(Foto: Ricardo Stuckert)
Por Pedro Breier, colunista do Cafezinho
Li uma crítica à politização da morte de Marisa Letícia, seja a favor seja contra Lula.
Primeiramente, não podemos chamar de politização a comemoração da morte de Marisa pelos analfabetos políticos de sempre.
Trata-se apenas de ódio cego e ignorante, resultado da campanha diuturna de demonização do inimigo político empreendida pela mídia corporativa.
Quanto à “politização à favor de Lula”, Marisa Letícia era esposa do político brasileiro mais popular desde Getúlio Vargas. Morreu em um contexto de perseguição midiática-judicial ao seu marido e à sua família.
Ela teve um AVC. Pressão alta é fator de risco para AVC, e stress provoca pressão alta.
Massacre midiático ininterrupto; boatos estapafúrdios sobre os filhos; ação truculenta da PF a mando de Moro na residência da família; condução coercitiva de Lula; divulgação de áudio de Marisa falando com um dos filhos, expondo a sua intimidade; a inclusão dela como ré em 3 dos 5 processos em que Lula foi indiciado.
Se alguém passar por tudo isso sem aumentar seus níveis de stress pode largar tudo e ir para um mosteiro budista.
As manifestações de regozijo com a morte alheia são apenas reflexo da campanha de ódio contra Lula e sua família. Até os pedalinhos aos quais Marisa deu o nome dos netos foram usados para instigar o ódio coletivo.
A politização da morte de Marisa não é uma opção, portanto. Se impõe pelos fatos.
E os fatos são claros: a direita, capitaneada pela Globo e cansada de perder eleições presidenciais, demonstrou toda sua falta de escrúpulos ao empreender uma perseguição absurda à Lula e sua família.
Em que grau jamais saberemos, mas a contribuição dessa perseguição para a morte de Marisa Letícia é inegável.