(Foto: ainda não encontrei o crédito, mas imagino que seja de um fotógrafo da Globo)
Claro que ainda tem um punhado de zumbis que prossegue babando: “a culpa é do petê!”, “o petê destruiu o Brasil!”.
A voz desses pobres coitados se esgarçam rapidamente, perdendo volume e sentido, conforme os meses transcorrem e o povo entende quem realmente governa o Brasil hoje.
Na verdade, o PT não governa o Brasil desde meados de 2014, quando Dilma desistiu de fazer política e entregou o país à Globo.
Quer dizer, em muitos aspectos, o PT tem, sim, muita culpa pelo que está acontecendo. Sua covardia não merece perdão.
Eu vejo, por exemplo, muita gente criticando o novo prefeito de São Paulo, João Dória, por sua atividade midiática frenética, sempre postando vídeos no Youtube.
João Dória está corretíssimo. Está fazendo o que sugeríamos, gratuitamente, durante anos, aos governos do PT, em especial o de Dilma Rousseff.
Que usasse a internet, que fizesse política!
O PT preferia pagar R$ 60 milhões a João Santana, contratar uma agência norte-americana, e se manter em silêncio.
Ao contrário de João Dória, que posta vídeos no youtube, Dilma preferia fazer omeletes na Ana Maria Braga, ou pior, não fazer nada, não ter nenhum tipo de política de comunicação com o povo que a elegeu.
Nenhum governador ou prefeito ou mesmo dirigente político do PT faz diferente hoje. Então, a crítica que o PT hoje (embora, na maioria das vezes, por baixo dos panos) faz à Dilma não é honesta, porque esse desprezo pela internet é uma doença que acometeu todo o partido. E que não foi curada até hoje.
Por acaso algum ministro petista de Dilma fez diferente?
Não fez.
Alguns pseudo-pensadores do PT se penduraram – argumentativamente – nos blogs como tábua de salvação, alegando que eles seriam contraponto à grande mídia e, portanto, salvação do partido. Foi um desrespeito aos blogs, que não tem obrigação de salvar ninguém, além de uma estratégia estúpida, porque se o público entendesse que os blogs eram “aliados” do PT, um partido então no governo, haveria um problema de credibilidade que desarmaria os próprios blogs.
Prejudicaram os blogs, o governo, o PT e a pluralidade midiática nacional, ou seja, o país.
Percebendo a burrice do PT, um secretário de comunicação de Dilma, doido para trair, teve uma ideia maliciosa, e vazou o próprio email à grande imprensa, num texto em que chamava os blogs de “guerrilheiros”, em tom falsamente elogioso, que não passou de uma jogada desonesta, armada com a mídia, para prejudicar os blogs.
Esse era o tipo de pessoa que o governo contratava para gerir a sua comunicação. Hoje esse mesmo secretário é assessor de Michel Temer… Quem irá saber desde quando esse cara não estava, nos bastidores, trabalhando para os golpistas?
Enquanto isso, não havia nenhuma política pública em prol da internet. Por exemplo, os ministros e a própria presidenta poderiam prestar contas online, criar web-rádios, webtvs, oferecer infográficos inteligentes para que as redes sociais tivessem mais ferramentas para se contrapor à campanha de terrorismo político e econômico que a grande mídia fazia diuturnamente.
Mas era como se não houvesse governo.
Lembro-me que até mesmo Eduardo Cunha, antes de aderir abertamente ao golpe, dava entrevistas em que denunciava, meio perplexo meio sarcástico, a absoluta falta de comunicação do governo.
Eu acho que parte das acusações que a mídia e a direita fazia aos blogs, de serem “financiados com dinheiro público” se deu porque eles achavam inacreditável que o governo não fizesse nenhum investimento político para se defender.
Como não podiam acreditar que o governo fosse tão inerte e estúpido, e como viam os blogs fazendo o único contraponto real à mídia, então entendiam que os blogs recebiam investimentos oficiais.
Mas os blogs não recebiam nada. Eram instrumentos independentes, críticos, que operavam por conta própria e com financiamento próprio. Quando as informações da Secom apareciam, incluindo as despesas de estatais, a grande mídia tinha que fazer uma ginástica um tanto ridícula para tentar acusar os blogs. Um dos jornalistas responsáveis pela pistolagem contra os blogs, Fernando Rodrigues, do UOL, atacava os únicos dois ou três blogs que tinham tido a sorte de receber algum tipo de publicidade federal. Como os valores eram muito pequenos, ele usava a velha artimanha de juntar muitos anos acumulados para impressionar o zépovinho. Ou então usava uma estratégia ainda mais desonesta, que era dar o valor por clique, comparando um blog político destinado a um nicho com o valor por clique pago ao UOL, um portal cuja audiência incluía sites de pornografia e chats eróticos.
Nos últimos seis meses de governo Dilma, o número de blogs que recebiam publicidade federal cresceu de três para uma dúzia, mas ainda pequenos valores, que não mudavam em nada a estrutura de comunicação de nenhum deles. Foi o suficiente, porém, para a grande mídia fazer dezenas de matérias, ao longo de 2015 e 2016, sobre a decisão do governo Temer de “cortar” verbas da imprensa alternativa. Eles, os editores da grande mídia, devem ter ficado, no entanto, um tanto perplexos, mesmo decepcionados, com os valores quase irrisórios repassados a tão poucos blogs políticos. Um detalhe é importante ressaltar: a grande imprensa promoveu perseguição seletiva e ideológica a um grupo restrito de blogs. O governo Dilma tinha ampliado os repasses de publicidade institucional para dezenas, quiçá centenas, de sites, mas apenas aqueles blogs que faziam críticas à mídia foram alvo da pistolagem jornalística. Em minha pesquisa junto aos dados da Secom, por exemplo, eu identifiquei que sites de canais de TV fechada, como os da Fox, recebiam bem mais recursos do que qualquer blog (bem típico do governo Dilma, repassar recursos publicitários à Fox, mas não à imprensa alternativa), mas a grande mídia usou sua artilharia apenas contra os blogs políticos antihegemônicos.
Sintomaticamente, um dos poucos ministros de Dilma que tentou fazer um pouco de comunicação direta com a população foi Joaquim Levy, o cavalo de troia que a oposição conseguiu enfiar dentro do governo para destruí-lo. Mas Levy logo parou, intimidado pela avassaladora inércia do Planalto.
Os erros do PT foram inúmeros, e eu acho que o partido deveria pedir desculpas ao Brasil:
- por nomear ministros do STF que se revelaram golpistas e covardes;
- por aceitar passivamente, com estúpida cumplicidade, o jogo corporativo do Ministério Público;
- por aprovar leis punitivas que se voltaram contra o próprio partido, contra empresários, contra cidadãos, contra o país!
- por reagir ao massacre de que não só ele era vítima, mas a própria democracia, com um silêncio ultrajante.
Tudo isso ajudou a cozinhar o processo de instabilidade política que produziu o golpe.
Não há inocentes na política brasileira. O PT vendeu a alma ao diabo para tentar governar por alguns anos, fez coisas boas, mas o diabo veio cobrar a conta. E não falo da corrupção. Falo da covardia e da inércia em relação à mídia. O silêncio covarde do PT foi o preço cobrado pelo diabo para que ele pudesse governar. Esse silêncio foi elogiado. Valeu-lhe a participação no regabofe dos ricaços. E o resultado está aí.
A corrupção é uma questão importante, mas acho que tudo em torno desse tema foi exagerado, distorcido, manipulado.
Quando a poeira baixar, os historiadores provavelmente descobrirão que a corrupção na era petista foi uma das menores de toda a república, ao mesmo tempo em que foi o período em que se inauguraram ferramentas de transparência e combate a corrupção que jamais existiram antes.
A corrupção não é o problema principal do país. Somente a evasão fiscal, por exemplo, corresponde a dezenas de Lava Jato por ano.
Gostaria de enfatizar esse ponto. Eu acho a estimativa dos desvios por trás da Lava Jato absolutamente exagerada, porque sempre houve a intenção de usá-los como instrumentos semióticos em prol da mudança de regime.
Mesmo se acreditarmos nos números exagerados da Lava Jato, e em toda essa ladainha inventada para produzir a narrativa de “maior corrupção da história”, mesmo assim, a evasão fiscal no Brasil em apenas 12 meses é dezenas de vezes maior do que desvios da Petrobrás acumulados em vários anos!
A despeito de todos esses erros do PT e dos governos petistas, a responsabilidade maior pelo golpe deve ser atribuída, evidentemente, aos próprios golpistas.
Além disso, muitos dos erros do PT foram – se é que isso é possível – bem intencionados. Os petistas, por exemplo, foram uma das primeiras vítimas da lavagem cerebral da grande mídia. Eles acreditavam na Globo. Muitos acreditaram – a própria Dilma, e vários de seus principais ministros – que discutir mídia era uma iniciativa autoritária da esquerda.
Claro que isso se devia a uma profunda ignorância (alimentada por uma mistura de covardia, oportunismo e preguiça intelectual) sobre como funciona a comunicação de massa em outros países democráticos.
O PT cometeu, enfim, terríveis erros políticos, que eles mesmos entendem hoje que foram erros, embora a covardia que os fez cometê-los seja a mesma que os faz, hoje, não admiti-los.
Setores da militância falam que não se deve “lavar roupa suja” em público, o que é apenas uma desculpa para prosseguir chafurdando na covardia, na ignorância e na inércia, visto que esses erros jamais serão sanados se não houver um debate público, aberto, e não uma discussãozinha fechada entre os responsáveis por esses mesmos erros. Em política, a única maneira de progredir, de superar as crises internas partidárias, é justamente “lavando a roupa suja em público”.
O que os golpistas fazem hoje com o Brasil, porém, não são erros. Uma coisa é fazer um pacto com o diabo para governar. Outra é deixar o próprio diabo governar. O diabo não está disposto a nenhuma “autocrítica”, nem sonha em abrir um debate sobre o que deveria ou não ter feito.
Hoje o Globo, que não apenas é porta-voz oficial do golpe, como é a força principal do golpe, deu a seguinte notícia:
Recessão faz economia de 12 estados e do DF retroceder seis anos
Os dois anos de recessão que o país amargou em 2015 e 2016 fizeram a economia de 12 estados mais o Distrito Federal (DF) retroceder ao patamar do início da década. É o que mostra estudo da Tendências Consultoria Integrada, obtido pelo GLOBO. De acordo com as projeções do economista Adriano Pitoli, o Produto Interno Bruto (PIB) de todas as 27 unidades da federação encolheu neste biênio. E, para 13 delas, o tombo foi tão grande que anulou a expansão vivenciada entre 2011 e 2014. Ou seja, o PIB desses estados e do DF está hoje de um tamanho menor do que o registrado ao fim de 2010.
Segundo os cálculos da Tendências, as perdas mais expressivas ocorreram nos quatro estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), no Rio Grande do Sul e Paraná, no Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e na Bahia, além do Distrito Federal. Ou seja, o estudo da Tendências mostra que a recessão que atingiu o Brasil foi disseminada, afetando tanto as regiões mais ricas do Sudeste e do Sul, como estados do Nordeste. Os números oficiais dos PIBs estaduais são medidos pelo IBGE, mas os últimos dados disponíveis são de 2014.
(…) O Rio de Janeiro, cujo PIB encolheu 7,2% em dois anos, de acordo com o estudo, tem um dilema ainda maior, devido à crise de suas contas públicas.
Já estamos bem além da recessão econômica pura e simples. Estamos retrocedendo economicamente. E a responsabilidade disso é do golpe. O Rio – e de certa forma, todo o país – vinha reestruturando sua economia em torno da indústria do petróleo, que incluía o setor de navegação, a construção de plataformas, refinarias, e a imensa gama de fabricação de derivados de petróleo.
Os coxinhas que entendem petróleo apenas pela prisma do “preço da gasolina” apenas contribuíram, com sua ignorância, para a maior corrupção de todas: a entrega do nosso patrimônio. Petróleo é um universo: plásticos, fertilizantes, indústria, navios, energia, infra-estrutura, força geopolítica, soberania. O resultado, além de tudo, num desfecho patético, é que a gasolina vai ficar mais cara do que nunca – porque os exploradores capitalistas, ao contrário do que pensa o zumbi midiático, não são “bonzinhos”.
Quando o ministro do STF, Luis Roberto Barroso, fala em falência do sistema de financiamento da universidade pública, ele apenas repercute uma grande mentira, porque ele não menciona a campanha de destruição contra a economia fluminense provocada pela Lava Jato. Ora, se a UERJ tivesse financiamento privado, ela iria quebrar do mesmo jeito, porque a Lava Jato quebrou as grandes empresas de construção pesada, que são privadas. Com Estado e empresas quebradas, de onde Barroso pensa que sairia o dinheiro para financiar uma universidade?
A economia é um ecossistema delicado. O combate à corrupção praticado pela Lava Jato jamais poderia ter sido conduzido de maneira tão irresponsável.
Hoje eu vejo o Brasil consumido por uma grande confusão mental, causada sobretudo pela absoluta falta de entendimento sobre o que está acontecendo.
A Globo surfa despudoradamente no populismo penal. Desde a Ação Penal 470 que a grande mídia procura emplacar a tese de que a “prisão de poderosos” mostra que a justiça é igual. Ora, essa tática foi usada na ditadura militar. Lá também foram presos “poderosos”. Grandes empresários, por não estarem bem posicionados politicamente, foram destruídos pelo regime militar. Políticos até então poderosos, como Carlos Lacerda, o queridinho da burguesia, foram cassados. Em todas as ditaduras, vemos a mesma coisa. O que não se diz é que o sistema não prende exatamente poderosos, e sim “ex-poderosos”. Afinal, se fossem tão poderosos, não estariam sendo presos! Conforme o poder vai se deslocando, e alguns poderosos vão deixando de ser poderosos, eles se tornam vulneráveis às mesmas brutalidades que o Estado sempre infligiu aos pobres. Os novos poderosos (e muitos deles já o eram, mas aumentaram o seu poder) continuam impunes, como sempre, e vendendo ao povo a lenda de que os “poderosos” estão sendo presos. É o circo romano!
Na Grécia antiga, em que os regimes políticos se sucediam freneticamente (ao menos à luz do distanciamento histórico, onde dez, vinte anos, não parecem quase nada), o conflito entre as elites sempre foram o principal motivo das guerras domésticas nas quais as cidades-estado se autoconsumiam. Poderosos, como a Odebrecht de hoje, como um Eike Batista, eram depostos, presos, mortos, exilados, para que outros ascendessem e tomassem o poder. As democracias sempre surgiam como uma reação revolucionárias das massas para interromper esse processo insano de autodestruição.
O resultado de todas as guerras sempre foi o mesmo: miséria e sofrimento para os mais vulneráveis e pobres. No Brasil não é diferente. O autoritarismo judicial empregado pelas elites contra os pobres passou a ser usado contra empresários e políticos vistos como peças a serem derrubadas no xadrez do golpe. Quer dizer que sejam inocentes? Não. Não são inocentes. Provavelmente muitos deles mereciam mesmo estar atrás das grandes, sendo processados, investigados, punidos por seus crimes de corrupção.
Provavelmente, o setor de construção civil merecesse, há muitos anos, passar por um processo de regulamentação, que quebrasse antigos monopólios e abrisse o mercado para construtoras pequenas, médias, ou mesmo estrangeiras.
O problema é que a economia, assim como a política, são como que seres vivos. Os remédios tem de ser ministrados com responsabilidade, prudência, e extremo cuidado, para não matar o paciente.
A tirada de Rodrigo Janot, em Davos, dizendo que a Lava Jato é “pró-mercado” é obviamente um argumento desesperado, de quem sabe que a operação provocou um efeito sistêmico terrível, que literalmente destruiu milhões de empregos e fez o PIB do Brasil retroceder muitos anos. O sofrimento social causado por essa irresponsabilidade é incalculável. Janot tenta redimir sua culpa dizendo que a Lava Jato é “pró-mercado”, ou seja, que ela quebrou um cartel na construção civil e, portanto, abriu espaço para a modernização do setor.
Ora, em todos os setores da economia, em qualquer país do mundo, criam-se carteis. Nos setores de autopeças, petróleo, energia nuclear, informática, para onde você olhe, há carteis, no primeiro, segundo, terceiro, quarto mundos, nos EUA, na Europa, na China, na Coréia do Sul, no Japão, na Rússia.
Mas em lugar nenhum do mundo, carteis são combatidos com a destruição das empresas! A esquerda, mergulhada no magma emocional da luta política contra as corporações, não compreende o que se passa. Como ela pode reagir à quebra de empresas, como a Odebrecht, contra as quais ela passou vida lutando? Eis aí a armadilha do golpe.
Um troll do blog, por exemplo (e agora eles são muitos por aqui, porque eu resolvi abrir a porteira para deixar a boiada entrar, pensando em depois convertê-los todos em churrasco), comentou um post em que denuncio o risco corrido pelas instituições financeiras, na esteira da quebradeira sistêmica provocada pela Lava Jato:
“Ora, um socialista defendendo bancos?”
Eles estão desesperados. Não sabem mais como defender um golpe que está consumindo rapidamente toda a atividade econômica do Brasil.
Primeiramente, eu iria responder que não sou socialista, embora a maioria de meus amigos – e uma parte de meus leitores – o seja. A leitura de O Capital do Século XXI, do Piketty, está me convertendo, todavia, ao socialismo, mas sobre isso falaremos depois.
Não defendo nenhum banco, naturalmente. O Itaú, por exemplo, controla as jazidas brasileiras de nióbio, um mineral que só o Brasil possui, e que é essencial para produção de ligas de aço usadas em aviões, propulsão de foguetes e vários materiais supercondutores. Estranhamente, a imprensa brasileira jamais fez muitas reportagens sobre o tema, que é uma mais sinistras caixas-preta da nossa economia. Ninguém sabe direito quanto rende, quando poderia render, como é o mercado mundial de nióbio. Só mesmo o pobre Enéas, ultrarreacionário, porém nacionalista, ousou fazer uma campanha política incluindo o controle brasileiro sobre o nióbio como bandeira eleitoral.
Na minha opinião, bancos privados deveriam cuidar apenas de carteiras de investimentos, e num ambiente fortemente regulado pelo governo. O crédito para empresas e cidadãos, porém, deveria ser monopolizado por bancos públicos. Para mim, isso é necessário para a saúde do próprio capitalismo.
Entretanto, é preciso ser muito alienado, mal intencionado, ou burro, para torcer para a falência súbita de todo o sistema bancário nacional, porque isso acarretaria na perda da poupança de milhões de brasileiros. E, sem uma estrutura política ou ideológica firme por trás, o que nasce dessa destruição, como vimos acontecer nos EUA após a crise de 2008, não é uma sociedade socialista, mas, ao contrário, monstros corporativos privados sem nenhum tipo de limite geográfico ou controle nacional.
Esse parece ser o caminho do país, todavia. O Brasil não vai desaparecer – ele apenas vai piorar. Quando a destruição da nossa economia for completa, ela vai renascer em seguida. Essa é a razão da confiança dos golpistas. Por isso Janot torra nosso dinheiro indo a Davos dizer que a Lava Jato é “pró-mercado”. Eles sabem que a economia será reconstruída, mas o problema é que será sob bases infinitamente mais injustas, menos democráticas, com menos soberania nacional.
As dificuldades fiscais imensas que estamos enfrentando já expressam essa nova realidade. É o Estado mínimo, em que os impostos cobrados à classe média e aos pobres são cada vez mais pesados, ao mesmo tempo em que não se oferece mais nenhum serviço público, nem previdência, nem saúde, nem educação.
Como as ruas estão caladas, alguns se perguntam? Cadê o movimento dos 20 centavos que não mais se ergue contra o aumento das passagens? Ora, há um tanto de hipocrisia e cinismo nessas indagações, porque se omite o aumento brutal da repressão no país. Com Dilma, respirava-se uma liberdade política da qual ainda vamos sentir muitas saudades. Os manifestantes podiam se manifestar, e não se pode culpá-los por fazê-lo quando havia essa liberdade e confiança, e não fazê-lo agora, quando não há mais esse espírito, quando vigora o medo, a delação, a repressão, a violência.
Em 2013, a manipulação da mídia mostrou bem como se pode abusar do direito à manifestação. O MP e a Polícia Federal também abusaram de suas liberdades. Sob Dilma, procuradores e delegados podiam investigar à vontade. A tendência hoje é haver cada vez mais restrição a isso, como fica patente com o caso do helicóptero do pó, abafado pela PF, imprensa e MP num manto de estranho silêncio.
Neste sentido, acho perfeitamente compreensível que Michel Temer indique Alexandre de Moraes, atual ministro da Justiça, para a vaga de Teori, cuja morte “acidental” nunca foi tão oportuna para um regime político. Independente das teorias de conspiração, o governo Temer, que é ideologicamente tucano, faz o que todo governo deveria fazer, ao nomear um ministro do STF: escolher um nome de confiança, alguém com longa vida partidária em suas hostes. O PT deveria ter escolhido gente de sua inteira confiança para o STF, para a PGR, para os tribunais superiores, mas preferiu fazer barganhas menores com esses cargos, prejudicando a si, às empresas e ao país.
A nomeação de Moraes para o STF, no entanto, reforça a ditadura midiático-judicial que estamos vivendo. Os operadores do governo Temer, raposas políticas, farejando onde está o poder, deram um jeito para botar um quadro seu dentro deste poder.
A estabilidade política que não veio por bem, está vindo por mal. Com Moraes no STF, o grande capital terá dominado quase tudo: legislativo, executivo, judiciário, mídia. Haverá um movimento bastante óbvio, em breve, para manietar o Ministério Público. Num primeiro momento, isto será feito através da interferência necessária (diria até saudável, apesar dos pruridos éticos dos inocentes) na Procuradoria Geral da República. Os tucanos sabem que é preciso controlar o MP para poder governar, por isso eles sempre trataram de encher o governo de ex-procuradores e nomear para chefe da procuradoria alguém de sua mais absoluta confiança. Só mesmo os petistas para comprar o pseudo-republicanismo que a mídia lhes vendeu. Os petistas passaram anos batendo no peito, com orgulho, afirmando que não nomearam um “engavetador-geral” da república, e acabaram nomeando coisa muito pior: procuradores-gerais golpistas, aliados da mídia e da oposição para derrubar governos eleitos e prender gente sem prova.
O controle da mídia pelo governo, por outro lado, virá através de uma outra estratégia, que é aumentar a concentração do poder em mãos da Globo, coisa que já está acontecendo sob o governo Temer, e, na verdade, já vinha acontecendo sob as gestões petistas.
Os grandes movimentos nunca se dão de repente. Sob a gestão petista, havia ruídos, contradições, conflitos, na relação entre governo e mídia. Sob o novo regime, não há mais nenhuma contradição: há um entendimento do governo de que a Globo controla a mídia brasileira e ponto final. Globo e Planalto hoje são uma coisa só, pela simples razão de que as grandes reformas e privatizações defendidas pelo governo são também defendidas pela Globo. As críticas que aparecem servem apenas para iludir os incautos, para salvaguardar as aparências diante de uma das opiniões públicas mais inocentes e vulneráveis do mundo.
Além disso, a Globo é muito grande para ser controlada pelo governo. E essa magnitude da Globo não surgiu de graça. A Globo sempre foi o braço do imperialismo americano instalado em nosso território. O grupo sempre recebeu financiamentos privilegiados de bancos americanos, recebia filmes de holliwood em consignação, com exclusividade, e, não nos esqueçamos, nasceu de um aporte milionário financeiro da Time-Warner.
Haverá, portanto, uma aliança, muito parecida com a que vivemos na ditadura, entre o partido político da mídia e a casta burocrática, que controla as funções de comando do Estado. A grande mídia é uma espécie de seguro-fiança do grande capital – inclusive internacional – contra eventuais desmandos do Estado. À elite rentista e internacional tanto faz um governo forte, ditatorial, que promova uma estabilidade artificial, às custas de uma repressão brutal, como já está acontecendo e deve recrudescer, como um governo fraco, falsamente democrático (porque não ouve ninguém), e que possa ser manipulado com facilidade por manchetes de jornal, blindagem, chantagem e propinas. De um jeito ou outro, o grande capital precisa de uma mídia de confiança, que abafe e faça sombra sobre qualquer imprensa alternativa que ponha em risco as narrativas centrais da oligarquia, narrativas que justifiquem a exploração brutal da população pobre e da classe média por uma minoria de milionários.
[Arpeggio – coluna política diária]
C.Poivre
08/02/2017 - 12h12
Quanto mais reflito sobre a evolução da conspiração dos corruptos e entreguistas até o Golpe de Estado, pra mim fica cada vez mais clara a criminosa omissão da dupla Dilma/PT na entrega de bandeja do Brasil aos golpistas. Um parênteses: votei, fiz campanha e contribuí financeiramente nas duas campanhas presidenciais de Dilma, como havia feito na de Lula, saí às ruas em defesa do governo em TODAS as manifestações contra o golpe e depois a favor da democracia, contribuí de todas as formas nessas manifestações e fui um dos mais generosos na contribuição financeira para as viagens de Dilma, já deposta. Portanto fiz minha parte, mas Dilma e nem o PT fizeram a sua ao não se moverem contra a conspiração seguida do golpe, mesmo dispondo do vastíssimo arsenal institucional e legal para fazê-lo. Li o livro da jornalista Eva Golinger “El Código Chávez” e o que os EUA fizeram para derrubar o Presidente Chávez foi infinitamente maior, sob todos os aspectos, do que fizeram contra o Brasil, injetando MILHÕES de dólares em falsas ONG’s golpistas, pagando milhares de venezuelanos para fazerem as agitações de rua que a direita queria e nem assim conseguiram derrubar o saudoso Presidente Chávez. Dilma não moveu um dedo para defender o mandato que a maioria dos brasileiros lhe outorgou para exercer o cargo de Presidenta. Mostrou-se incapaz nesse aspecto, embora seja indiscutivelmente uma pessoa íntegra e democrata, e é em grande parte responsável pela destruição da incipiente democracia em nosso país, da república, de suas instituições e da entrega de nosso patrimônio nacional mais estratégico a estrangeiros, sob os olhares coniventes de nossas descompromissadas forças armadas. Será que a Presidenta, vinda de uma vida de lutas pela democracia, não percebeu que após sua deposição viria a barbárie que estamos vendo?
C.Poivre
08/02/2017 - 12h10
Quanto mais reflito sobre a evolução da conspiração dos corruptos e entreguistas até o Golpe de Estado, pra mim fica cada vez mais clara a criminosa omissão da dupla Dilma/PT na entrega de bandeja do Brasil aos golpistas. Um parênteses: votei, fiz campanha e contribuí financeiramente nas duas campanhas presidenciais de Dilma, como havia feito na de Lula, saí às ruas em defesa do governo em TODAS as manifestações contra o golpe e depois a favor da democracia, contribuí de todas as formas nessas manifestações e fui um dos mais generosos na contribuição financeira para as viagens de Dilma, já deposta. Portanto fiz minha parte, mas Dilma e nem o PT fizeram a sua ao não se moverem contra a conspiração seguida do golpe, mesmo dispondo do vastíssimo arsenal institucional e legal para fazê-lo. Li o livro da jornalista Eva Golinger “El Código Chávez” e o que os EUA fizeram para derrubar o Presidente Chávez foi infinitamente maior, sob todos os aspectos, do que fizeram contra o Brasil, injetando MILHÕES de dólares em falsas ONG’s golpistas, pagando milhares de venezuelanos para fazerem as agitações de rua que a direita queria e nem assim conseguiram derrubar o saudoso Presidente Chávez. Dilma não moveu um dedo para defender o mandato que a maioria dos brasileiros lhe outorgou para exercer o cargo de Presidente. Mostrou-se incapaz nesse aspecto, embora seja indiscutivelmente uma pessoa íntegra e democrata, e é em grande parte responsável pera destruição da incipiente democracia em nosso país, da república, de suas instituições e da entrega de nosso patrimônio nacional mais estratégicos a estrangeiros, sob os olhares coniventes de nossas descompromissadas forças armadas. Será que a Presidenta, vinda de uma vida de lutas pela democracia, não percebeu que após sua deposição viria a barbárie que estamos vendo?
Mineiro
07/02/2017 - 16h22
Gente o desgoverno dessa desgraçada foi o trampolim para o golpe,não tem como pensar de outra forma. O golpe foi preparado a luz do dia com a colaboração do Pt, do Lula ,porque o Lula se achava o rei do Brasil e estava tanto nas nuvens que percebeu nada ,e por último a pior de todas ,essa sim tem que entrar pra história como a pres mais covarde ,conivente e que entregou o país na mão da elite e do pig golpista sem lutar. É tá claro ,nos não estávamos exagerando, o poste maldito foi o maior responsável pelo golpe junto com o Pt arrogante. E ela desde de assumir que errou ,não fica aí pousando na maior cara pau de coitada. E fica latindo no exterior falando que foi traída. Traído fomos nós brasileiros.
Galvão
07/02/2017 - 22h01
Esse não é coxinha. É um pãozinho de queijo embolorado Vá tomar no cu safado!
Mineiro
08/02/2017 - 09h57
Primeiramente vai tomar naquele voce e sua mãe,segundo só burro e imbecil como voce pra não ver que o Pt tem culpa nisso tudo sim e não retiro nada do que eu disse. Essa que dizem que foi pres do Brasil entregou sim o poder para os golpistas. Se tivesse peito ,sabe o que é peito ,coragem e começace o segundo mandato com a faca nos dentes junto com o povo que a elegeu e com.a.eseuerda no governo o desfecho poderia ser outro . O próprio texto está mostrando os fatos.
Lúcia Rangel
07/02/2017 - 15h52
Gostaria de contestar essa análise da situação brasileira mas não consigo encontrar pontos falhos passíveis de críticas nos argumentos do Arpeggio. Trata-se de uma avaliação muito cuidadosa, pertinente, e portanto, pessimista, muito preocupante. Minha geração já perdeu 21 anos na construção da nossa sociedade. E minha impressão é que estamos caminhando para retroceder outro tanto. Será que meus netos vão receber o mesmo legado recebido por meus filhos?
Uma sociedade que se considera generosa, cristã, mas consegue conviver com a desigualdade social mais profunda, como se isso fosse normal! O que acontece com a nossa sociedade?
Carlos Alberto Merhy Silva
07/02/2017 - 15h50
Tudo que disse é perfeito e errar faz parte do contexto, porém, assumir os erros é mostrar grandeza, motivos quais, devemos urgentemente pedir perdão por nossos erros e com isto mostrar a diferença entre razão emoção. O ser humano é induzido a erros e os grandes separam o joio do trigo enquanto, os pobres de espirito, escondem o rabo sujo espalhando inverdades. E como petista e cidadão brasileiro, patriota, defensor da legalidade, da divisão de rendas. das igualdades sociais peço desculpas, não só por mim e sim por todos que acreditam em nossa volta as origens, na busca da união e fortalecimento de toda a esquerda brasileira. Doida, minha alma assume nossos erros cometidos e conclama a todos, que, pensam como eu, a lutar em busca de novos rumos, para o bem de todos e o fim da desigualdade social. Liberdade! Abra as asas sobre nós, para que, possamos com amor e garra defender dos entreguistas nossas riquezas e contemplar todos com o NÓS deixando longe o autoritário EU.
Eduardo Goulart
07/02/2017 - 15h40
Muito bom esse texto, e um trecho me chamou a atenção em especial: o Brasil tem “uma das opiniões públicas mais inocentes e vulneráveis do mundo”… simples e brilhante.
Décio Adams
07/02/2017 - 15h24
Um verdadeiro “tratado” em resumo, sobre a evolução política no país, ocorrida nos últimos anos. Infelizmente, é preciso concordar com o autor, salvo algumas pequenas coisas que se possa por reparo.
Robin
07/02/2017 - 14h43
Brilhante! Brilhante, mas dolorido… e como dói.
Ines Andrade
07/02/2017 - 15h37
Pedir desculpas? Tá louco?
Sidnei Silveira
07/02/2017 - 15h35
Logo, logo o PT será o grande culpado pelo Golpe. PeloAmor…
Alan Costa
07/02/2017 - 15h16
PT nunca vai pedir desculpas e muito menos a mitancia a história vai declara quem tá roubando o Brasil
Itacolomy Pires
07/02/2017 - 14h16
Porque durante 13 anos, mentiu,enganou e roubou pra caralho! sempre capitaneado pelo General da Propina, o Todo Ladrão AlibaLULA, que foi igual ao violino, tomou o poder com a esquerda, desgovernou com a direita e roubou com as duas!
Miguel F Gouveia
07/02/2017 - 12h06
Pqp e isso é hora de escrever um texto desses? É falta do que falar do resto?
Luiza
07/02/2017 - 09h21
Excelente artigo! O mais sensato e verdadeiro que já li…
GERALDO RIBEIRO
07/02/2017 - 08h50
o PT se transformou num partido politico como os outros, e não precisamos de mais politicos.
Fabio
07/02/2017 - 08h23
Excelente texto, você disse tudo que esta preso na garganta de nós que votamos em Lula e na Dilma.
O Brasil golpista, sujo, nojento de hoje é fruto da covardia descomunal do Lula e principalmente da Dilma, que se distanciou do povo e se jogou no colo da globo e de todos os malditos golpistas.
No silencio e na covardia da Dilma, os vermes cresceram e fizeram do nosso país esse lixo que é hoje.
Não tenho mais esperanças nisso aqui, o Brasil acabou.
Daniel
07/02/2017 - 05h22
Tragam a bicharada do PSOL para comandar o Brasil. Ai o Brasil melhora de vez.
Paula Berg
07/02/2017 - 06h29
Cafezinho, vá servir café ao temer
Marcus Padilha
07/02/2017 - 16h56
A verdade dói.
andré
07/02/2017 - 01h57
Então não tem essa de desculpas…isso é o tipo da coisa: você é pobre a culpa é sua, você foi traído a culpa é sua, você foi golpeado a culpa é sua, você foi assaltado a culpa é sua etc Talvez o bom recomeço seja justamente não pedir desculpas!
andré
07/02/2017 - 01h38
Os grandes articuladores do PT foram enquadrados pelo domínio do fato. Dilma foi enquadrada pelo conjunto da obra. Os políticos do PSOL abandonaram a sigla do PT para criarem uma higiene de esquerda. Marina da Silva outro quadro que só veio a cena política nacional porque existe um partido como o PT, também abandona o PT para carreira solo…coitada. Faltava a Dilma quadro partidário. Por fim o PSB aliado histórico do PT, apostou numa candidatura a presidência que acabou em acidente(atentado?) aéreo, e nunca saberemos se o finado Eduardo Campos de fato iria se aliar ao PSDB, como o fez sua vice Marina. Rei morto rei posto. Logo o PSB foi cooptado e rasgou o passado de pensamento socialista do Miguel Arraes. Então, acho que não havia inteligência, articulação no governo Dilma para enxergar as muitas faces do poder. Tenho a impressão de que não havia e não há cultura no Brasil para entender que o estilo de governar de uma mulher é diferente…tem outra dinâmica. O fato é que foi um Golpe de Estado. E quem governa hoje de fato foi o derrotado na eleição de 2014. Então o PT errou, mas nada justifica(nem mesmo não ter enxergado a importância de uma comunicação mais plural, embora a TV Brasil foi dos melhores projetos de comunicação que já tivemos, e tá sendo ilegalmente destruído) o desmando a constituição. O PT como outros partidos é composto por humanos e brasileiros. Os melhores os ianques enquadraram e a casa grande ajudou batendo panelas…como se diz por aqui: agora é babau!
Luiz Pereira da Silva
07/02/2017 - 01h25
Um artigo brilhante, analisa com profundidade todos os aspectos políticos. . Contudo acredito que poderia esplorar mais o verdadeiro interesse norte americano nas reservas do pré sal e no enfraquecimento dos BRICS. Não haveria trégua mesmo que significasse a destruição total da nossa economia. Gastaram trilhões e muitas vidas se perderam na busca pelo controle sobre uma reserva semelhante no Iraque. Era conhecimento nos meios econômicos do pacto para fazer a Dilma perder a eleiçao em 2014, envolvendo a mídia, o PMDB, investidores e parte importante do judiciário, e que seria utilizado um mega escândalo na Petrobras com base em dados obtidos através da espionagem da NSA. Parece que de importante só o governo, com seu ineficiente serviço de informação, não sabia. Eu imaginei que uma operação do tipo lava jato ocorreria no Rio, sede da Petrobrás. Incrivelmente o governo não achou nada estranho que ela eclodisse em Curitiba, ou imaginasse que o próprio executivo não seria o alvo primordial. Foi ingenuidade absoluta, passar o ano de 2015 inteiro sendo liquidado para tentar uma reação no ano seguinte, quando a devastação já estava concluída. As mudanças com a nomeação do Lula como ministro da cordenação política, do PGR Janot, do comando da PF seriam imprescindíveis no início do segundo mandato da Dilma. Algo como a aproximação com os militares seria inevitável, entregando às forças armadas o contrôle sobre a Petrobras e o Ministério da Defesa, Um governo com pessoas boas, mas em postos totalmente equivocados foi presa fácil, Exemplos como Aldo Rebelo na Defesa, José Cardozo, Leandro Daiello, Rodrigo Janot, Michel Temer na cordenação política, Joaquim Levy, etc. foi quase um suicídio.
Simone Nuness
07/02/2017 - 03h20
Sensacional!!! Tudo que eu desejava expressar!
Golpe Mortal
07/02/2017 - 00h51
Excelente artigo. Focando na globo, sempre achei estranho a forte veiculação de filmes, séries, Oscar, Grammy e várias outros tipos de entretenimento e informações produzidas pelos americanos, desde a década de 80, até os dias de hoje, embora haja mais espaço para conteúdo nacional. E parece que esse artigo jogou luzes na escuridão. Seria algo semelhante ao acordo que queriam fazer na base de Alcântara, onde os americanos impunham praticamente tido. O aporte do nascedouro da globo deve ter tido cláusulas assim, onde ela ficaria obrigada a difundir praticamente tudo que fosse produzido lá fora. Quanto aos erros, o crasso foi ter confiado na globo.
Golpe Mortal
07/02/2017 - 00h54
onde se lê “tido!”, leia-se “tudo”
Carlos Frederico Cunha Cunha
07/02/2017 - 02h30
Muitas críticas são contundentes. Poderia citar outras. Mas como dito, é um partido político que acerta e erra. O que está em discussão é a construção de uma nação. Algo que vai demorar muito mais quando o País é governado por quem sempre governou. Dentro do Estado Democrático de Direito os partidos de esquerda precisam se unir, fortalecer o legislativo e eleger os representantes do executivo.
Denise Nunes
07/02/2017 - 02h14
Simone Nuness leia
Denise Nunes
07/02/2017 - 02h09
Leio e me doi o peito, ver tudo isso acontecendo, vivenciando cada manobra. Mas penso que na maior alucinação que o PT pudesse ter, nunca se imaginou um golpe com essa magnitude. Sim o PT errou, mas hoje é fácil identificar e apontar que esse era um grande erro, apoiar esse oligopólio da mídia. Embora nunca seríamos capazes a anos atrás, ao meu ver, se ter qualquer consciência de supor que ao apoiar essa maldita imprensa, estariam sentenciando sua queda. Muito duro ver este presente, ler e concordar com tudo isso. Só nós do povo é que sabemos o quanto tudo isso nos mata a cada instante. Muita dor, mas uma coisa é certa o PT vacilou, mas a ruindade e perversidade do que nos acomete agora é dessa direita facista e esta é a verdadeira culpada de tanto sofrimento.
Sil
07/02/2017 - 00h08
Didático pra caramba, mas ainda temo por todos nós termos entrado em um furacão sem dimensões da sua catástrofe.
Mineiro
06/02/2017 - 22h36
Tá na cara que desgraçada foi sim a culpada disso tudo. Ela se fosse pres. Coisa que nunca foi deveria ter lutado contra o golpe coisa que ela não fez. O que ela fez foi beijar a mão do PIS e da elite. É deixar a coisa correr solta que virou a casa da mãe Joana. Ela deixou o pmdb fdp mandar , manteve o Ze desgraça Cardoso por Seis anos e ainda queria o que depois disso tudo. E agora tem a cara de pau de fingir de coitada querendo ser chamada de querida. Tem a Santa paciência poste maldito ,bem a público você e o Pt pedir desculpas pra todos nós. Voce pres . Foi a maior responsável pelo golpe.
Anônimo
07/02/2017 - 10h55
Perfeita análise.
Vicente Jungstedt
06/02/2017 - 23h10
SOU PT!!!
Maria Flavia Penna
06/02/2017 - 23h52
Tb sou mas isso não me impede de concordar com uma crítica super valida e lúcida.
Manter as metas e os princípios? Sim, mas mudar as táticas e perceber onde erramos é fundamental.
Caso contrário, alguém vai tomar o lugar q vai ficar vazio.
Vicente Jungstedt
06/02/2017 - 23h55
Absolutamente concordo!!!!!! Porem e’ muito triste que a midia Brasileira so ve as ‘bad apples’ no PT… otimo artigo!
Maria Flavia Penna
06/02/2017 - 23h09
Sim… podemos fazer críticas e aprender.
Adorei o texto. Pra pensar e mudar :
Vicente Jungstedt
Augusto Barbosa
Andrea Penna
Alberto José de Araújo
William De Lucca Martinez
Guilherme Genovez
Solange Simonetti
Laurinha Scherer
Marcelo Guedes
06/02/2017 - 23h04
O PT deve pedir desculpas ao povo por se dizer diferente, e no fundo ser igual aos outros partidos, não passam de pagadores de propina e corruptos, não salva um dá cúpula do PT honesto, eu um dia acreditei que poderia ser diferente.
Amarildo Inacio
07/02/2017 - 01h04
Entre para o sistema e verás! !!!
Edinara Costa Oliveira
06/02/2017 - 22h55
Nei Leia com IMPARCIALIDADE
Claudio Pinto
06/02/2017 - 20h45
Essa matéria é boa para defender tese de doutorado…
Acredito na política como a arte do concilio minimamente em assuntos convergentes a coisa piora quando Dilma da poderes ao judiciário que até então eles não tinam (achavam que) e diante de tanto poder se perdem e coloca o Arlindo para disputar a câmera com o Cunha. governamos com nossos valores. quando o Cunha abre guerra tem se aí uma disposição de que política é uma zona sem regras e a partir dai da-lhe escárnio, Destruíram todos os alicerces da economia interna e geraram a maior instabilidade externa… A ponto da grande mídia e alguns da esquerda dizerem que o triunfo é ter a grande maioria no congresso dos golpistas. assim como o maior números de envolvidos em fatos dúbios pertencem a este colégio!!!
Porque defender tese não fui ator dos atos mas tenho plenitude de analise…
Julio Cezar
06/02/2017 - 22h25
Falar o que né !!!
Nazário Bento
06/02/2017 - 20h24
De um modo geral eu aprecio os artigos do M. Rosário, mas sempre que ele comenta sobre os erros do PT e a necessidade de uma confissão de culpa do Partido, ele omite uma questão importantíssima e que certamente deve ser levantada em qualquer confissão que por ventura o PT fizer: Qual a real responsabilidade da Dilma e do seu círculo íntimo de amigos e conselheiros como o Mercadante, Zé Cardoso, J.Wagner e alguns outros menos conhecidos em toda a organização e sequência dos acontecimentos até o afastamento da presidente. O Miguel se deu ao trabalho de discriminar os erros do PT principalmente nos governos Dilma e ali, na discriminação constatamos a absoluta impossibilidade de a Dilma e seu núcleo íntimo serem tão burros, incompetentes e irresponsáveis. Ao examinar o passado da Dilma sempre vemos uma mulher decidida, capaz e com uma força de liderança rara. Aí, chega ao cargo máximo e começa a sequência de cagadas? Vira as costas ao LULA!!? Deixa-se manipular por um canalha do nível do ministro da justiça José E. Cardoso, um infame obviamente aliado aos golpistas? Nomeia o Joaquim Levy, preposto da banca internacional? Volta as costas a todos os movimentos sociais e doa bilhões pra mídia golpista? E o mais infame dos “erros”; Entregou toda a liderança do PT ao poder absoluto que é o judiciário e o resultado é que estão todos mortos, Zé Dirceu, Zé Genoíno, Gushinken, Pizzolato, Marisa do LULA e o próprio LULA. Todos mortos, rapaziada! ou vocês acham que à estas alturas do campeonato o LULA faz ou fará alguma diferença vencendo ou perdendo eleições? Acham que ele governará cercado pelos abutres e hienas que continuarão a dominar o congresso e o judiciário? Estas questões que indico é uma ínfima parte, sem deixar de mencionar todo o mal que ela praticou contra a Petrobras, Eletrobras e Movimentos Sociais. Pessoalmente eu não dou o benefício da dúvida para a Dilma e aponto-lhe o dedo como uma traidora, a nossa gorbachev de tamancas. E exatamente como o gorbachev fez após a contribuição decisiva para a queda da URSS, ela fica como uma barata tonta zanzando pela Europa tentando se defender e posar de democrata radical. Finalizando, a principal confissão de culpa do PT deve ser em relação à Dilma e seu núcleo golpista.
Adauto
08/02/2017 - 18h22
Quando teve oportunidade de falar na ONU o que fez,nada.
Julio Cezar
06/02/2017 - 22h24
Falar o que né !!!!
Julio Cezar
06/02/2017 - 22h23
Falar o que né !!!!!
Julio Cezar
06/02/2017 - 22h22
Falar o que né !!!!
José Almeida
06/02/2017 - 20h11
Só acho q meter o pau dia e noite no PT em público na atual conjuntura é erro básico de estratégia q a direita não comete.. É dar munição p o inimigo e atirar nos amigos… O inimigo tá do outro lado, tem q desenhar? Esse blog é do psol ou do pstu?
José Almeida
06/02/2017 - 20h07
Só acho q meter o pau dia e noite no PT em público na atual conjuntura é erro básico de estratégia q a direita não comete.. É dar munição p o inimigo e atirar nos amigos… O inimigo tá do outro lado, tem q desenhar?
Cléber Ribeiro
06/02/2017 - 22h07
O PT fodeu com o país…
Marcus Padilha
07/02/2017 - 17h01
Errado. O PT fodeu com a esquerda e com o campo progressista. Quem fodeu o país foram os golpistas, capitaneados pelos derrotados nas eleições de 2014 em conjunto com seu exército de minions!
ALGOPI
06/02/2017 - 20h06
Apesar de concordar com grande parte dos argumentos, essa necessidade de fazer mea culpa passa a ideia de que era possível ser diferente.
Ninguém hoje pode mais ter ilusão de que o PT esteve no poder… Lula esteve presidente, refém de um legislativo com 30? confiável. Operou milagre. E por isso o temem e odeiam.
Legislativo e Judiciário nunca estiveram sob controle da esquerda. Se o Lulismo foi majoritário, o petismo não. E o Lulismo era isso: um grande acordo de classes, um pacto nacional que funcionou muito bem e teve dois grandes méritos: mexeu com a pirâmide social pela primeira vez na história e deixou uma referência no imaginário popular de que existe um jeito diferente de se governar, de se repartir e de se lidar com o orçamento público.
Sem os acordos pactuados do Lulismo, o PT não ultrapassava 2005. Sérgio Cabral, Sarney, Temer, Jader, Renam não são canalhas corruptos aos quais o PT aderiu. Eram os representantes eleitos pelo povo e que detinham grande parcela do poder é que sem os quais nada seria conseguido. Exatamente como hoje. Quando esse pacto não é mais possível.
Mas isso não significa que tenhamos que fazer mea culpa porque podia é devia ser diferente. Já acreditei nisso. Hoje, com a virulência dá Casa Grande, sei que Lula foi um gênio é que o PT apenas reconheceu que era isso ou nada.
Quantos aos erros pessoais, isso é outra história.
José Almeida
07/02/2017 - 11h49
Concordo Algopi, os esquerdistas q criticam o PT hj, se estivessem no poder, não passariam de 2005…isso se se elegessem…
CarlosH
06/02/2017 - 20h05
E a esquerda aprendeu com esses erros??
O que tem de gente de esquerda fazendo o discurso de que os coxinhas são “massa de manobra”, “manipulados”, “zumbis sem consciência”, “Tem que perdoá-los, pois não sabem o que dizem” é assustador. Esse discurso ridículo e sem senso de realidade de que eles foram manipulados está tomando conta da narrativa da esquerda, o que só faz repetir eternamente o mesmo erro.
“O PT cometeu, enfim, terríveis erros políticos, que eles mesmos entendem hoje que foram erros, embora a covardia que os fez cometê-los seja a mesma que os faz, hoje, não admiti-los.” Engraçado que os coxinhas fazem a mesma coisa, não assume que erraram (ou ficam em silencio esperando o assunto cair no esquecimento ou ficam bravejando mil desculpas), não só na política, mas em qualquer coisa; mas não vejo a esquerda falando nisso, mas sim chamando-os para o abraço e querendo o apoio deles. Isso é querer ser traído novamente! E sinceridade os coxinhas são um grupo confiável?? Enquanto que a esquerda não apontar para a cara dos coxinhas e mostrar a culpa deles no cartório, esse ciclo vai se repetir eternamente.
Roberta Carvalho
06/02/2017 - 21h39
Sério mesmo que vcs acham que uma matéria assim contribui prá agregar algo à luta contra o golpe??? Acooorrdem!!! Chega de culpas e bodes expiatórios!!! Como impedir que Alexandre Moraes vá para o STF? Que Moreira Franco continue Ministro? Que Anastasia (ou afins) assuma o Ministério da Justiça? É tempo de discutir pautaa e ações de unificação da esquerda prá REAGIR ao golpe e não mais de discutir a culpa!!! Aaaaffff…. Preguiça, viu?!
Jose carlos lima
06/02/2017 - 19h15
FHC vendeu o satélite da Embratel, deixando o pais desguarnecido, como se viu nos grampos feitos pelo Tio Sam nos serviços de informação da Presidenta Dilma e da Petrobrás. Sem fontes de informação, o governo passou a se informar da pior forma possivel: A fonte passou a ser a Capa da Veja, o JN…e passou a indiciar ministros do STF e o PGR sem saber que as figuras eram tucanas, como disse Paulo Pimenta: eram pessoas que pensavam diferentes de nós: erramos.
Manoel Carlos Dos Santos
06/02/2017 - 21h11
Como o Cabral era alegre e sorridente com todos eles, dos partidos dos bandidos, eu duvido que neste partido PT tenha um só que preste coloco minha mão a guilhotina!!!
Jose carlos lima
06/02/2017 - 19h06
O PT, traumatizado pela ditadura, extinguiu o SNI e não tratou de criar um sistema de informação confiável. Tinha o SISBIN mas o Gilmar Dantas detonou quando da Sarthiagraha que prendeu Daniel Dantas. Ai os governos Lula e Dilma ficaram sem informação. A fonte passou a ser a Capa da Veja, o JN…e passou a indciar ministros do STF e o PGR sem saber que as figuras eram tucanas, como disse Paulo Pimenta: eram pessoas que pensavam diferentes de nós: erramos.
Luiz Carlos P. Oliveira
06/02/2017 - 18h54
Fazer mea-culpa? Acho a análise sem nexo, pois lutar contra essa mídia apenas com blogs é perder tempo. A única mea culpa quem tem que fazer somos nós, o povo, que se acovardou frente à esses canalhas. Greve geral. Parem o país. Povo nas ruas. Tudo se encaminha para que o Lula seja julgado (sic) culpado, sem provas, e seja preso ou decretado inelegível. Vamos esperar isso acontecer olhando da janela? Cadê os sindicatos? Cadê os partidos de esquerda? Vão fazer o mesmo que o PSOL que ataca o PT? Amanhã será tarde demais.
Denise Hornos
06/02/2017 - 20h51
PT foi muito ingênuo pensando que iria mudar o carácter destes canalhas Temer e quadrilha
Linno Parker da Silva
06/02/2017 - 20h49
Amigos, o PT é um partido político, não um santo milagreiro! Ele até pode transformar e realizar, mas não pode simplesmente na cabeça do brasileiro discernimento depositar.
Já o PSDB é um partido das minorias abastadas com expertise em tirar proveito das maiorias abestadas.
Marcio N. Galvão
06/02/2017 - 18h45
Gostei do artigo. Acho todas afirmações bem fundamentadas e admiro a coragem de traze-las ao público, sabendo que muitos discordarão dos seus argumentos, principalmente no que se refere ao isolamento e falta de ação política do governo Dilma, que deixou-se enredar pela politicagem dos opositores e com isso, contribuiu bastante para ser derrubado por um golpe parlamentar-jurídico-midiático! Até hoje, ainda não soube de uma autocrítica sincera do governo Dilma Rousseff e da atuação do PT no mesmo período. Por outro lado, também já cansei de apenas ouvir comentários sobre a destruição do país, com a queda da produção industrial, venda do patrimônio nacional e submissão do Brasil aos interesses imperialistas dos EUA, sem que se apresente nenhuma saída viável para sair do ¨buraco¨ que estamos sendo empurrados. Não adianta ficar esperando que as massas populares se mobilizem para manifestações de protesto, pois elas serão massacradas pela violenta capacidade de repressão do governo golpista. As lideranças existem, se é que alguma ainda existe, para mobilizar as massas apresentando algumas soluções que valham a pena lutar por elas. As lideranças devem agir como mensageiras da esperança, por mais obstáculos que encontrem pela frente. Espero que elas ainda despontem com soluções, ao invés de se manterem apenas na denúncia da crise.
Jesus Calixto
06/02/2017 - 20h42
Anderson Dias
Fauzi Achoa
06/02/2017 - 18h33
Excelente, mas incompleto. Na blindagem ao Lula o artigo não menciona que, nomeando para a Justiça um antigo vereador pela velha ARENA (Márcio Bastos) e para o Banco Central o Meireles, Lula deu um caráter conservador ao seu governo. Na Cultura um homem da Globo (Gil). O fome zero foi convertido em bolsa-esmola distribuída pelo coronelato político. Os bacharéis do serviço público foram convertidos em casta de marajás com remuneração astronômica. Ninguém deu mais dinheiro à mídia que o Lula. Enfim o governo Lula foi o período mais conservador das últimas décadas. O debate político foi extinto, o PT e o povo foram desmobilizados a reforma agrária esquecida.
Leda Vieira
06/02/2017 - 20h31
TÃO RINDO DE QUE ? O BRASIL. TÁ. PEGANDO FOGO .!!!
Renato Fundão Vieira
06/02/2017 - 20h04
O PT, o Lula e a Dilma precisam pedir desculpas a nação: de terem se juntado com Temer e o PMDB. Ou seja, o pior pecado deles foi também seu pior castigo.
Sergio Telles
06/02/2017 - 17h49
Desculpe, mas num país com essa corja, os últimos que precisam “pedir desculpas” são as pessoas que se dispuseram a chegar ao poder dispostos a tirar o país do mapa da fome, acabar com a miséria e lutar por nossa soberania e um futuro melhor. Os argumentos do texto são razoáveis, mas não a forma como foi direcionado. Quem deve desculpas é quem é burro e não reconhece tudo isso que foi feito, até porque se o projeto fosse tão mal divulgado assim, não teria ganho quatro eleições e só foi tirado do poder por um golpe que veio encomendado de fora, como todos nós sabemos. Não vou usar palavrões, mas “desculpa” é o …. num país onde um lesa pátria como Moro segue solto praticando atos fascistas, temos juízes e médicos insanos que se acham deuses dispostos a exterminar quem luta pelos pobres, instituições corrompidas descaradamente lutando pelos privilégios duma elite. Temos um país doente. E doença se cura, não é com desculpa. E não adianta sequer pedir desculpa nesse cenário atual. É esperar a tempestade passar porque as pessoas vão reconhecer quem estava certo e quem efetivamente está querendo destruir o nosso futuro. Espero que pense melhor antes de ficar fazendo “mais do mesmo” em coro com a imprensa golpista e com o PSOL/PSTU que faz joguinho do golpe de graça, quem tem a história que o PT tem, que é capaz de juntar forças progressistas num país tão atrasado e conservador como o nosso como o PT foi capaz, não tem que pedir desculpas é de nada. Essa argumentação parece como se o mundo tivesse que pedir desculpas aos nazistas e fascistas por terem os derrotado na segunda guerra, mais ou menos assim. O povo brasileiro tem é que nos agradecer imensamente de não estarmos com essa agenda retrógrada desde 2003, estaríamos muitos passos atrás hoje em dia. Mas o tempo é senhor da razão, e quem abaixa demais acaba mostrando a bunda, ainda mais quem tem tanto mérito do que fez, num contexto que sempre foi tão áspero e adverso, ainda assim fez tanto. Temos que ter cabeça erguida pelo que fizemos por nosso país e que por mais que esses crápulas tentem destruir, não conseguirão tão fácil. Aprender com as lições do passado pra evitar certas decisões sim, mas mostrar fraqueza e culpa de algo que tem muito mais virtude que falha, isso não é correto e não é uma boa estratégia. Porque as pessoas esquecem as besteiras que elas mesmas pensam com o tempo, mas as frases ficam registradas para serem repetidas, ainda mais contra o PT, já sabemos. Pedir desculpas é assinar uma ficha de incompetência para a eternidade, incompetência essa que nunca existiu, muito pelo contrário, a lista de feitos é interminável e só corroboram com o ódio das elites que sabiam que o processo de mudança iria tirar os privilégios deles.
H. Benoit
06/02/2017 - 17h48
Em geral concordo, mas me pergunto se não se poderia ver um outro lado das questões. Desde o início o PT tinha consciência do poder dos seus adversários políticos. Sabia no fundo que eles poderiam sabotar os esforços do seu governo. Como resposta a essa situação o PT se decidiu a fazer concesões, a procurar posições comuns, agir imparcialmente, pensando poder pacificar a oposição e governar a favor do Brasil. O PT sabia que não fácil mexer nos privilégios de políticos, de algumas castas como as castas juridica e militar, sabia que não podia contestar facilmente a grande impresa e por isso deixou tudo isso intocado. Ao contrário de tempos anteriores, o PT preferiu também nomear juízes escolhidos pelos seus pares em vez de favorecer pessoas ligadas ao partido.
Tudo isso parecia ser suficiente para ganhar espaço para o governo. Mas o PT se enganou, o cálculo não deu certo e ao primeiro sinal de fraqueza do governo a oposição radical deu tudo para atacar e afastar o governo. O verdadeiro erro do PT talvez tenha sido, então, subestimar a decisão e a fúria dos seus adversários. Desde o início houve uma campanha implacável contra o Lula e o PT, os slogans foram lançados, as explicações simplistas foram postas em circulação, jornalistas com pouco caráter e ainda menos competência tiveram campo livre para vituperar contra o PT e toda ação social. Mesmo pessoas que pareciam de boa vontade foram vítimas dessa torrente de propaganda. Alguns blogistas de uma certa revista açulavam os ânimos da classe média ingênua que tinha passado a vida delas assitindo a tv globo e se revelaram presa fácil para os ressentimentos promovidos por essas campanhas. Enquanto os bancos faziam os maiores lucros de todos os tempos, havia gente morrendo de medo do comunismo como se fossem crianças com medo de um fantasma debaixo da cama. As ideias lançadas pela campanha pegaram. Agora ninguém quer dar o braço a torcer e admitir ter sido vítima de um conto do vigário monumental. Quem é que vai à polícia denunciar o roubo de um Estado completo: “roubaram o meu Estado!”
Espero que o Brasil ainda se recupere disso, mas a situação não é favorável e se tivermos azar, ela pode ainda piorar muito mais.
Francisco
06/02/2017 - 17h40
A esquerda não precisa fazer essa “mea culpa” em horário nobre (até por que não conseguiria…), mas precisa fazer essa autocritica, sem dúvida.
Sem entender as coisas aqui postas não adianta votar em ninguém da esquerda nas próximas eleições, simples assim.
Lula está velho. Uma hora ele morre de raiva ou de tiro, quem fica? Quem vai liderar a esquerda?
É preciso um novo Fórum de São Paulo para parar e pensar: ganhar eleição de qualquer jeito não soma para a classe trabalhadora.
Treze anos e medidas simples como anexar obrigatoriamente a cada eleição uns dois ou três plebiscitos não foi feito.
Como? Como se explica isso? Não houve a menor mudança institucional, nada!
A própria reforma política, por exemplo: Lula sentava, escrevia uma e submetia ao povo!!! Treze anos!!!!
Esperar consenso de congresso?! É muita ingenuidade – ou ma fé…
Julio Cesar
06/02/2017 - 19h37
Deve pedir desculpas por ter aceitado Temer como vice!
Julio Cesar
06/02/2017 - 19h37
Osteonbaldo
06/02/2017 - 17h33
Excelente artigo!Merece ser Lido e repassado. Pena que vc use a expressão “coxinha”. Um artigo como esse não deve vir acompanhado de uma expressão boba como essa.
Pedro Pereira
06/02/2017 - 17h46
“os coxinha cresce o zóio na função e gela”
mello
06/02/2017 - 17h24
Não é só a atuação na internet que causou e causa danos à esquerda brasileira. Não devemos subestimar a penetração que ainda tem o rádio, com seus “comunicadores “, profissionais das emissoras ou pregadores religiosos que vociferam contra os projetos e ações dos progressistas e atingem milhões de brasileiros que os sintonizam o dia todo, consequência de suas atividades diárias como prestadores de serviços, empregados no comércio, taxistas, empregadas domésticas, donas de casa…
Os jornais, com seu discurso único , de oposição aos governos petistas, ao alcance da classe média em sua leitura diária.
As revistas com pautas exclusivamente oposicionistas, as únicas disponíveis em consultórios e escritórios de médicos, dentistas, advogados, etc.,
E a rainha de todas, a televisão, a mais atraente mídia para o incauto, também com o discurso único muito presentew em vários ambientes frequentados pela diversas classes sociais, seja em consultórios, laborqtórios de exames médicos, restaurantes, botequins, etc., praticamente numa vigília 24 horas ao dia, na oposição.
Essas mídias capturam muitas mentes, formam muitas opiniões…E o Governo ? Apanha, é agredido, sem poder de reação…
Atreio
06/02/2017 - 17h18
devemos criticar e corrigir o erro:
o erro: impeachment sem crime.
correção: Sua anulação
BRASIL, corrija seus erros, re-DILMA-se!
Claudio Anael
06/02/2017 - 16h57
O texto é impecável e reafiorma o que muitos sentimos ser urgente.
Uma reflexão pública para voltarmos a acumular forças para derrotar esse golpe.
A.Araujo
06/02/2017 - 16h46
Miguel, sua análise é lúcida porém com um tanto de determinismo e pessimismo.É certo que estamos em tempos de reação conservadora mundo afora e as esquerdas não estão demostrando ser ativas em nenhum país capitalista ocidental. Será que em tempos de internet, de redes sociais, de replicação instantânea de dados não existem fatores que a direita no Brasil não controla e nem leva em consideração em seus planos?
Antenor Nicolau
06/02/2017 - 18h32
O maior de todos os erros foi de enfrentar com métodos da ditadura as manifestações de 2013/14, se aliando a alckimin, cabral e caterva, na repressão a um movimento legítimo.
Ermeneghildo Ghil
06/02/2017 - 18h43
Legítimo? Há controvérsias… Cadê as marchas agora que, em plena crise, os governos de estados e municípios aumentam as passagens bem acima da inflação?
Alexandre Augusto de Paiva
06/02/2017 - 18h31
Nessa foto tem dois otários. Adivinhem quem são?
Erika Santos
06/02/2017 - 18h22
Esses canalhas. Estava pensando não votar no PT nas próprias eleições, mas depois dessa palhaçada corrupta do golpeachment, vou votar no PT como resposta contra esses usurpadores … pior que essa laia sabe que vai perder e ainda estão tentando, a qualquer custo manchar o partido e até mesmo proibir que se lance em candidatura pra presidência
Erika Santos
06/02/2017 - 19h03
Lula, meu voto é seu. Se essa corja conseguir interromper sua campanha, diga o nome do seu sucessor/sucessora ( por favor, não faça pacto com a direita hipócrica e traidora, como a Dilma fatalmente fez) e votarei nele(a).
FELIPE VICENTE
06/02/2017 - 16h05
ESSE MEA-CULPA DA ESQUERDA BURRA É TERRÍVEL PORQUE INJUSTA. SEMPRE MANIFESTADA À POSTERIORI, POR QUEM SE CONSIDERA DONO DA VERDADE E DE TODA A SAPIÊNCIA
Tiago
06/02/2017 - 16h13
Parece que você não aprendeu interpretação de texto.
Juana Inês
06/02/2017 - 16h14
O momento é de crise e o mais importante é a esquerda se posicionar, lutando por seu espaço.