O protesto dos brasileiros antigolpe em seminário recente na Universidade de Columbia, Nova York, contra o juiz Sergio Moro, gerou um profundo impacto na comunidade acadêmica local.
Os organizadores do evento, que contou com a participação de Sergio Moro e Carmen Lucia, foram acusados de terem ignorado o contraditório. Provavelmente, nem imaginavam que houvesse contraditório, pois a blindagem midiática brasileira em favor de Sergio Moro é avassaladora.
O protesto, felizmente, furou o bloqueio.
A Columbia então decidiu organizar um outro seminário, a se realizar neste dia 3 de março, com a presença de Natalia Campos, representante do movimento Defend Democracy in Brazil, que é composto por brasileiros residentes nos EUA, e americanos simpatizantes, que se opuseram ao golpe de Estado em 2016 e acham, portanto, que o atual governo brasileiro é ilegítimo.
O link deste seminário é este:
http://ilas.columbia.edu/event/ngos-in-brazil-what-role-during-the-democratic-crisis/
Os estrangeiros, como aliás tem sido comum nestes tempos sombrios vividos pelo Brasil, tem se mostrado mais interessados em ouvir opiniões diferentes do que as próprias instituições e imprensa nacionais.
No Brasil, dirigentes e professores universitários que organizam eventos contra o golpe estão sendo perseguidas por membros do Ministério Público Federal (MPF), como é o caso do reitor da UFRJ.
A grande imprensa brasileira, por sua vez, em nenhum momento abriu espaço para o contraditório, até porque foi peça essencial na criação da atmosfera de terrorismo político que levou ao golpe.