(Foto: Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil).
Ives Gandra Filho – que é filho de Ives Gandra, autor de parecer jurídico em favor do impeachment de Dilma – reagiu com nota às notícias de que teria, em obra sua, defendido a submissão da mulher ao homem.
A obra de Gandra foi resgatada por juristas do campo progressista porque ele é um dos principais cotados para assumir uma vaga no STF, aberta (oportunamente!) pela morte de Teori Zavaski.
Na nota, porém, Gandra Filho apenas reforça o seu reacionarismo incrivelmente tacanho e atrasado. Ele fala que, ao tratar de relações familiares, defende o “princípio de autoridade (…), com a mulher obedecendo ao marido no âmbito familiar”. E que não concorda que a “modalidade matrimônio” possa ser aplicada à união gay.
Ou seja, confirmou todas as acusações que lhe são imputadas. É um reacionário do século XIX, um viajante do tempo que ficou perdido em nossa era.
É uma coisa tão ridícula, que, em pleno 2016, parece até piada…
Mas o pior é que não é piada. Essa é a turma do golpe.
Confesso a vocês que eu torço por Ives Gandra Filho no STF. Será ótimo ter um conservador tosco por lá para desmoralizar de vez essa instância oportunista e covarde, cheia de almofadinhas semicultos que apoiaram o golpe e venderam sua reputação (falsamente) progressista em troca de blindagem midiática.