A notícia de que os procuradores da Lava Jato cobram uma multa de R$ 2 bilhões ao Partido Progressista mostra o avanço do regime de exceção no Brasil.
É a primeira vez, que eu saiba, que um órgão de justiça brasileiro ataca a pessoa jurídica de um partido.
Começaram com o PP, que sempre foi uma espécie de “boi de piranha” da Lava Jato, para atingir o verdadeiro alvo, o PT.
A ação é evidentemente ilegal, porque interfere no jogo político-partidário.
A democracia é um processo de competição partidária. Se a Justiça mata financeiramente um partido, ela beneficia o outro.
Com os financiamentos privados às campanhas fortemente criminalizados pela justiça, os partidos dependerão, mais que nunca, do fundo partidário, o qual será cortado das legendas por conta dos processos do Ministério Público.
O grande beneficiado da Lava Jato é o PSDB, porque a operação está asfixiando seus principais concorrentes, PT e PMDB.
O PMDB, estrategicamente, se aliou ao PSDB, para impor freios à Lava Jato.
Conseguiu.
A Lava Jato, para enganar a esquerda e a opinião pública, joga umas iscas contra o PSDB de vez em quando, mas nunca leva esses casos adiante.
Com Alexandre de Moraes no STF e os caciques do PMDB protegidos pelo fóro especial, o PMDB está relativamente protegido contra os avanços da Lava Jato.
Abaixo, o documento do MPF contra o PP, para registro histórico.