Um amigo meu mandou esse vídeo há pouco, com um discurso antológico do senador Renan Calheiros, feito nesta quarta-feira 22, contra o arbítrio midiático-judicial.
Renan faz um desabafo.
Eu assisti tudo.
Mas preciso que vocês assistam também, e comentem. Se possível, indicando os minutos.
Renan cita Pedro Serrano, Nassif, Zaffaroni. No minuto 12:10, Renan cita o sequestro de Eduardo Guimarães, “constrangido a revelar suas fontes”.
O senador fala sobre os inúmeros arbítrios vinculados às delações premiadas, que estão sendo criminosamente manipuladas.
Denuncia as patranhas recorrentes do Ministério Público para controlar a política e criar um estado de exceção, e ataca diretamente a relação promíscua e corrupta entre mídia e aparelho repressor.
É um discurso corajoso, progressista, democrático.
É o que Humberto Costa, senador petista e líder da oposição, deveria ter feito, ao invés de dar entrevista à Veja para atacar o… PT.
Peço aos internautas que deixem as armas políticas, os preconceitos ideológicos e o moralismo midiático na porta, e assistam ao vídeo com atenção.
A única saída do Brasil é um pacto pelo Estado Democrático de Direito, que tem de começar pela imposição de freios democráticos nos justiceiros do Ministério Público e Judiciário, e uma regulamentação da mídia (coisa que Renan, agora, talvez, esteja maduro para aceitar).
Sem uma lei contra o abuso de autoridade e outra para regulamentar a mídia, nunca haverá estabilidade política, econômica, social, ou institucional no país.
Não haverá sequer capitalismo, porque este exige segurança jurídica, a qual é impossível num país em que uma empresa sozinha domina a opinião pública, podendo destruir qualquer empresário, cidadão, político, que não lhe agradar.
A PF fez muita besteira, mas porque deixou de obedecer a quem de direito: o Ministério da Justiça. Ao se tornar o braço armado de um Judiciário que não respeita a Constituição, a PF se tornou uma milícia política inimiga da democracia.
Atualização: o blog do Nassif fez uma resenha do discurso de Renan.