(Foto: Agência Câmara)
Não vou comentar muito. Queria antes a opinião de vocês. Segue a explicação do Chico para o beija mão de Aécio Neves na festinha do Noblat.
Por mim, eu não dou bola para beija mão, embora admita que seja estranho. Depois de uns uísques, a pessoa fica meio amorosa, e beija até o capeta.
O que me incomoda mesmo é essa submissão à narrativa da Lava Jato, essa distinção entre “blindados” pela mídia e “não-blindados”.
Chico Alencar fala em ironia, mas parece que foi uma ironia fina demais para o nosso entendimento.
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No Facebook do Chico Alencar, deputado federal (PSOL-RJ)
Explicando a nota maldosa – em especial pelo “beija mão” – que saiu hoje na imprensa
Compareci ontem ao jantar dos 50 anos de jornalismo do Noblat – para o qual fui convidado por conhecê-lo há muito tempo e por ser colunista de seu blog. É evidente que isso não significa concordância com todas as suas posições.
Nesta confraternização, eu era um dos poucos deputados de oposição. Como é de costume meu, usei da brincadeira para descontrair clima às vezes desconfortável. As piadas foram retiradas de contexto, obviamente, para tentar confundir alhos com bugalhos. Imediatamente após as “brincadeiras” questionei abertamente Aécio sobre a aliança do PSDB com o PMDB; o financiamento empresarial de partidos e campanhas que o coloca na situação de investigado; e sobre a crise permanente do governo ilegítimo de Temer, do qual os tucanos são sócios e cúmplices.
Para reiterar minha posição, de sempre, afirmo: acredito que a Lava Jato precisa investigar a fundo tudo e todos. Inclusive Aécio Neves e Michel Temer. Não acredito que nenhum desses políticos e seus partidos tradicionais sejam diferentes. Ao contrário, creio que todos representam a mesmíssima lógica do toma-lá-dá-cá.
Se, por alguma razão, em minha vida pública eu dei a entender o contrário, reitero que isso se deve a um erro de comunicação (minha ou de quem veicula) e não por falta de convicção e crença absoluta numa política diferenciada, sem jogos e acordos velados.
Parece que os jornalistas que estão divulgando notas a respeito da noite de ontem, com títulos sensacionalistas, ou não perceberam a ironia da situação ou, por algum motivo, insistem no erro.