No Nocaute
Movimentos sociais de todo o mundo vão se encontrar em Caracas em novembro, no 100º aniversário da Revolução Bolchevique.
No discurso de encerramento, Maduro bateu pesado no presidente argentino Maurício Macri (“não resiste a um sopro”), e no Postiço Michel Temer, a quem chamou de “chefe de um grupo que assaltou o poder, ao dar o golpe que derrubou Dilma, e que agora assalta os pobres, em benefício dos ricos, ao congelar os gastos sociais no Brasil por vinte anos”.
Por Fernando Morais, em 09 de março às 17h39
Na noite de ontem, no Teatro Teresa Carreño, em Caracas, o presidente Nicolás Maduro reuniu representantes de movimentos sociais de vários países, mais artistas, políticos e intelectuais para encerrar uma jornada de debates e painéis sobre temas políticos atuais, como parte dos eventos pelo quarto aniversário da morte do Comandante Hugo Chávez.
Liderados pelo dirigente do MST, João Pedro Stédile, os movimentos sociais anunciaram que no final deste ano reunirão em Caracas dois mil representantes de organizações populares dos cinco continentes para discutir os rumos das lutas contra a opressão e o neoliberalismo. O encontro será no dia 7 de novembro, quando se comemora o primeiro centenário da Revolução Bolchevique de 1917.
No discurso de encerramento, Maduro bateu pesado no presidente argentino Maurício Macri (“não resiste a um sopro”), e no Portiço Michel Temer, a quem chamou de “chefe de um grupo que assaltou o poder, ao dar o golpe que derrubou Dilma, e que agora assalta os pobres, em benefício dos ricos, ao congelar os gastos sociais no Brasil por vinte anos”.
Nicolás Maduro encerrou sua fala exibindo o vídeo em que o presidente do Peru, Pedro Paulo Kucinsky, em discurso na Universidade de Princeton, nos EUA, declarou o seguinte: “Os Estados Unidos não estão preocupados conosco, os latinos, mas com o Oriente Médio. Para os americanos, nós somos como aqueles cachorros simpáticos, mansinhos, que ficam quietinhos, deitados no tapete, que não representam problemas. Na América Latina os EUA só estão preocupados com a Venezuela”.
Maduro foi aplaudido de pé pela plateia, entre a qual se encontravam os generais, brigadeiros e almirantes que compõem o Estado Maior das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela.