Para Rui Falcão: “Sentimos que sua candidatura é uma aspiração nacional. Porém, acho que chegou a hora de a militância começar a opinar publicamente. Quem sabe, assim, possamos, durante o 6º Congresso, torná-lo nosso candidato”.
No Jornal GGN
Presidente do PT afasta frente de esquerda e quer lançar Lula em abril
O presidente nacional do PT Rui Falcão lançou nesta segunda (16) uma espécie de campanha para a militância se manifestar em favor da candidatura de Lula ao Palácio do Planalto em 2018. Falcão defende que o partido defina essa questão e declare Lula como postulante já em abril, durante o Congresso da legenda.
O dirigente também voltou a dizer que não há plano B, ou seja, afastou a hipótese de o PT aceitar dar apoio a um candidato que não seja Lula, como esperam os defensores de uma frente ampla de esquerda.
“Até o momento, tenho reafirmado à mídia que o Lula ainda não foi lançado oficialmente pelo PT, mas que não cogitamos de plano B. Também sentimos que sua candidatura é uma aspiração nacional. Porém, acho que chegou a hora de a militância começar a opinar publicamente. Quem sabe, assim, possamos, durante o 6º Congresso, torná-lo nosso candidato. E, a partir daí, construir uma forte aliança com movimentos sociais e partidos populares, em torno de um programa de reformas e transformações estruturais”, disse.
No último final de semana, meios de comunicação reforçaram a ideia de que a candidatura de Lula é uma resposta à Lava Jato. Com uma condenação em vista por conta das inclinações do juiz Sergio Moro – jornalistas de O Globo, por exemplo, tratam do caso triplex como se o magistrado não tivesse outra escolha senão a de condenar Lula – a defesa do ex-presidente estaria fadada a “politizar o tema”, dizem os jornais.
O PT, por outro lado, quer aproveitar que Lula tem crescido nas pesquisas, apesar da campanha da mídia, em associação com a Lava Jato, para arranhar sua imagem e inviabilizá-lo para 2018.
Na nota à militância, Falcão diz que “tanto quanto em outras ocasiões que tenho presenciado, Lula ainda não admite ser candidato, mas reitera, com muita convicção, que está preparado e sabe exatamente o que é preciso fazer para tirar o Brasil da crise, criar empregos, distribuir renda, reacender o ânimo e a confiança da população.”