Por Wellington Calasans, Colunista do Cafezinho, na Suécia
A aprovação da “Reforma Trabalhista” é o escancarar da luta de classes. Os ricos, insatisfeitos com o assalto ao poder e a diarreia sobre a Constituição, revogaram nesta quarta-feira a Lei Áurea e transformam trabalhadores em escravos.
Alguns desavisados acreditam na falácia da “modernização das relações trabalhistas”, mas o eufemismo para “os ricos são o martelo e os pobres são o prego” não se sustenta em tempos de internet.
Centrais sindicais, sindicatos e partidos trabalhistas foram igualmente golpeados ontem. A “Reforma Trabalhista” aniquila a expressão “trabalhador” e sem trabalhador não há estrutura trabalhista.
A, agora finada, Justiça do Trabalho perde a finalidade em um país onde a escravatura foi legalizada. O negociado sobre o legislado é a oficialização da tortura psicológica do patrão sobre o empregado. Agora vale a lei do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Greve geral e ocupação de Brasília são as únicas opções restantes. A luta não pode ser apenas pela recuperação dos direitos usurpados. É preciso escrever uma nova Constituição, limpar todas as instituições e acabar com a farra da Casa Grande.
Sem a reação, professores e mulheres serão os mais prejudicados. É preciso lutar agora, pois a ofensiva contra o país rompeu as fronteiras do entreguismo e da injustiça contra os pobres. Agora é oficial: você é um escravo!
Assista ao vídeo do Professor Robson Sávio, Doutor em Ciências Sociais e Ativista de Direitos Humanos, e saiba mais sobre o que realmente significa a “Reforma Trabalhista”.