(Ilustração feita pelo blog Tijolaço)
Oh, que surpresa.
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Aécio e o Ary “Fichinha”
Por Fernando Brito, no Tijolaço
Aécio Neves foi um candidato de 50 milhões de votos e, para muitos, “vencedor moral” das eleições de 2014.
É presidente do PSDB e se desenha como, de novo, o seu candidato presidencial em 2018.
Goste-se ou não dele, é das mais simbólicas figuras da política brasileira.
Mas, sobre ele, o depoimento da Odebrecht dizendo que cobrou propina em percentuais de 2,5 a 3% sobre os R$ 2,1 bilhões numa única obra de seu governo – a construção da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte – apareceu ontem na Folha e já sumiu.
Para transformar em dinheiro: Aécio foi acusado de receber, só nesta mamata, entre R$ 52 milhões e R$ 63 milhões. E por duas empreiteiras: alem da Odebrecht, também a OAS o afirma.
E há outras, muitas outras obras com indícios de roubalheira, a começar pela reforma do Mineirão, “prima” da reforma do Maracanã feita pelo seu contraparente Sérgio Cabral.
Mas a nossa imprensa é um verdadeiro Mister M quando se trata de fazer “desaparecimentos”.
Não há uma mísera materinha sobre o assunto, hoje.
O destaque da mídia vai para o Ary “Fichinha”, um agente fazendário que achacava agências de automóveis para Cabral.
Como se vê, um personagem central da epidemia propineira do Brasil.
“Fichinha” vai para a cadeia.
Aécio…