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Os cavaleiros do entreguismo

Por Tadeu Porto*, colunista do Cafezinho   No programa cafeína de hoje, eu, Leonardo Stoppa e Welligton Calasans, debatemos um tema de extrema importância para o futuro da soberania nacional: a entrega do controle das terras brasileiros ao capital estrangeiro. Primeiramente, entrega é a palavra correta para esse contexto, sem dúvida, pois qualquer tipo de […]

19 comentários
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Por Tadeu Porto*, colunista do Cafezinho

 

No programa cafeína de hoje, eu, Leonardo Stoppa e Welligton Calasans, debatemos um tema de extrema importância para o futuro da soberania nacional: a entrega do controle das terras brasileiros ao capital estrangeiro.

Primeiramente, entrega é a palavra correta para esse contexto, sem dúvida, pois qualquer tipo de processo de venda no ambiente de crise que estamos vivendo é péssimo negócio no longo prazo (leia-se projeto de Estado) e, assim, soa como um doação.

Em segundo lugar, nosso futuro está ameaçado pois o controle de terras, desde antes de Cristo, são cruciais para soberania e desenvolvimento de uma região. Tanto é que a questão agrária sempre foi considerada – e ainda é – como uma das mais reformas básicas que o país deveria realizar para trazer, de maneira mais rápida e efetiva, a justiça social que a população tanto anseia.

Portanto, o descaramento de se entregar nossas terras para conglomerados econômicos que não tem a menor preocupação com o Brasil é um escárnio que somente um governo sem preocupação alguma com a população seria capaz de realizar.

Dá para imaginar, por exemplo, o nível de exploração que seriam impostas nas nossas terras se nós a entregássemos a empresas que só visam o lucro? Companhias que acreditam que a sustentabilidade é, na verdade, aumentar a publicidade para disfarçar suas mazelas? Num passado recente, tivemos o maior desastre natural da história brasileira causado por uma empresa que, atualmente, anda sendo esquecida pelos poderes nacionais. Pelo contrário, a Samarco conseguiu, em cima do “super judiciário”, adiar o pagamento da multa bilionária que ela deve ao Estado pelos seus erros grotescos na tragédia de Marina-MG (e a multa não é nada perto do desastre que ela causou).

O projeto neoliberal que foi escorraçado das urnas quatro vezes seguidas, depois da péssima experiência que os brasileiras e brasileiros tiveram no período FHC, resolveu voltar a pauta da única maneira que era possível: mediante um Golpe de Estado que destruiu a constituição brasileira e trouxe para o âmbito político uma instabilidade institucional de consequências inimagináveis.

E tudo isso para, justamente, favorecer a elite política-econômica do país que cansou de dividir espaço com o resto do povo brasileiro que pôde ter acesso mais justo as bens e serviços que lhes são de direito legal, pela constituição, e moral, por ser o povo que gera e trabalha as riquezas do país.

Serra, o entreguista dos nossos oceanos; Moreira Franco, o mensageiro do deus mercado; Padilha, que quer vender nossas terras a preço de Banana e, por fim, o usurpador Michel Temer, que comanda essa trupe de antinacionalistas nunca antes vista na história do Brasil, são agentes escolhidos a dedo para manter e perpetuar os privilégios da aristocracia nacional mais vira-lata dos últimos tempos.

Não obstante a essas figuras escrotas e nefastas que nosso presidencialismo de coalizão pariu, eles ainda contam com os cavalos da mídia golpista que os carregam para os quatro cantos do país levando suas demagogias e mentiras com uma distorção palatável a população.

Aliás, o papel da imprensa é o cerne dessa colapso que vivemos: uma baita crise de identidade. Tanto alardearam o discurso vira-lata de que brasileiros e brasileiras são corruptos, incopetentes e preguisos que nossa nação tem dificuldade de se enxergar como protagonista de sua própria vida, aceitando políticas claramente danosas para o país como essa entrega absurda das nossas terras.

O Brasil pós Golpe é antinacionalista e é bom que todos e todas – inclusive quem bateu panela – acordem para essa realidade: os cavaleiros do entreguismo vieram para destruir nosso país.

*Tadeu Porto é Diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. Sigam-o no Facebook!

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Tadeu Porto

Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil

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Comentários

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C.Poivre

27/02/2017 - 20h53

Delações ainda não vieram a público porquê primeiro foram vazadas para os delatados prepararem suas defesas:

http://www.tijolaco.com.br/blo

Nelson

23/02/2017 - 18h15

O Sistema de Poder que domina os Estados Unidos tinha pressa. Não podia esperar mais. É certo que o PT vinha cedendo: privatizações disfarçadas de concessões, o Banco Central já trilhava um caminho independente, de fato, reforma da Previdência para cortar direitos, etc.

Mas, era pouco, pois o PT ainda mantinha um caminho de alguma soberania para o país. Tímido, no meu entender, mas, nem este o Sistema podia admitir.

Recuperação das forças armadas, BRICS, compra de bombardeiros da Suécia com tecnologia transferida, construção do submarino nuclear com tecnologia francesa também transferida.

Imagine. O Brasil com, provavelmente, a terceira reserva de petróleo do planeta, uma montanha de água potável, biodiversidade monumental, enorme riqueza mineral e agricultura cada vez mais produtiva e com forças armadas reforçadas para defender todas essas riquezas.

Não, o Sistema não podia mais esperar. Era preciso apear do poder o partido que estava levando o país a este estágio.

Se o Brasil seguisse mais ou menos livre, investindo em seu povo, em 25 ou 30 anos, nosso país estaria rivalizando com os países ricos em tecnologia, disputando mercados e o que é pior, para eles, prescindindo da tecnologia deles.

Não, nessa crise descomunal do capitalismo, crise já de superprodução, o Sistema não poderia deixar o Brasil seguir este caminho. Era preciso derrubar o partido que ousava desta maneira.

E o Sistema, tal qual em outros golpes – suicídio de Getúlio, derrubada de Goulart – contava a ajuda valiosa dos eternos vende-pátrias. Pronto. O Sistema já tinha parceiros para aplicar seu plano de retomar o país por completo.

É por aí, creio, que podemos entender o golpe brutal que está sendo aplicado no povo brasileiro. Sem a mão do Tio Sam, outra vez, não haveria golpe.

Robercil R. Parreira

23/02/2017 - 05h38

Mas, Não Era Só Tirar o PT?!

Jorge França

23/02/2017 - 02h43

Os quatro do Apocalipse

Roger Nascente Silveira

23/02/2017 - 00h57

Roger Nascente Silveira

23/02/2017 - 00h56

Roger Nascente Silveira

23/02/2017 - 00h56

Antenor Nicolau

23/02/2017 - 00h19

Tudo com respaldo dos militares.

    Sérgio Pestana

    27/02/2017 - 19h34

    Esse acrescimo é necessário para se esclarecer melhor o momento tormentoso ora vivenciado, Antenor. Perfeita a sua colocação.

Renato Bloisi

22/02/2017 - 23h56

“O ministro Herman Benjamin, relator da ação que investiga a chapa presidencial de 2014 formada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo presidente Michel Temer (PMDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu incluir a delação da Odebrecht no processo e ouvir executivos da empreiteira que firmaram o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF).

Os delatores serão ouvidos a partir do início de março. Entre eles, o primeiro que deve ser ouvido é Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa. A oitiva deve ser realizada no dia 1º de março na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Marcelo está preso em função das investigações.” http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=96860

Laercio Ferreira

22/02/2017 - 22h31

CAVALEIROS É UMA PALAVRA DERIVADAS DE CAVALOS, COMBINAM MUITO BEM COM ESSA TRUPE , CABRAL QUANDO APORTOU EM TERRAS, ESCREVEU AO REI , CAVALEIRO DE PORTUGAL, NESTA TERRA TUDO QUE PLANTA DÁ? O COCO, O OURO, O DIAMANTE ATÉ CORRUPÇÃO , SÃO TERRAS FERTIS, ,QUE ATUALMENTE, ESTÃO PARA TORNAREM NEO COLÔNIAS , DAS EMPRESAS TRANSNACIONAIS E DOS PAÍSES IMPERIALISTAS A HISTÓRIA SE REPETEM?? VAI SER AMIOR DOAÇÃO?

Tininha Lara

22/02/2017 - 22h22

Nunca vista?! Ah… Só andavam nas sombras, já q não ganham mais nas urnas, só isso.

    Maria Barth

    22/02/2017 - 23h14

    “Marcamos de noite um jantar com TASSO, na casa do TASSO. Fui eu, RENAN, EUNÍCIO, o TASSO, o AÉCIO, o SERRA, o ALOYSIO, o CÁSSIO, o RICARDO FERRAÇO, que agora virou psdbista histórico, aí conversamos lá. O quê que a gente combinou? Nós vamos, nós temos que tá juntos pra dar uma saída pro Brasil. Se a gente não tiver unido aí, com um foco na saída pra essa porra [paralisação da Lava Jato], não vai ter. E se não tiver, eu disse lá, todos os políticos tradicionais estão fudidos. Porque os caras [tucanos] disse: ‘não no TSE, se cassar [a chapa Dilma e Temer]’. ‘Ô AÉCIO, deixa eu te falar uma coisa, se cassar [a Dilma] e tiver eleição, nem tu, nem SERRA nisso aí, nenhum político tradicional ganha essa eleição, não”.

    Somente após narrar esse encontro, é que Sérgio Machado questionou a Jucá se realmente “tinha caído a ficha” do PSDB. E o senador peemedebista então respondeu: “Caiu a ficha! Ontem eles disseram isso” – trecho então vazado pelo jornal Folha de S. Paulo.

    Natalie Coelho

    23/02/2017 - 01h32

    Sombril

    Tininha Lara

    23/02/2017 - 02h13

    Não tinha visto esse trecho ainda, Maria Barth, mas já tinha intuído… Obrigada.

    Maria Barth

    23/02/2017 - 07h14

    Tininha Lara GGN Luís Nassif

    Tininha Lara

    23/02/2017 - 08h14

    Muito obrigada!

Amanda

22/02/2017 - 18h25

A preocupação com o futuro da humanidade é um escárnio.


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