Lava Jato inicia ação para asfixiar financeiramente partidos políticos (com exceção do PSDB, que não vem ao caso)

A notícia de que os procuradores da Lava Jato cobram uma multa de R$ 2 bilhões ao Partido Progressista mostra o avanço do regime de exceção no Brasil.

É a primeira vez, que eu saiba, que um órgão de justiça brasileiro ataca a pessoa jurídica de um partido.

Começaram com o PP, que sempre foi uma espécie de “boi de piranha” da Lava Jato, para atingir o verdadeiro alvo, o PT.

A ação é evidentemente ilegal, porque interfere no jogo político-partidário.

A democracia é um processo de competição partidária. Se a Justiça mata financeiramente um partido, ela beneficia o outro.

Com os financiamentos privados às campanhas fortemente criminalizados pela justiça, os partidos dependerão, mais que nunca, do fundo partidário, o qual será cortado das legendas por conta dos processos do Ministério Público.

O grande beneficiado da Lava Jato é o PSDB, porque a operação está asfixiando seus principais concorrentes, PT e PMDB.

O PMDB, estrategicamente, se aliou ao PSDB, para impor freios à Lava Jato.

Conseguiu.

A Lava Jato, para enganar a esquerda e a opinião pública, joga umas iscas contra o PSDB de vez em quando, mas nunca leva esses casos adiante.

Com Alexandre de Moraes no STF e os caciques do PMDB protegidos pelo fóro especial, o PMDB está relativamente protegido contra os avanços da Lava Jato.

Abaixo, o documento do MPF contra o PP, para registro histórico.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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