(Foto: Carlos Humberto / STF )
O iluminista do Projac, o príncipe do regime de exceção, Luis Roberto Barroso, participou de um seminário recente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi monitorado pelo Jota, site especializado em notícias do STF.
Foi um espetáculo grotesco de leviandades, clichês, senso comum, etc, mas sobretudo de mistificação e glorificação do regime de exceção.
Ele defende que “prisão em segunda instância” poderá “mudar patamar ético do país”. Ou seja, uma medida que pode levar centenas de milhares de brasileiros à cadeia, em processos totalmente alheios a corrupção, é a melhor solução para nossos problemas, segundo Barroso.
Espanta, sobretudo, pretender que se pode “mudar patamar ético do país” com aumento de prisão, com repressão penal. Ao invés de melhorar a distribuição de renda, aumentar a diversidade da informação, para que o debate político se enriqueça, o iluminismo, para Barroso, deve ser atingido construindo novas bastilhas, não derrubando as existentes.
Ao falar sobre a Ação Penal 470, uma verdadeira farsa, ele apela descaradamente ao populismo penal. Como não tinha provas de quase nada, os argumentos para condenar se concentravam exclusivamente no fato de se estar prendendo, pela primeira vez, políticos e empresários. Após anos transcorridos, Barroso insiste nessa balela.
Para Barroso, a democracia moderna não é aquela que dá garantias ao cidadão, para que jamais seja perseguido, e que preza, acima de tudo, um processo justo, com penas sempre moderadas e brandas, e sim aquela que prende “políticos e empresários”…