Assistam a partir do minuto 21:20, o patriarca da Odebrecht, Emilio Odebrecht, fala que a grande imprensa brasileira – referindo-se, naturalmente, à Globo – sempre soube de tudo que se passava, no submundo dos negócios e da política, e que agora vem com essa “demagogia”.
“Essa imprensa sabia disso tudo, e fica agora com essa demagogia! Me perdoe! Eu realmente acho que todos deveriam fazer uma lavagem de roupa em suas casas.”
Em seu depoimento, Emilio faz questão de enfatizar que a relação promíscua entre empreiteiras e sistema político ocorre há 30 anos.
“Por que nunca falaram nada há 15 anos, há 20 anos?”, pergunta Emilio, enfatizando que a imprensa sabia do que acontecia.
É bem diferente do discurso de um Gilmar Mendes, de um Dallagnol e da grande mídia, que o tempo inteiro tentaram vender a ideia de que o PT tinha “inaugurado” ou “institucionalizado” a corrupção no Brasil.
Mendes vivia falando em “organização criminosa”, para se referir ao PT – o que consistia, isso sim, num crime de injúria e num desrespeito inacreditável contra um dos partidos políticos que ajudaram a construir o nosso processo democrático.
Foi a Globo que ajudou a instaurar a ditadura militar, que por sua vez criou as empreiteiras, as quais iriam desenvolver uma relação promíscua com a classe política.
A Globo vai pedir desculpas?
O velho Emilio insiste sobre a participação da imprensa e da geração mais velha de procuradores: sempre souberam do que acontecia no Brasil.
É preciso ter essa compreensão, diz ele!