(Foto: Ernesto Rodrigues – 27.ago.2015/Folhapress)
O governo planeja aumentar impostos – só para classe média e pobres, naturalmente.
É um roteiro em dois atos.
Primeiro ato: governo, com ajuda da mídia chapa-branca, anuncia que vai aumentar impostos. Nenhum protesto na imprensa.
O anúncio da volta do CPMF já foi anunciado pela imprensa.
Eu sou a favor de aumentar os impostos, mas com justiça tributária, ou seja, isentando e reduzindo a carga de pobres e classe média, e ampliando a dos mais ricos, criando impostos sobre a herança, o capital, a alta renda, lucros, etc. É o que fez Roosevelt nas décadas de 30 e 40, salvando os EUA da crise. Uma lei sancionada por Roosevelt em 1935 elevou o imposto sobre herança para 75%.
Quem tem de pagar pela crise são os ricos. Isso não é um discurso esquerdista ou radical. É uma fórmula objetiva, para salvar a todos, pobres e ricos.
O capitalismo brasileiro precisa copiar a fórmula de sucesso de Roosevelt e investir no empreendedor, não no herdeiro inútil.
Getúlio Vargas, por sua vez, iniciou investimentos pesados em construção pesada, criou estatais e reformou o Estado brasileiro.
Roosevelt também criou uma série de regulamentos, agências federais, autarquias e instituições públicas, para regulamentar e desenvolver o capitalismo americano.
Segundo ato:
Helena Chagas, do blog Divergentes, informa pelo Twitter que a elite econômica do país, assustada também com a crise, já começou a aterrisar no Planalto, para convencer o governo de que a crise só poderá ser superada se o custo do golpe for jogado exclusivamente nas costas da classe trabalhadora.
Os golpistas da Fiesp que foram visitar Temer não querem admitir que são eles os culpados pela queda no PIB. O aumento dos impostos, defenderão eles, devem se concentrar em pobres e classe média.
Os patos da Fiesp nunca foram tão patos.
Cai o pano.