Nova pesquisa Ipsos: cai aprovação de Moro e Temer, sobe a de Lula

Em sua coluna de hoje para o Estadão, o jornalista José Roberto de Toledo dá alguns dados, em primeira mão, da nova pesquisa Ipsos.

Ele diz que avançou de 59% para 62% o percentual de brasileiros que acham o governo Temer ruim ou péssimo.

“Após passar por um vale em janeiro e fevereiro, o presidente voltou ao pico impopular que alcançara em dezembro. Mudar a pergunta não ajuda. Indagados se aprovam ou desaprovam a atuação de Temer, 78% ainda dizem desaprová-la”, diz o colunista.

O pior para Temer vem a seguir. Segundo o Ipsos, 90% dos brasileiros acham que o país está no “caminho errado”. Essa pergunta derruba também a Lava Jato, porque ela é a principal responsável por este “caminho”.

O povo ainda está preso à narrativa da luta contra a corrupção, porém a aprovação a Sergio Moro já começou a declinar. Em janeiro deste ano, o mesmo Ipsos apurou uma taxa de aprovação de 66% para Sergio Moro. Esta caiu para 63% agora, segundo informado pelo Estadão.

A presidenta Dilma, que sofre um bloqueio total da grande mídia, e continua sendo atacada pelo consórcio golpista com vazamentos desfavoráveis, tem números melhores do que Michel Temer, que é paparicado dia e noite pela Globo e todos os seus súditos – em rádio, revista, jornal e TV – no sistema brasileiro de comunicação.

Dilma é rejeitada por 74%, contra a rejeição de 78% de Temer.

Interessante, não?

Seguem outros dados interessantes da pesquisa Ipsos, nas palavras do jornalista do Estadão:

Entre 20 políticos testados na pesquisa Ipsos, Lula tem a maior taxa de aprovação: 38%. Com 59% de desaprovação, ele está longe da unanimidade que sonhou ser, mas ganhou sete pontos positivos desde fevereiro. Nenhum outro filiado a partido é mais aprovado do que o petista. Aprovação maior, só de nomes do Judiciário.

(…) Novo prefeito de São Paulo, João Doria é o tucano mais bem colocado no ranking do Ipsos: 45% desaprovam sua atuação, 16% aprovam e 39% dos brasileiros não o conhecem o suficiente. Desconhecimento é sua vantagem comparativa dentro do partido.

Outros nomes do PSDB são mais conhecidos e mais desaprovados que ele. O senador Aécio Neves tem 74% de desaprovação e 11% de aprovação; o governador Geraldo Alckmin (SP), 67% e 16%; FHC, 67% e 23%; o senador José Serra, 70% e 20%, respectivamente.

Nem todos os filiados a partidos que em algum momento se beneficiaram da onda da antipolítica hoje surfam tão bem. Marina Silva (Rede) tem 62% de desaprovação e 23% de aprovação. Já o ex-militar Jair Bolsonaro (PSC) é desaprovado por 52% e aprovado por 14%. Mas ainda tem 34% de desconhecimento para explorar.