(Foto tirada do blog do Primo)
Tem uma matéria curiosa no Globo, sobre a conta no exterior de Henrique Alves, deputado, ex-ministro, golpista de alto coturno do PMDB.
BRASÍLIA — O ex-ministro e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) reconheceu, em defesa apresentada à Justiça Federal de Brasília, que usou um escritório de advocacia uruguaio para abrir uma conta na Suíça em 2008. Admitiu também que é formalmente o beneficiário da conta. Mas, argumentou que, por motivos burocráticos, não conseguiu movimentá-la e preferiu deixá-la inativa. Assim, alegou que os US$ 832.975,98 depositados na conta — e que segundo a Procuradoria Geral da República (PGR) era dinheiro de propina — foram movimentados por terceiros, sem seu conhecimento.
O Cafezinho dá uma dica, à imprensa e à Procuradoria, de onde surgiu esse dinheiro.
Henrique Alves acaba de vender o jornal Tribuna do Norte, o de maior circulação no Rio Grande do Norte, para o grupo Fernando Camargo.
Alves também vendeu, para o mesmo grupo (mais monopólio à vista), a TV Cabugi (InterTV Cabugi), afiliada da Globo do Rio Grande do Norte.
Segundo o Wikipedia, Alves continua sócio da empresa.
É muito possível que o dinheiro de Alves tenha vindo de operações ligadas a essa venda.
De qualquer forma, todo o poder político de Henrique Alves foi construído, como de quase todos os poderosos nordestinos de partidos conservadores, em cima do controle da mídia em seus estados. Foi assim que a ditadura conseguiu estender, para o período democrático, os esquemas de poder herdados do regime militar.
Alves era dono da TV Cabugi e da Tribuna do Norte.
Por aí, você vê que toda corrupção no Brasil, considerada “endêmica” pelo juiz Sergio Moro, nasce de um sistema de poder montado sobre o controle da mídia.
Mas isso o poder judiciário, nem o Ministério Público, não querem mexer, né?