a sua (MOAB) de “mãe de todas as bombas”, enquanto os russos apelidaram a deles (AVBPM) de “pai de todas as bombas”. Da união desse pai e dessa mãe, nasce uma nova Guerra Fria, cujo drama […]

23 comentários
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Por Bajonas Teixeira

Americanos e russos acabam de cruzar duas ameaças sobre a face da Terra. Os americanos chamam a sua (MOAB) de “mãe de todas as bombas”, enquanto os russos apelidaram a deles (AVBPM) de “pai de todas as bombas”. Da união desse pai e dessa mãe, nasce uma nova Guerra Fria, cujo drama ganha a forma serial, isto é, de série feita para passar na mídia. A Rússia, por exemplo, teve sua temporada na Síria, com a guerra contra  os inimigos do presidente Bashar al-Assad, obtendo bastante sucesso de público.

Já os EUA inauguraram agora a sua série, com o ataque à base de Shayrat,  o lançamento da bomba MOAB no Afeganistão, e o envio de um super porta-aviões em direção à Coréia do Norte, que brandiu ameaças de guerra atômica. Fez tudo isso em menos de uma semana.

A diferença entre essa nova Guerra Fria e a anterior, é que a nova versão não parece ocorrer  na forma “irl”, isto é, in real life, mas no modo “irs”, ou seja, in reality show. Seu alvo princípio é sempre a mídia e os efeitos midiáticos. No entanto, essa história que se repete como farsa, como imagem, traz um enorme risco porque hoje, a realidade se constitui justamente como simulacro. Nunca as imagens tiveram tanto poder.

É possível, sem dúvidas, que as fanfarronadas apocalípticas de EUA e Rússia apenas anunciem o declínio de ambos frente ao poderio da China.  Mas nem por isso serão destituídas de risco.

Chamar uma bomba de “Mãe de todas as bombas” é a confissão de um estado patológico profundo, de pânico. E não há nada de original nesta constatação: Trump chegou ao poder explorando o pavor dos americanos diante do empobrecimento, da ameaça da China, da desindustrialização, da concorrência dos imigrantes, do terror, etc. O medo, que já havia sido a principal alavanca de Bush no período que sucedeu ao 11 de setembro, foi retomado numa versão mais extremada.

A bomba que os americanos acabam de explodir sobre a imprensa internacional – porque a mãe de todas as bombas teve como alvo, mais ainda que as montanhas do Afeganistão, a mídia em todo o mundo -, é parte do arsenal de medidas para intimidar os russos e, ao mesmo tempo, convencer a opinião pública de que os EUA não facilitarão com o Estado Islâmico.

No mais, se trata de uma chicotada sobre o lombo da Terra, para ressuscitar os tremores de pânico no mundo que, cada vez menos, os EUA conseguem assustar.

Quando terminará essa temporada de terror, e quais serão as consequências das descargas de medo induzido, não sabemos. A situação é confusa porque, em primeiro lugar, é claramente uma repetição da história como farsa. Os dois atores principais da história hoje não são mais, como no pós-1945, a Rússia e os EUA. São a China e os EUA, e, ao que tudo indica, muito mais a China que os EUA.

Não se trata de duas superpotências que disputam, praticamente sós, a hegemonia planetária, como era o caso durante a Guerra Fria real, mas de duas potências que, pelo que tudo indica, já ficaram para trás no curso da história comandada presentemente pela China. A reedição da Guerra Fria servirá agora para simular que EUA e Rússia ainda ocupam o topo e decidem os destinos do mundo.

Talvez justamente o silêncio confuciano  da China, que paira enigmático sobre os dois rivais, seja o princípio regulador dessa nova era. Um silêncio que, ocasionalmente, será quebrado para proferir ameaças que soarão muito mais consistentes que as fanfarronadas de EUA e Rússia. Um exemplo ocorreu nos primeiros dias do governo Trump, que sinalizou bloquear o acesso da China às ilhas do Mar do Sul desse país. Imediatamente, num jornal porta voz do governo chinês, apareceu a resposta de Pequim.

O jornal relatou apenas que, assumida essa medida, os EUA deveriam se preparar para uma guerra com a China. O governo Trump não tocou depois disso mais no assunto. São situações como essa que consolidam a consistência e a credibilidade da China tem conquistado.

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Comentários

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Rafael

01/07/2017 - 12h20

China, serio? Kkkk

Ricardo TS

18/04/2017 - 19h44

EUA e Russia precisam fazer guerras para alimentar suas indústrias e seu desenvolvimento, dessa forma desenvolvem novas tecnologias que a China copia e potencializa. A Estratégia Sino, me parece, é se manter neutra nos conflitos entre as duas outras. Dessa forma avalia o poder bélico dos dois, copia-os e se fortalece sem mostrar todo seu poder, que com certeza é maior. A China tem poder militar e econômico maior que os dois grandes fanfarrões. O mundo é da China. Silenciosamente espalham seus espermas e óvulos entre outros povos. Diferente dos outros, eles são os que menos se miscigenam.

Marlucio Esteves Dias

18/04/2017 - 13h06

A atuações poderão se tornar mediáticas ou midiáticas e o mundo ao seu redor assiste ao filme hollywoodiano sem conhecer o conteúdo da nova ordem mundial ou seja, os objetivos dos maçons e seus seguidores. Está se fechando um novo tempo, uma nova era, um novo caminho. A atenção é desviada dos objetivos reais.

Rachel

18/04/2017 - 01h04

E a gente fica de marisco, entre o mar e a rocha…. mas bem agarradinho a ela…

Iza Araujo

18/04/2017 - 03h10

Performances!

Izildinha

18/04/2017 - 00h08

George Orwell em 1984, mas pelo visto seremos reféns por um bom tempo. Talvez até 2071.

fernando

17/04/2017 - 23h29

china, rússia e Índia estão sempre realizando treinamentos militares e desenvolvendo novas tecnologias nesta área, China e Rússia são aliadados não inimigos, esses dois países sabem que o inimigo é os eua!!!.

Cléber Policarpo

18/04/2017 - 02h08

C.Poivre

17/04/2017 - 22h33

Como a imbecilidade pode provocar uma guerra nuclear:

https://blogdoalok.blogspot.com.br/2017/04/um-governo-de-cretinos-por-paul-craig.html

DERLY DO SUL & MARCELINHO DOS TECLADOS

17/04/2017 - 22h29

o começo da nova guerra fria bairã no ar com as ameaças de invasão pelos EUA não só na coreia do norte m,ais sim caso síria e a Russia e a china não irão permitir essas invasões creio eu e o povo do mundo inteiro

Paulo Mcosta

18/04/2017 - 01h05

O Brasil não fica atrás e apresenta o FILHO DE TODAS AS PUTAS!

    Hannibal de Sousa

    18/04/2017 - 15h29

    ahahahaha! Boa!

Pedro Leonardo Silva Filho

17/04/2017 - 23h50

Os idiotas

Edemir T. Moreira

17/04/2017 - 22h36

Iraque Melo

17/04/2017 - 21h06

Será que a guerra fria está esquentando ??

Carlos Borges

17/04/2017 - 19h32

Provavelmente nascerão os FDP de todas as bombas.

    Santos Magela Santos

    17/04/2017 - 19h36

    E será cruzeirense kkk

    Jean Baheta

    17/04/2017 - 20h56

    Vai ser as Sogras das duas a verdadeira bomba.

Daniel Souza

17/04/2017 - 15h57

O espólio do poderio bélico e científico da Alemanha Nazista se pulverizou pelo mundo. Primeiramente, os EUA e Rússia foram os seus herdeiros diretos. Desenvolveram altos projetos e com essa herança, fizeram décadas de guerra fria. Dividiram o planeta para saqueá-lo. Depois vieram outros países.
Esse fato redefiniu as relações de poder global.
EUA e Rússia não são mais os senhores absolutos de uma guerra que tem pouco de convencional há muito tempo.
Ela é perene e existe em várias frentes e em várias etapas. Esses conflitos, que às vezes vão as vias de fato, não perderam mesmo foi a essência que é sempre, sobrepujar, dominar e se impor.
De certo mesmo, quem detém esse poderio, defende de forma mais efetiva e convincente o seu território e seus interesses.
Por exemplo, desta vez, os EUA não gastaram um traque pra rapinar novamente o Brasil. Bastou financiar uma tropa de burros, aliciar a mídia e a maioria dos políticos para se apoderar das riquezas nacionais.
Lá no Oriente Médio e na Ásia, a coisa é bem diferente, eles não levam nada de graça.

Rogério Bezerra

17/04/2017 - 15h31

E o Brasil assiste a tudo lá na última fila…
Desclassificado que foi pelo golpe dessa elite larápia e traidora.
Se na China e nos estados unidos há traidores, não duram muito.
E nenhum tem, por décadas, redes de TV, rádio e etc…
Essa é a diferença.
Aqui os ricos e seus empregadinhos remediados cospem no país em que nasceram e que os sustenta. Até quando?

Atreio

17/04/2017 - 14h58

assistam:
o dia q durou 21 anos.
a funny thing hapenned on the way to the moon

e fica claro o papel terrorista dos EUA no planeta Terra no ultimo século.
tácito.
e nós q estávamos chegando grandão nessa mesa pra conversar…mimimiSHELL vem com seus notáveis e no joga pro canto, debaixo da mesa – como covarde canalha q é.

não vai levar 21 anos de novo. voltaremos maiores ainda.
nosso povo é maior – e o poder vem do povo.

Se liga nessa verdade mermão :)

17/04/2017 - 14h42

O interessante é que por mais que pareça que hoje em dia é mais fácil de começar uma grande guerra do que antes, na verdade o oposto é mais verdadeiro.
A humanidade não está dormindo tanto quanto antigamente, a juventude atual é desperta, não dorme em relação às mentiras que são divulgadas como verdades na mídia.
Não haverá terceira guerra mundial porque a vontade maior prevalecerá: a paz.
As únicas guerras que podem acontecer são essas entre os chamados ‘líderes’ mundiais, que não passam de crianças amedrontadas que nunca tiveram o amor dos pais e, portanto, não sabem se importar com as pessoas, não conhecem o respeito. A verdade é que não são exatamente os líderes dos países que tomam essas decisões insanas, mas sim aqueles que estão nos bastidores, que ninguém fica sabendo, mas que têm o ‘poder’ de exigir, através de ameaças de todos os tipos, qualquer presidente e qualquer liderança de qualquer país.
Eles terão suas pequenas guerras, que servem de plano econômico, mas não por muito mais tempo.
Este século será diferente do anterior, e é por isso mesmo que estamos vivendo o fim dos tempos, porque realmente é. O fim dos velhos e opressivos tempos, e o começo, ainda que aos tropeços, de novos e prósperos tempos.

    martinssaulo

    18/04/2017 - 00h39

    De que planeta vc está falando?


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