Gilmar, o Rasputín dos golpistas
Por Jeferson Miola, em seu Facebook
Gilmar Mendes é onipresente na política brasileira. Participa de todos os movimentos e atua com centralidade em todas as tramóias. Ele é um “alquimista político” constantemente ocupado em manipular fórmulas para salvar o regime de exceção.
Gilmar elabora remédios para toda e qualquer podridão do governo golpista. O papel do Gilmar avulta na mesma proporção em que os golpistas se enredam em problemas criminais. Para um juiz sem-voto, é uma notável proeza.
Neste que é o ano do centenário da Revolução Russa, é inevitável a associação da imagem deste nefasto juiz com a figura do curandeiro Grigori Rasputin.
Rasputin, um personagem místico e ardiloso, exerceu enorme poder sobre o inseguro Nicolau II e sua esposa Alexandra Feodorovna na fase final de derrocada da dinastia dos Romanov. Rasputin privava da intimidade da família imperial nos Palácios, ditava os rumos para um regime cada vez mais próximo do fim, e influenciava a nomeação e demissão de ministros.
No Brasil de hoje, tomado de assalto por uma cleptocracia podre e ilegítima, Gilmar exibe a proeminência e os hábitos do Rasputin.
A despeito de ser o juiz que julgará o réu Michel Temer no TSE e no STF, Gilmar se tornou o principal conselheiro do inseguro e medroso presidente usurpador. Ele visita Temer no Palácio Jaburu com uma freqüência característica aos íntimos do poder. As visitas dominicais parecem ser as preferidas da dupla.
Quando Janot, Moro, a PF e a mídia não mais conseguiram esconder os antigos esquemas de corrupção da cleptocracia golpista – que implicam quase todos os ministros, centenas de lideranças e políticos; os presidentes da Câmara e Senado; os presidentes do PMDB e PSDB etc – o Rasputin dos golpistas os socorreu com a solução mágica: “desmistificar” o caixa 2, legalizar a corrupção, reabilitar o financiamento empresarial da política, e adotar nas próximas eleições o voto por listas partidárias fechadas.
Gilmar se esmera para dar fachada de seriedade à picaretagem. Usando a estrutura do TSE, ele montou o discutível “Seminário internacional sobre sistemas eleitorais – Contribuição internacional para a reforma política no Brasil” [sic]. Como palestrantes, além do seu pupilo Dias Toffoli, o destaque é para a fina-flor da propinocracia golpista: Rodrigo Maia, Eunício de Oliveira, Antônio Anastásia, Romero Jucá, Lucio Vieira Lima e outros personagens bizarros. A cereja do bolo é o deputado petista Vicente Cândido, cujo pertencimento ao PT soa tão estranho quanto um argentino torcer pela seleção brasileira.
Gilmar é onipresente na arena política, está em todos os embates políticos. Ele, porém, só não está no único lugar onde poderia e deveria estar, que é o STF. No STF, por imposição funcional, ele deveria ficar caladinho, só falar nos autos dos processos. Para fazer política, ele teria de renunciar ao cargo de juiz e se candidatar a algum mandato político pelo seu PSDB.
Por que é permitido a Gilmar atuar na arena política com a liberdade e a desenvoltura que seriam imanentes aos agentes políticos e às pessoas com-voto, é uma pergunta que deve ser respondida pelo CNJ, pelo STF e também pelo Senado, a instituição com atribuição constitucional para promover o impeachment dele, por sobradas razões [art. 52, CF].
É isso o que determinam as Leis e a Constituição::
– o Código de Ética da Magistratura estipula que os juízes devem se nortear “pelos princípios da independência, da imparcialidade, do conhecimento e capacitação, da cortesia, da transparência, do segredo profissional, da prudência, da diligência, da integridade profissional e pessoal, da dignidade, da honra e do decoro” [art. 1º];
– a Lei da Magistratura proíbe aos juízes “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos ou em obras técnicas ou no exercício do magistério” [art. 36, inciso III];
– a Lei da Magistratura também proíbe aos juízes “exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade” {art. 36, inc. II];
– Código de Processo Civil, no artigo 135, coloca em suspeição a parcialidade do juiz quando ele é “amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes” [inciso I] e “interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes” [inc. V]; e
– a Constituição do Brasil, no artigo 95, diz que é vedado aos juízes “dedicar-se à atividade político-partidária”.
São abundantes, como se observa, as causas para o impeachment do Gilmar. Isso, todavia, não acontece com o Rasputin dos golpistas porque ele é peça-chave do regime de exceção e fator essencial na manutenção do golpe e para a proteção da quadrilha que tomou de assalto o poder.
Ronaldo
13/04/2017 - 08h45
A descrição perfeita de Gilmar ! parabéns
Teste
23/03/2017 - 08h26
Teste
Débora Costa Soares
22/03/2017 - 14h28
Pare o mundo que eu quero descer!
Jose Ricardo
22/03/2017 - 04h48
alguém tem que expor a estrategia desse bossal de denunciar vazamentos pra cancelar delações contra os tucanos a unica saida que ele encontrou pra livrar seus amigos da justiça
André
21/03/2017 - 23h35
Como diz o colega blogueiro Paulo Henrique Amorim: Que falta faz um paredón no Brasil!
Sergio Lamarão
21/03/2017 - 22h57
O que faz o PT manter escroques como o Vicente Cândido em suas fileiras? Numa situação de completo descalabro em que o país vive, é completamente inadmissível que o PT ou qualquer outra agremiação de esquerda mantenha qualquer relação de proximidade com essa cambada de lesa-pátrias!
C.Poivre
21/03/2017 - 22h29
O que se esperar de um delinquente como o Beiçola?
https://www.ocafezinho.com/2016/12/14/beicola-e-os-cambalacheiros-de-toga/
LUIZ TAVE
21/03/2017 - 22h11
SOCORRO ! AMANHA MAIS UM NA CORJA . MEU DEUS SERA` QUE NAO TEM NINGUEM NO STF QUE CONSIGA ENXERGAR QUE MORO , JANOT DALLAGNOL , AECIO , TEMER E ALGUNS DL DA PF ESTAO AFUNDANDO O BRASIL ?
Gidobaldo Silva Avelar Gil
22/03/2017 - 00h44
Um Traste velho! Não serve pra nada,ou babá ou caga!
Aliomar Martins
22/03/2017 - 00h12
João Plenário !
Jose Nogueira Filho
21/03/2017 - 21h46
Monte de bosta.
Leda Santos
21/03/2017 - 21h28
Vai cair junto com o golpe.
Analu Med
21/03/2017 - 21h06
Olha essa cara…É o próprio fdp
Laercio Ferreira
21/03/2017 - 20h46
essa múmia não deveria estar aposentado em seu sarcófago , com a previdência social , pagando um salário justo , pelo beiço não gostou muito da aposentadoria??
Valdemir Pereira
21/03/2017 - 20h31
ANTONIO PAULO DA COSTA CARVALHO
21/03/2017 - 17h09
Vivemos numa pós-modernidade, onde tudo se tornou relativo, principalmente a Constituição, um livro que um dia Ulisses Guimarães proclamou em alto e bom som ser a Constituição cidadã. Hoje o próprio judiciário rasga a CF/88 para sangrar, até a morte, a democracia. Isto com a desculpa de combater o crime. Não se combate o crime com outro crime. No supremo estão os raputins, no Congresso homens temerosos e covardes diante do que lhes pode acontecer. Em nome de combater a corrupção, se corrompe as instituições. Os argumentos racionais perderam autoridade. É o vale tudo, em nome de uma ética inversa, que nos faz pensar que Deus está morto ou ter certeza disso.
Vagner
22/03/2017 - 00h14
Deus não está morto, ele justamente quer provar que o ser humano não é capaz de governar a si próprio
Vagner
22/03/2017 - 00h17
Deus não está morto, ele justamente está provando que o homem não tem condições de governar a si próprio
Laercio Medeiros Epaminondas
21/03/2017 - 20h09
IMPEACHMENT URGENTE PARA ESSE CRÁPULA.
Francisco Xavier
21/03/2017 - 19h36
https://www.youtube.com/watch?v=3HTxvR5CkM8